STELLA VIEIRA – A secretaria de Trabalho e Ação Social realizou, nessa terça-feira, 11, o I Fórum da Rede de Proteção Integral à Criança e ao Adolescente, com o objetivo de unificar as equipes e entidades que estão envolvidas com essa área e realizar um trabalho de conscientização e prevenção em conjunto, abordando todos os Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) e escolas do município.

O objetivo do evento é unificar as ações das equipes e entidades envolvidas com a área de proteção à criança e adolescente. Foto: João Aleixo

De acordo com a secretária de Trabalho e Ação Social, Mirna Valente, o evento marcou um momento importante para Araguari. “Nós tivemos a participação do Conselho Municipal de Assistência Social e do Conselho Municipal da Criança e do Adolescente, com uma palestra da presidente, Lúcia de Araújo, que explicou quais são os fatores para a criação do Estatuto da Criança e do Adolescente, e logo após, fizemos uma abordagem ampla do significado desse fórum”. O evento foi aberto aos profissionais de escolas estaduais, da rede de saúde e entidades que trabalham com crianças e adolescentes. “A participação atingiu as nossas expectativas. Tivemos um público realmente interessado e amadurecido com as situações, porque as vivenciam há muito tempo”.

O evento foi aberto aos profissionais de escolas estaduais, da rede de saúde e entidades que trabalham com crianças e adolescentes. Foto: João Aleixo

Durante o evento foi lançada uma cartilha com o tema “Uma cidade que quer crescer precisa proteger quem ainda não cresceu!”. “Nós trabalhamos com pessoas de diversos segmentos, durante quatro meses, para que pudéssemos desenvolver essa cartilha, que será distribuída nos bairros e escolas, explicando sobre a rede de proteção e os tipos de violência às quais as crianças são submetidas, e que muitas vezes ficam no silêncio da própria família. Nós buscamos uma solução para esses problemas que poderão ser diminuídos com a nossa atuação”, explicou a secretária.

A psicóloga Luz Marina de Alarcão Carísio, técnica de gestão da secretaria de Trabalho e Ação Social, conta que a cartilha foi elaborada para que a população tenha conhecimento dos serviços prestados no município. “A cartilha contém todos os serviços da rede de proteção, função, locais de atendimento, o que é a violência, o que é a Política Nacional de Assistência Social, entre outros. Estamos dando início a uma ação continuada e elaborando um plano para 2015, com propostas e ações. Temos que proteger as nossas crianças”.

Os participantes do evento foram divididos em cinco equipes, que ficarão responsáveis por territórios da cidade. O território I envolve os bairros: Brasília, Maria Eugênia, Santa Helena, Gutierrez, Fátima, João Calixto, Industrial, Chancia e a zona rural. No território II estão os bairros e distritos: São Sebastião, Conjunto Mauá, Goiás, Vieno, Sewa, Alan Kardec, Amanhece, Ararapira, Alto São João, Piracaíba e Barracão. O território III possui os bairros: Novo Horizonte, Millenium, Amorim, São Luiz, Flamboyant, Aeroporto, Eduardo Moreira, Nossa Senhora da Penha, Beatriz, Distrito Industrial, Parque das Gaivotas, Bosque, Jardim Regina, Contenda, Retiro Velho, Fazenda Quilombo, Canaã, Água Clara e Ildemino. No território IV estão os bairros: Jóquei Clube, Palmeiras do Império, Santiago, Ouro Verde, Miranda, Paraíso, Independência, Santa Terezinha, São João, Paineiras, Sibipiruna, São Judas, Portal do Cerrado, Conjunto Alvorada, Rosário, Parque dos Verdes, Água Clara, Fazenda Macaúba, Centro, Interlagos e Portal dos Ipês. Por último o território V onde estão: Monte Moriá, Portal de Fátima, Bela Suíça I, Bela Suíça II e Madri.

A presidente do Conselho Municipal de Direitos da Criança e do Adolescente, Lúcia de Araújo, explica, ainda, que são oferecidos vários serviços de proteção no município que funcionam separadamente, mas o objetivo é melhorá-los e unificar as ações, profissionalizando e capacitando os profissionais. “Teremos também todo um apoio de resgate. O conselho aprovou um plano socioeducativo decenal que vai trabalhar com jovens que tiveram conflitos com a lei, oferecendo apoio psicológico, para poder inseri-los na família e na sociedade. Estamos estudando o plano de ação para iniciar o mais rápido possível”.

Segundo o conselheiro tutelar, Marcos Costa da Silva, o número de casos de violência contra as crianças e adolescentes é bastante alto. “Todo mês recebemos denúncias de agressões, abusos sexuais, negligência da família e até mesmo o próprio adolescente, que rejeita a família, sai de casa, vai para as ruas e sofre agressões. O que mais acontece é a violência doméstica, mas nunca atendemos casos de morte. Nessa ação vamos trabalhar a prevenção, para que esses casos não aconteçam mais”.