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Gazeta na Copa – Um novo caminho à vista

sex, 27 de junho de 2014 01:07
Entre recordes, surpresas e avião de dinheiro,
termina a primeira fase do mundial

 

Índios comemoram gol durante jogo do Brasil. Foto: Divulgação

Índios comemoram gol durante jogo do Brasil. Foto: Divulgação

O gol contra de Marcelo em plena abertura do mundial era o ensaio da série de surpresas que estava por vir. A primeira fase da Copa mais pan-americana da história contagiou até aqueles que sequer estavam interessados num bando de marmanjos brigando por uma bola.

Durante duas semanas, o mundo viu o futebol sob a ótica brasileira. Seleções se misturaram às torcidas exaltando o sentimento que os une. Pior para os franceses, que sequer ouviram o hino tocar na partida de estreia. Uma “febre amarela” colombiana invadiu os estádios, que ainda testemunharam Mondragón, mais velho jogador a disputar uma Copa, aos 43 anos.

Gigantes foram derrubados. Presas fáceis se tornaram predadores, jogos foram interrompidos pelo calor, e japoneses deram uma aula de educação ao recolherem lixos nas arquibancadas. Klose igualou Ronaldo como o maior assassino dos mundiais. Enquanto isso, Neymar e Messi privilegiaram torcedores de Brasil, Argentina e Barcelona com oito gols.

Uruguaios entraram mordidos em campo. O momento era tão precioso que nem o lateral Álvaro Pereira quis deixar a partida mesmo depois de ter desmaiado. Por fim, um avião vindo de Gana trouxe o prêmio de R$ 6,6 milhões pela classificação dos africanos, impedindo uma greve em pleno decorrer da competição.

Após 48 jogos, as 32 seleções que brigavam pela taça se reduziram pela metade. A partir de amanhã, um novo caminho entra na rota das delegações. Até a próxima parada, restarão oito concorrentes. A cada despedida, agradecemos pela visita.
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SELEÇÃO DA PRIMEIRA FASE
FORMAÇÃO: 3-4-3
esquema

Enyeama (Nigéria) – Se não fosse por ele, a Nigéria poderia assistir as oitavas de final pela televisão. Tudo por um goleiro que assumiu a condição de ‘milagreiro’, decisivo até na derrota dos africanos.

David Luiz (Brasil) – Começou como o líder de desarmes da seleção. Seguro no setor defensivo, foi quem mais procurou suprir a carência nas saídas de bola.

Duarte (Costa Rica) – Primeiro jogador nascido na Nicarágua a marcar um gol em Copas, o zagueiro naturalizado costa-riquenho foi segurança absoluta diante de três campeões mundiais.

Hummels (Alemanha) – Superou os problemas físicos e liderou a defesa alemã, com direito a um gol marcado na estreia diante de Portugal.

Cuadrado (Colômbia) – Numa mistura de consistência e habilidade, foi um velocista pela direita, criando as principais jogadas.

Mascherano (Argentina) – Melhor passador, completou 234 passes e ainda bloqueou qualquer debandada dos adversários. Impecável!

James Rodríguez (Colômbia) – Participou de cinco dos nove gols da Colômbia, balançando as redes em três ocasiões e oferecendo duas assistências.

Robben (Holanda) – Se houver uma brecha, ele encontra uma avenida. Correu como nunca nos dois primeiros jogos e na ausência do capitão Van Persie, chamou toda a responsabilidade. Espetacular.

Joel Campbell (Costa Rica) – O responsável pela maior dor de cabeça de ingleses, uruguaios e italianos em 2014. Três gols como retribuição.

Neymar (Brasil) – Apareceu quando mais precisava na estréia. Parou no goleiro mexicano na partida seguinte. Como merecimento, deu nome à goleada sobre Camarões.

Messi (Argentina) – Desequilibrou nas três partidas iniciais e salvou a Argentina de um tropeço contra Irã. Ainda protagonizou uma corrida por fora pela artilharia ao lado de Neymar.

Técnico: Jorge Luís Pinto (Costa Rica) – O comandante de uma campanha histórica. Ousado, mediu forças com três campeões mundiais e chegou à liderança do grupo com um sistema formado por três zagueiros, seis meias e um atacante.

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