Gerente da Sertran não aparece em reunião e impasse em transporte continua
sáb, 23 de novembro de 2013 12:31Vereadores, Executivo e funcionários de
última empresa discutiram a situação
P.J. GODOY – Há 15 dias, mais de 60 servidores da empresa Expresso Cidade permanecem sem respostas quanto à chegada da nova responsável pelo transporte público em Araguari. Além disso, diversos problemas apontados por entidades e moradores intrigam os usuários do serviço.
Para esclarecer a situação, a comissão de Trânsito e Transportes da Câmara Municipal convocou uma reunião nessa sexta-feira, 22, com a participação de integrantes da prefeitura, funcionários da Expresso Cidade, demais vereadores e, a princípio, um representante da Sertran (Sertãozinho Transportes e Serviços Ltda).
Kleber Grazina, gerente de operações da empresa, não compareceu ao encontro. Por isso, diversas questões foram abordadas sem definição. O vereador Wesley Lucas de Mendonça (PPS) apontou algumas preocupações.
“A comissão de Trânsito e Transportes da Câmara e todos os demais vereadores entendem que existem diversas reclamações na questão do atendimento. Primeiro queríamos ouvir a empresa, pois em nenhum momento algum representante se pronunciou ao Legislativo. Somos abordados pela população e não temos informações. É um desrespeito com para a comunidade araguarina. Outra preocupação é com os passes que a empresa anterior vendeu. Precisamos discutir isso”, disse.
Conforme apurou a reportagem, a Expresso Cidade chegou a vender até R$ 35 mil para empresas do município em vales-transporte. Único representante da prefeitura no encontro, o assessor de comunicação, Marcos Lander, destacou o compromisso do governo em isentar as entidades de prejuízos.“Esperamos que o sindicato informe o valor do acerto, total ou individual, para que possamos bloquear os recursos que a Expresso Cidade tem para receber junto com a caução. O que nos dificulta para a contratação dos empregados pela Sertran é justamente isso, pois existe uma lei de sucessão trabalhista, em que se a primeira responsável não acertar, quem contratar terá que regularizar a situação. Sendo assim, a nova entidade entraria na cidade com uma dívida de mais de 300 mil reais. Conseguimos a partir de hoje a troca do vale-transporte de todos os funcionários e fizemos um decreto para que possa ressarcir aqueles que compraram os passes anteriormente num total de 60 salários mínimos”, explanou.
Na próxima segunda-feira, a partir das 10h, está marcada uma assembleia geral no sindicato dos servidores do transporte coletivo. Para o motorista Carlos Henrique, a preocupação dentro de casa é a principal.
“Continuamos sem respostas, pois existem dez araguarinos que não atuavam na Expresso Cidade e estão exercendo o serviço na nova empresa. Nosso cargo está em risco iminente. Queremos saber como está o processo para o acerto salarial, quando voltaremos a trabalhar, pois temos famílias para sustentar. Nosso pedido é por uma solução imediata”, afirmou.
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