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Jovem é assassinada no bairro Vieno e autor morre ao trocar tiros com a PM

ter, 13 de abril de 2021 10:59

Da Redação

Mototaxista assassina jovem e morre em confronto com a Polícia Militar

O número de crimes contra a vida continua preocupante no município. Sábado, 10, uma jovem de 20 anos foi assassinada na madrugada, no bairro Vieno, durante um suposto encontro amoroso com um mototaxista de 43 anos. Horas mais tarde, ele morreu em confronto com policiais do 53º BPM, no bairro São Sebastião.

Gabriela Márcia dos Santos Meirelles, residente em São José dos Campos/SP, seria estudante de um Curso de Medicina no Uruguai, e na fatídica noite de sexta-feira foi com José Hamilton de Jesus até a sua residência, na rua José Nocera. A princípio, não se sabe o motivo, mas a jovem foi morta com uma perfuração na cabeça (que está sendo investigada), atrás da orelha direita, provavelmente por volta de 4h de sábado, e ocultou o corpo numa cova nos fundos da casa, em um canil.

Corpo da jovem foi enterrado no quintal da casa do autor

 

Antes da tragédia, insegura com o rapaz, Gabriela mantinha contato com uma amiga de 24 anos, com que dividia uma casa em Uberlândia. Ela, inclusive, mandou a localização de onde estava, por meio do aplicativo de mensagens que usavam. Como a jovem não retornou pela manhã, a Polícia Militar foi acionada.

As equipes de Prevenção a Homicídios e Tático Móvel se dirigiram ao local para averiguar a situação. Ao chegarem na residência, perceberam um forte cheiro de água sanitária. Foram procedidas buscas pelo imóvel e visualizada no quintal uma parte de terra mexida, onde havia um cadáver do sexo feminino, aparentemente com as características da vítima citada.

Segundo levantado, os dois se encontraram em outras oportunidades, mas nesta última, ele teria revelado que, no passado, tinha matado sua ex-mulher, que seria garota de programa, o que deixou a moça muito assustada, chegando a relatar a situação para a amiga através do WhatsApp. Ambas conversaram até por volta de 1h.

De fato, em dezembro de 2006, José Hamilton tinha assassinado covardemente sua ex-amásia Eudia Baião, com mais de 20 facadas, na casa dela, no jardim Ipanema, proximidades da escola Vilagran Cabrita, bairro Brasília. Ele fugiu para uma mata e, como havia passado pelo Exército, se camuflou por alguns dias, mas foi preso pela equipe do delegado Hamilton Tadeu de Lima. Julgado em 2010, o acusado pegou 12 anos de prisão.

A reportagem apurou que após sair da cadeia, José Hamilton voltou a trabalhar. Em 2017, ameaçou de morte uma colega em um mototáxi, depois que a jovem se negou a sair com ele. Estava armado e teria afirmado que atiraria na cabeça dela e depois se mataria. Nos últimos anos, Hamilton se envolveu em vários acidentes no trânsito local, sendo o último no começo deste mês, no bairro Santa Terezinha.

Material apreendido na residência do mototaxista José Hamilton

Foram apreendidos celulares, dois canivetes, uma pistola – calibre 380, dois revólveres – calibre 32, 38 munições intactas e duas munições – calibre 32 deflagradas, 19 munições – calibre 380, um carregador com capacidade para 19 munições, documentos pessoais do autor e cerca de 7 mil reais em notas diversas e moedas.

 

BARULHO ESTRANHO E TROCA DE TIROS

Ainda conforme apurado, vizinhos da casa contaram aos policiais que ouviram um barulho, por volta de 4h, possivelmente de disparo de arma de fogo. Três horas depois, viram José Hamilton na porta da residência bastante nervoso e dizendo que não seria preso novamente. Se fosse necessário, usaria suas armas de fogo. Em seguida, pediu para a testemunha guardar sua motocicleta e seguiu a pé tomando rumo ignorado.

Em diligências, pouco depois do meio-dia, o autor foi localizado em um assentamento no bairro São Sebastião enquanto se preparava para fugir. Estava armado e foi orientado a se render, mas disparou várias vezes contra os militares, que revidaram à injusta agressão, atingindo o agressor. Socorrido pelo Tático Móvel até a UPA, não resistiu aos ferimentos.

Na residência do mototaxista, também foram encontradas uma enxada e uma pá sujas de terra, que teria utilizado para cavar a cova.

As armas dos policiais também foram apreendidas e entregues no 53º Batalhão de Polícia Militar.

 

** 53º Batalhão de Polícia Militar

4 Comentários

  1. Alexandre Linhares disse:

    Uma pena de 12 (doze) anos por ter matado a facadas a mulher com requintes de crueldade. Judiciário frouxo!

  2. Anônimo disse:

    Ela tinha acabado de chegar da Espanha, trouxe dinheiro para a família e deu dinheiro até para ele.
    Parece que ela ia voltar para a Europa. A mãe dela viu ele matando ela. Certamente foi pra ela não voltar. Deve ser um sociopata.
    Se tivesse ficado Trinta anos na prisão, a partir da data que foi preso, tinha evitado de matar a menina. Ainda bem, que ele foi para um lugar que não tem habeas Corpus, não tem saidinha. Cruzar com gente que não presta, hoje em dia virou normal e tem custado a vida de muita gente.

  3. Anônimo disse:

    Então esse sujeito só ficou seis anos na prisão. Agradeçam aos nossos deputados que fazem leis que não valem nada, cheia de brechas e mais brechas. Só irão mudar quando acontecer com os filhos deles, porque enquanto estiver acontecendo com o povão está tudo bem.

  4. Anônimo disse:

    Não é o juiz que solta e sim a legislação que o juiz é obrigado a cumprir. E quem é que faz a leis, são os deputados e senadores. O judiciário apenas executa. Tem um tribunal bom, que está funcionando melhor que o nosso.

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