Terça-feira, 10 de Setembro de 2024 Fazer o Login

Irmã Gilda morre, após mais de 40 anos de dedicação na capela de Santa Terezinha

qui, 2 de outubro de 2014 04:04
Na foto, irmã Gilda esbanja alegria, uma de suas marcas registradas.  Foto: Divulgação

Na foto, irmã Gilda esbanja alegria, uma de suas marcas registradas. Foto: Divulgação

MEL SOARES (com assessoria) – Araguari perdeu uma das grandes figuras da comunidade católica. Conhecida como irmã Gilda, Guglielma D’ Antuono faleceu, após enfrentar problemas de saúde que a deixaram na UTI por três meses antes de falecer, no dia 24 de setembro.

Conforme biografia, irmã Gilda nasceu em 13 de novembro de 1922 na cidade de Santo Antônio Abate, província de Nápoles, na Itália. Sua história na missão como freira inicia-se quando ela estava com apenas 15 anos de idade. No dia 8 de dezembro de 1937, dia da Imaculada Conceição, Gilda fugiu para o convento e entrou para a Congregação das Irmãs dos Sagrados Corações de Jesus e Maria.

De acordo com informações, seu maior sonho era ser missionária, ir para terras longínquas e trabalhar com o povo, cumprindo sua missão, em prol do Reino de Deus.

O seu noviciado (votos de consagração) coincidiu com a 2ª Guerra Mundial, onde a irmã participou, cuidando de feridos da guerra e, apesar das dificuldades enfrentadas conseguiu superar todos os obstáculos desta época.

Designada para Nova Iorque, nos Estados Unidos recebeu o convite dos padres franciscanos para vir para terras brasileiras. E, então, no dia 7 de janeiro de 1967, a freira, juntamente com as Irmãs Jacinta e Leônia deixaram sua pátria e vieram para o Brasil, chegando aqui no dia 21 de janeiro na cidade de Canápolis, em Minas Gerais.

Em agosto do mesmo ano, iniciou o apostolado, com uma turma de crianças de Jardim de Infância, ministrando aulas em uma garagem adaptada. Além disso, dava aulas de bordado com a finalidade de orientar jovens e realizava diversas visitas às famílias das vilas de São Gotardo de Balduíno, em Canápolis.

Por meio de seu espírito solidário, realizava diversas ações beneficentes, doando roupas e calçadas vindos da Itália, e ainda, promovia encontros dominicais com grupos de famílias. Debaixo de uma árvore, e aproveitando destes momentos, desenvolvia seu apostolado, onde recreava, tocava acordeom e brincava de roda com crianças e adultos.

Nestes encontros, Irmã Gilda projetava filmes e aplicava princípios religiosos, morais e higiênicos.

Com o passar do tempo os seus seguidores aumentaram, surgindo a necessidade de construir um abrigo. E, por meio de campanhas ganhou um terreno da prefeitura de Canápolis, onde em pouco tempo foi construído a Casa de Promoção Humana.

A convite dos padres Franciscanos, em 1971 veio para Araguari, onde construiu na rua Dr. Ciro Palmerston junto a capela de Santa Terezinha, o Instituto Francisco Savério Petanha.

Homenagem

Em entrevista, o padre Júlio Cezar Siqueira, novo pároco da igreja Matriz – Senhor Bom Jesus da Cana Verde, disse que teve bastante contato com a irmã durante 10 anos, de 1993 a 2003, quando foi pároco da igreja São Judas Tadeu. “Era uma pessoa muito contente, e conseguia transmitir a alegria de Deus em sua vida consagrada. Mesmo estando na cadeira de rodas desde o ano 2000 não perdeu sua alegria de viver. E por último, viveu as últimas estações da sua via sacra terrena na UTI na Santa Casa, onde permaneceu por aproximadamente três meses. Na última quarta-feira fez o seu trânsito, não para morrer, mas para viver em Deus. Afinal, o Cristão nunca morre”, considerou o padre.

5 Comentários

  1. SIRLENE PEREIRA DE ARAUJO disse:

    ME LEMBRO MUITO DA IRMÃ GILDA NO TEMPO QUE ESTUDEI NO SAVÉRIO PETANHA,É UMA PENA,MAS QUE DEUS A TENHA NUM ÓTIMO LUGAR.

  2. marco disse:

    Uma grande perda, disse que ela reproduzia videos em Canápolis alguém sabe a origem desses videos onde estão isso faz parte da história do município.

  3. lu disse:

    Eu morei um tempo nesse convento queria ser freira mais eu era muito rebelde minhas ideias nao batiam com a ideia da congregaçāo resolvi seguir outro caminho mais gostava muito da irma Gilda muito boa pessoa e irma Franca.

  4. Edézio Glomes Ferreira disse:

    Tive a felicidade de conhecer a irmã Gilda(exemplo de freira) irmã Jacinta e irmã Leônia de 1967/1970, época em que morei no município de Canápolis,Mg. Que saudades.!!!!

  5. Marcio Ribeiro disse:

    Tive a honra de ser aluno da primeira turma do jardim de infancia em araguari e continuar ate terminar o curso tecnico em Quimica industrial. Hoje carrego lições de amor e humildade desta afetuosa irmã Gilda. Ela gostava de filmar e fotografar, seria uma satisfação se fossem disponibilizados estas historias

Deixe seu comentário: