Meio Desligado – Dia da Mulher não é dia de feminismo
qua, 9 de março de 2016 08:14Em meio as comemorações do Dia Internacional da Mulher, vejo que há um assunto que não pode ser deixado para depois: o avanço do movimento feminista no mundo. Muitas jovens, que se dizem integrantes da “3ª Onda do Feminismo”, estão sendo enganadas e levadas a acreditar no tal do “empoderamento feminino”, que nada mais é do que revanchismo e misandria.
Um vídeo postado pelo canal “Tradutores de Direita” há nove meses expõe com muita clareza essa grande equívoco. A jovem americana Lauren Southern postou uma foto em que segurava um cartaz com a seguinte frase: “Eu não preciso do feminismo pois acredito em igualdade, não em benefícios e supremacia”. Desde então, ela foi muito criticada, mas por outro lado, ganhou amplo destaque, figurando inclusive na revista Time. Os dados e estatísticas são baseados na sociedade americana, mas apesar disso, se assemelham a outras realidades, como a brasileira. Logo abaixo, a mensagem de Lauren Southern:
“Se o feminismo é uma representação por igualdade, por que não vemos representações iguais de questões relacionadas aos dois gêneros? Por que não vemos feministas reclamando sobre os benefícios que mulheres têm sobre homens em alguns casos?
Aposto que poucas pessoas assistindo a este vídeo sabem que cerca de 100 a 140 mil homens são estuprados anualmente (Estatísticas da Human Rights Watch) em prisões dos EUA. São mais estuprados que mulheres anualmente nos EUA. Feministas se mantém caladas nessa questão.
Quase metade das vítimas de violência doméstica nos EUA e no Canadá é de homens. Não há abrigos, não há assistência legal e não há nenhum conselho ou assistência jurídica subsidiada como as mulheres tem. Apesar de serem quase metade das vítimas, homens são praticamente ignorados.
Homens compõem 80% de vítimas de suicídios (dados do Centro de Controle de Doenças Americano), 92% de mortos em local de trabalho (Bureau de Estatística de Trabalho), 97% de mortes em combate (Departamento de Defesa dos EUA) e 77% de vítimas de homicídio (Departamento de Justiça).
Homens são objetificados, homens são estuprados, maltratados, homens tem de seguir padrões ridiculamente altos da sociedade assim como as mulheres.
Feministas continuam a fazer esse julgamento genérico sobre todos os homens, dizendo que são todos privilegiados e que as mulheres são oprimidas. Como mulher, eu quase sempre vou ganhar a custódia de crianças em caso de divórcio. Eu vou receber menos da metade da sentença que os homens recebem se cometer exatamente o mesmo crime. Minhas acusações de estupro e agressão serão levadas a sério e não vão rir de mim por eu não ter sido “homem o suficiente”.
Com uma rápida pesquisa no Google, consigo encontrar um abrigo próximo se estive em um relacionamento abusivo. Como mulher, tenho mais chances de conseguir um emprego no governo ou militar mesmo sem qualificação apenas para preencher uma cota devido à ações afirmativas. Também tenho mais chances de entrar em universidades devido ao meu gênero.
Então, se o feminismo fosse mesmo um movimento por igualdade, você veria feministas escrevendo sobre os 140 mil homens estuprados. Você as veria questionando o fato de que mulheres recebem metade da sentença que os homens recebem pelo mesmo crime. E não vemos representações iguais de questões relacionadas a homens e mulheres.
Apesar da crença popular, feminismo não é, de fato, um sinônimo de igualdade. Não quero dizer que homens tem mais problemas. Meu ponto é: ambos os gêneros lidam com problemas. Dizer que o feminismo é um movimento pela igualdade e que não representa os problemas de apenas um dos gêneros, é bem ridículo, para ser franca. Por isso não sou feminista.
Não sou feminista porque acredito que ambos os gêneros devem ser tratados igualmente e os problemas de ambos devem ser considerados. Não sou feminista porque acredito que eu deva provar que mereço um emprego, em vez de consegui-lo apenas para preencher uma cota. Não sou feminista porque as feministas estão, involuntariamente, criando um mundo de sexismo reverso do qual eu não quero fazer parte.
Vou continuar promovendo igualdade e justiça, em vez de uma forma de igualdade sob um rótulo de gênero tendencioso: feminismo.”
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Para ilustrar a coluna de hoje, a Meio Desligado escolheu três imagens. Uma delas retrata as sufragistas, início do movimento feminista, um marco da luta pelos direitos iguais entre os sexos. A outra é Margareth Thatcher, que foi Primeira Ministra Britânica, responsável por recuperar a economia do país em seu mandato, expoente do conservadorismo e uma das figuras mais respeitadas do meio político mundial. A terceira é a filósofa e escritora Ayn Rand, defensora do liberalismo e da meritocracia.
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