Gazeta na Copa – Por que não torcer pela seleção?
qua, 11 de junho de 2014 00:53Por P.J. GODOY
É de se atrair a ideia de não torcer pela seleção. Diante dos inúmeros problemas que enfrento nesse país, decidi que irei apoiar assim que a bola estiver sob os pés dos adversários. Assim, depositarei toda a gordura dos meus olhos a cada lance de Neymar. Quando os onze jogadores correrem pelo campo, desejarei que eles visitem os postos de saúde, utilizando um transporte público que passe por diversas escolas.
Afinal, o que estará aberto no Brasil além de bares e restaurantes? Um simples espaço com uma televisão em chuviscos é o bastante. Mas me pouparei de oferecer minha valiosa audiência àquele que pouco se importou comigo nos últimos sete anos.
Pelo que passei onde vivo, por todas as hipocrisias que regem essa nação, prefiro manter silêncio ao cantar o hino nacional. Muito mais coerente é torcer por aquele africano, ou até mesmo o jogador do leste europeu que sequer sei pronunciar o nome.
Essa será a primeira vez que testemunharei uma Copa no Brasil. Seria o futebol o culpado pela vida sem rumo trilhada pelo país? Enquanto redigia este texto, refleti sobre descontar minhas amarguras nos jogadores brasileiros. Em seguida, lembrei que estamos em ano de eleições. A propósito, por que não torcerei pela minha seleção mesmo?
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A responsabilidade de Neymar
Desde 2002, um camisa 10 da seleção brasileira não balança as redes em uma Copa do Mundo. Durante o jejum de gols, jogadores como Ronaldinho passaram em branco em 2006, e Kaká seguiu a mesma linha quatro anos depois.
Outro detalhe é que após 16 anos, a seleção não terá um melhor do mundo entre os seus combatentes. Desta vez, a referência é Neymar. Aos 22 anos, ele disputa a Copa com a mesma idade que Ronaldo brilhou em 1998.
Comparações à parte, a nova estrela terá em seu país a oportunidade de sepultar três tabus em uma só jornada. Marcar um gol pela seleção, ser artilheiro vestindo a camisa 10, e terminar o ano como melhor jogador do mundo. Seria imaginação demais?
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FIM DE SEMANA ATÍPICO
Acostumado com a peleja do Campeonato Brasileiro. Insatisfeito com a paixão não correspondida por seu clube de coração. Ao menos durante um mês, seus problemas acabaram.
A partir deste fim de semana, os cenários do futebol brasileiro darão lugar a duelo de gigantes. Na sexta-feira, 13, os atuais finalistas da Copa do Mundo se reencontrarão sob os olhos dos baianos em Salvador. A Arena Fonte Nova será o palco do confronto entre Espanha e Holanda. Completando o dia, Cuiabá e Natal receberão as visitas de Chile e Austrália, e México e Camarões, respectivamente.
No sábado, um prato cheio para o futebol que se preze. Acostumados com o clássico entre Nacional e Princesa dos Solimões, os torcedores amazonenses terão o privilégio de ver cinco títulos mundiais em campo. A partir das 19h, Inglaterra e Itália inauguram suas participações em Manaus.
Para fechar o fim de semana, outras duas campeãs mundiais pisarão nos gramados brasileiros. Às 16 horas, o Beira-Rio será a casa dos franceses, que enfrentam Honduras. Enquanto isso, os argentinos ajustarão os últimos detalhes para a estréia diante da Bósnia, no Maracanã.
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VOCÊ SABIA?
Símbolo do tricampeonato mundial do Brasil, a antiga taça Jules Rimet ficou escondida dentro de uma caixa de sapatos, em baixo da cama do vice-presidente da Fifa, que temia pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial (1939 – 1945). Com 3,8 kg, a estatueta banhada a ouro chegou a ser roubada em 1966 até ser encontrada por um cachorro num jardim do subúrbio de Londres. Em 1983, o troféu desapareceria para sempre no Rio de Janeiro. Numa ação planejada por Sérgio Peralta, ex-representante do Atlético-MG na CBF, dois comparsas renderam os funcionários e levaram a escultura, que teria sido derretida por um comerciante argentino.
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Direito à opinião, todos temos, mas o comentário inicial desta sequência de textos é totalmente irrelevante. O que tem o futebol com os problemas sociais no Brasil?
O colunista deveria se preocupar com coisas mais importantes, do que, simplesmente, repetir o senso comum, falado e escrito em “quase todos” os jornais do Brasil. Vai ser comum assim lá na África, ou Leste Europeu, como sugeriu.
Aliás, tem alguma seleção do Leste Europeu? Acho que desaprendi geografia.
Eh, Araguari!!!!
Ah! Me esqueci! Tem a Rússia! Más não é Ásia?
Tem a Bósnia e a Croácia! Más não é Sudeste Europeu?
Falhou!
Mas o comentário inicial permanece!