Quarta-feira, 11 de Setembro de 2024 Fazer o Login

Meio Desligado – Antes de odiar os 8 mais ricos do mundo, leia

qua, 18 de janeiro de 2017 05:31

meio desligado

Oito pessoas no planeta possuem tanta riqueza quanto a metade mais pobre da população mundial. Parece uma tremenda sacanagem, não? A informação foi divulgada pela ONG britânica Oxfam em um relatório publicado antes do Fórum Mundial, como uma situação “indecente” que “exacerba as desigualdades”. Quem são esses desalmados que estão aí nadando em dinheiro? Lhes apresento:

.

.

 

Bill Gates, americano, fundador da Microsoft: US$ 75 bilhões. O fundador da Microsoft, esse software que todo mundo faz uso, veio de uma família de classe média. Os pais tiveram condição de lhe pagar os estudos e ele foi admitido em Harvard, mas abandonou a faculdade para se dedicar à Microsoft. Suas atividades filantrópicas são conhecidas. Uma matéria da revista Exame afirma que ele doou mais de 42,3 bilhões de dólares até novembro de 2014.

Amancio Ortega, espanhol, fundador da Zara: US$ 67 bilhões. O empresário espanhol filho de um ferroviário e de uma empregada doméstica conta que teve que largar os estudos aos 13 anos devido à dificuldades financeiras. Jurou que sua família jamais passaria fome depois de ouvir em uma mercearia que não seria possível mais vender fiado para a família. De garoto de recados em uma loja de roupas, se tornou ele próprio dono da maior cadeia de vestuário do mundo.

Warren Buffett, americano, CEO e sócio da Berkshire Hathaway: US$ 60,8 billhões. Apesar do avô e do pai terem um negócio próprio, a biografia de Buffett é repleta de histórias de como ele tinha interesse em fazer dinheiro desde a infância, como comprar uma máquina de pinball com um amigo da escola para colocar em uma barbearia e em pouco tempo ter uma rede delas em diferentes lojas. Ah, ele também é filantropo.

Carlos Slim Helu, mexicano, dono do Grupo Carso: US$ 50 bilhões. O empresário mexicano e rei das telecomunicações é conhecido como “Midas”, pela capacidade de reativar negócios falidos. Começou a trabalhar aos 8 anos ajudando o pai, aos 12 tinha seu próprio caderno de contabilidade e aos 15, tinha ações no Banco Nacional do México. Seu biógrafo, José Martínez, informou que Slim vive com um salário equivalente a US$ 24 mil por mês para despesas pessoais. É o maior colecionador de Rodin do mundo. Investe em restauro de prédios coloniais.

Jeff Bezos, americano, presidente da Amazon: US$ 45,2 bilhões. Filho de mãe solteira adolescente que se casou com um engenheiro cubano quando ele tinha quatro anos, Bezos passava os verões da infância e adolescência com o avó, na fazenda da família, uma propriedade de 25.000 acres. Se formou em Princeton e teve um carreira de sucesso como programador e analista financeiro. Não tem carro de luxo na garagem e dedica parte de sua fortuna à pesquisas aeroespaciais.

Mark Zuckerberg, americano, fundador do Facebook: US$ 44,6 bilhões. O rapaz de origem judaica é filho de um psiquiatra e de uma dentista. Estudou em bons colégios e já era conhecido pela habilidade em programação antes mesmo de entrar em Harvard. O que era para ser um projeto interno da faculdade acabou se tornando a rede social mais acessada do mundo, tornando Zuckerberg o mais jovem bilionário dessas listas. Há um ano, no nascimento de sua filha, prometeu doar a fortuna ao desenvolvimento de causas sociais.

Larry Ellison, americano, cofundador e CEO da Oracle: US$43,6 bilhões. Filho de mãe solteira, o nova-iorquino foi criado pelos tios. Teve que deixar a faculdade no segundo ano de curso com a morte da tia. Frequentou a universidade de Chicago, mas não concluiu. Depois de trabalhar, juntou dinheiro com amigos e montou, no final dos anos 70, uma base de dados com centrais de computadores em uso simultâneo que teve como clientes nada menos que a CIA e a Força Aérea Americana. Se dedica a surf, ciclismo, tênis, toca violão e coleciona armaduras de samurais. Investe em pesquisas na área de biomedicina.

Michael Bloomberg, americano, dono da Bloomberg LP: US$ 40 bilhões. Governou a cidade de Nova York por 12 anos recebendo um dólar por ano. Cresceu em Medford, no Massachusetts, um subúrbio de Boston. Frequentou a Universidade Johns Hopkins, num curso de engenharia mecânica, e recebeu um MBA da Universidade de Harvard. Durante o tempo em que ocupou a prefeitura, gastou US$ 650 milhões do próprio bolso e é reconhecido por ter deixado um verdadeiro legado à frente da principal cidade do mundo.

Antes de mais nada, é bom entender que a comparação feita pela ONG britânica usa como exemplo pessoas físicas. Não leva em conta bancos, fundações, corporações e principalmente o Estado. Para se ter uma ideia, só em 2016 os brasileiros pagaram mais de R$ 1 TRILHÃO em impostos. É mais do que a fortuna desses caras somada. Isso mesmo. Para onde vai o nosso dinheiro??? Mas isso não gera manchete comovente e olha que eu tento hein.

Percebeu quem são essas pessoas? Algumas delas eram pobres de marré deci, outras tiveram bons estudos, mas independente da origem, todos tiveram uma boa ideia e foram bons administradores, estudaram, batalharam, colhendo os frutos do mérito próprio. Não é por acaso que no inglês se usa o termo “make money”, que é fazer dinheiro, e não “ganhar dinheiro”, como aqui no Brasil. Percebem a diferença?

Do jeito que essa Oxfam fala fica parecendo que as pessoas passam fome por causa da fortuna do Zuckerberg, quando na verdade é justamente o contrário. Esses bilhões não estão guardados embaixo do colchão, e sim são valores calculado com base em um patrimônio composto por empresas, bens, produtos. O trabalho deles não só facilitou e melhorou a vida de milhões de consumidores como também gerou uma infinidade de empregos.

Vimos também que muitos deles sequer são dados a exageros, vivem com um salário muito menor do que consomem. Eles pagam bilhões em impostos e todos eles dedicam boa parte do que ganham à causas sociais, pesquisas científicas que, mais uma vez, beneficiam muitas pessoas. A Oxfam deveria criticar é o desgoverno dos líderes de nações dessa metade mais pobre do mundo, a falta de instituições sólidas, de leis mais justas.

Como disse Ayn Rand, “O dinheiro é feito – antes de poder ser embolsado pelos pidões e pelos saqueadores – pelo esforço honesto de todo homem honesto, cada um na medida de sua capacidade.”

1 Comentário

  1. Anônimo disse:

    Pelo que li, todos lutaram muito para terem o que tem. Muito espertos. Aqui no Brasil quantas pessoas ganharam em loterias e puseram tudo fora. Pessoas famosas que ganharam muito dinheiro e hoje não tem nem aonde morar. Eu chego a admirar aqueles garotos que cantam funk, eles pensam primeiramente em dar uma casa para a família.

Deixe seu comentário: