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Copa às avessas: um dos maiores mundiais da história caminha para a fase final

qui, 3 de julho de 2014 00:27

“Toda unanimidade é burra. Quem pensa com a unanimidade não precisa pensar”

 

Com 154 gols, Copa no Brasil supera a marca das duas últimas edições. Foto: noticias.bol.uol.com.br

Com 154 gols, Copa no Brasil supera a marca das duas últimas edições. Foto: noticias.bol.uol.com.br

P.J. GODOY – Há um mês, a máxima de Nelson Rodrigues povoou como nunca pelos quatro cantos do país. Que atirem a primeira pedra, esportivamente falando, aqueles que ousaram relutar a resultados inimagináveis, ou não refletiram sobre o lema “Não vai ter Copa”. Em pleno país do mais popular dos esportes, desdenharam do que ele era capaz. Queria ver se acabasse a energia durante um jogo do Brasil.

No futebol, as guerras são uma dádiva, que atende pelo nome de Copa do Mundo. Se fora dos estádios se temia pela organização, dentro deles o que se viu foram equipes fielmente sincronizadas do goleiro ao último homem. As surpresas da primeira fase deram lugar a duelo de gigantes, e presas inofensivas encararam seus predadores. O clima é tão favorável que até as partidas ganham mais tempo.

Pela primeira vez, cinco dos oito jogos das oitavas de final foram para a prorrogação. De fato, a brincadeira chegou ao fim na maior festa do futebol. Nem por isso, falta diversão. Sob uma lotação de 98% nos estádios, todos os líderes de seus grupos avançaram para a próxima fase.

Estados Unidos, México, Chile, Argélia, Grécia e Suíça se despediram de cabeça erguida. Colômbia, Costa Rica e Bélgica alcançaram a melhor campanha de suas histórias. A Copa das emoções é tão forte que requer até psicólogo.

Há quem diga que o cinema imita a vida. Nesse mundial, os jogos quiseram virar filmes. Do “Não vai ter Copa” a “Copa das Copas”, suplico que ela fique um pouco mais.
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SELEÇÃO DAS OITAVAS

Formação: 4-3-3

Howard (EUA) – Apesar da eliminação, bateu o recorde de defesas de um goleiro numa partida de mundial, com 16 lances.

Varane (França) – De promessa a realidade, a atuação do zagueiro do Real Madrid por pouco não lhe rendeu um gol como retribuição.

David Luiz (Brasil) – Recebeu a autoria do gol por simples merecimento e ainda chamou a liderança quando dela mais precisava.

Ghoulam (Argélia) – Com uma velocidade de dar inveja a qualquer maratonista, fez a defesa alemã suar a camisa durante os 120 minutos.

Mascherano (Argentina) – Autor de 309 passes, ainda foi líder de desarmes, com 21 bolas roubadas.

Robben (Holanda) – Porque alcançar mais de 31km/h no auge dos 30 anos não é para qualquer um.

James Rodríguez (Colômbia) – Artilheiro com cinco gols e um dos responsáveis por fazer os colombianos acreditarem num caminho mais longo no Brasil.

Lukaku (Bélgica) – Um gol e uma assistência foram o suficiente para evitar uma disputa de pênaltis e levar a Bélgica para as quartas de final.

Lahm (Alemanha) – Com 322 passes, o capitão alemão precisou de poucos minutos em sua posição de origem para mostrar que ainda tem muito a contribuir.

Dí Maria (Argentina) – Do quesito mais artístico do futebol, ele superou a todos. Foram 24 dribles, com direito a um gol salvador nos minutos finais.

Sneijder (Holanda) – Responsável pela reação holandesa, resgatou o desempenho que lhe rendeu a alcunha de um dos melhores da edição anterior.

Técnico: Jorge Luís Pinto (Costa Rica) – Sob o comando de uma equipe nocauteada, conduziu a seleção com um jogador a menos até as penalidades, deixando mais um europeu pelo caminho.
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RETRATO DA SEMANA

Da sala do presidente até o estádio de futebol americano,
milhares de torcedores se reúnem para acompanhar os EUA

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