Gazeta na Copa – Receita contra indicada ao coração brasileiro
ter, 1 de julho de 2014 00:10Para evitar novo sufoco, Felipão pode recorrer ao passado para solucionar o presente
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P.J. GODOY – Por poucos centímetros, estaríamos desolados. Numa fração de segundos, deficiências seriam escancaradas e, culpados escolhidos a dedo. Entre meio palmo, a Copa dos sul-americanos escaparia das mãos dos brasileiros. Eis que surge o travessão, um mero suporte capaz de brincar cruelmente com o coração de 200 milhões.
A cada desafio, o caminho rumo ao hexa é atraído por ambientes nefastos, que sobrevivem à margem do perigo. Durante quatro jogos, 390 minutos e uma disputa de pênaltis, a seleção brasileira buscou o céu e se esqueceu da sombra do inferno que ela mesma criou.
Depois de matar o Chile, foram os próprios comandados de Felipão que ressuscitaram o adversário antes do apito final. Sem repertório, o técnico da seleção virou refém do seu esquema. Se no futebol campo é terreno, o meio-campo do Brasil é um deserto.
As carências na criação, saídas de bola e pelos flancos persistem desde a primeira partida. Ao menos, temos a segurança de uma das melhores defesas do planeta. Em Belo Horizonte, a torcida que massacrou Júlio Cesar há quatro anos, creditou o goleiro à condição de “milagreiro”. Ainda assim, nem sempre as mãos e a trave do camisa 12 contarão com o dedo de Deus.
O esquadrão de Luiz Felipe Scolari carece de alternativas. Uma delas seria a abdicação do centroavante, assumida com sucesso há dois anos pelo ex-técnico Mano Menezes. Quando o substituto agrava o problema, nada mais justo que procurar uma solução. Fred e Jô foram refrescos perto dos rivais. Por isso, preencher o setor de criação e liberar Neymar poderia ser um novo ingrediente em meio a uma receita perigosa ao coração brasileiro. Aguardemos os próximos capítulos.
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ARGENTINA X SUIÇA
Lionel Messi precisou de cinco chutes para balançar as redes em quatro ocasiões. Dos 100% de aproveitamento da Argentina, mais da metade se deve ao craque do Barcelona, que também contou com Dí Maria, que ditou o ritmo entre a defesa e o ataque. Para o embate diante da Suíça, 70 mil argentinos devem desembarcar em São Paulo para ao menos transmitir a força à seleção.
Famosa pelo chocolate, o queijo e as contas bancárias astronômicas, a Suíça também se destaca pela solidez na defesa de sua seleção. Apesar dos cinco gols sofridos ante a França, a equipe manteve a filosofia inicial, e não deve aliviar para os hermanos. A missão é resgatar o poderio ofensivo, uma vez que em 2010, a equipe acabou eliminada mesmo sem ter sofrido um gol sequer.
Horário: 13h
Local: Arena Corinthians (São Paulo)
Arbitragem: Jonas Eriksson (Suécia)
Prováveis escalações:
Argentina: Romero; Zabaleta, Fernandéz, Garay e Rojo; Mascherano, Gago e Dí Maria; Lavezzi, Messi e Higuaín. Técnico: Alejandro Sabella.
Suíça: Benaglio; Lichtsteiner, Schar, Djourou e Rodríguez; Behrami, Inler, Xhaka, Shaqiri e Mehmedi; Seferovic (Drmic). Técnico: Ottmar Hitzfeld.
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BÉLGICA X EUA
Se há uma ação que o ex-presidente da Fifa, João Havelange, fez à favor do futebol, foi ter levado a Copa do Mundo aos Estados Unidos em 1994. Desde então, o esporte das “mulherzinhas” norte-americanas passou a cativar marmanjos que se restringiam ao basquete, beisebol ou futebol americano. Depois de chegar ao vice-campeonato da Copa das Confederações em 2009, a seleção foi líder do seu grupo no mundial da África do Sul, deixando nada mais que a Inglaterra para trás.
Desta vez, o presente e o futuro se encontram em Salvador. Considerada a geração de ouro, a Bélgica deposita as apostas em seu elenco promissor, repleto de talentos. Apesar de apresentar um rendimento abaixo do esperado, a equipe manteve os 100% de aproveitamento, superando todos os desafios até então.
Horário: 17h
Local: Arena Fonte Nova (Salvador-BA)
Arbitragem: Djamel Haimoudi
Prováveis escalações:
Bélgica: Courtois; Alderweireld, Van Buyten, Kompany e Vermaelen (Vertonghen); Witsel, Fellaini, De Bruyne, Hazard e Mertens (Mirallas); Lukaku (Origi). Técnico: Marc Wilmots.
EUA: Howard; Johnson, González, Besler e Beasley; Beckerman, Jones, Zusi, Bradley e Dempsey; Altidore. Técnico: Jurgen Klinsmann.
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O que os jogadores da seleção brasileira precisam fazer é chorar menos e jogar mais futebol. É uma vergonha esta cena ridícula de choradeira generalizada.