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Gazeta na Copa – O fim de uma era: convocação da seleção escancara nova realidade do futebol brasileiro

sex, 9 de maio de 2014 10:11

P.J. GODOY – Para 23 jogadores, a Copa começou nesta quarta-feira, 7, com o anúncio da convocação da seleção. Pela 20ª vez, os brasileiros iniciarão o caminho rumo ao topo do mais popular dos esportes. No entanto, novos desafios circulam pelos encarregados de vestir a amarelinha.

Em pouco mais de um minuto, Luiz Felipe Scolari escancarou uma nova realidade do futebol nacional. Pela primeira vez em 16 anos, a seleção não contará com ao menos um jogador eleito o melhor do mundo pela Fifa.

O início dessa história começou em 1998, quando um jovem de 21 anos conduziu o Brasil à decisão do mundial. Apesar da semelhança com a atual missão de Neymar, Ronaldo disputava aquela edição com dois prêmios da Fifa na bagagem. De fato, as circunstâncias são diferentes, uma vez que aquele garoto, que viria a ser o maior artilheiro da história das Copas, havia deixado os gramados nacionais aos 18 anos.

Em 2002, a seleção desembarcava na Copa com Ronaldo e Rivaldo consagrados no mundo da bola, somando três títulos de melhor do mundo. Quatro anos depois, o grupo ganhou mais uma figura premiada, Ronaldinho, depois de duas honrarias conquistadas em 2004 e 2005. Na África do Sul, Kaká, o maior em 2007, era o homem da vez.

Pela primeira vez em 16 anos, Brasil não terá um jogador consagrado mundialmente. Fotos:  Divulgação

Pela primeira vez em 16 anos, Brasil não terá um jogador consagrado mundialmente. Fotos:
Divulgação

 

Maior aposta, Neymar será a referência de um time sem experiência em Copas. Foto: Divulgação

Maior aposta, Neymar será a referência de um time sem experiência em Copas. Foto: Divulgação

Em 2014, Neymar será a referência de um time sem experiência, mas renomado internacionalmente. Apenas seis dos 23 convocados disputaram uma Copa, e somente quatro atuam pelos gramados brasileiros. Além disso, depois de 84 anos, a seleção não terá um representante do futebol paulista, considerado o mais competitivo até então.

Desta vez, nomes como Robinho e Kaká não foram lembrados. Entre aqueles mais contestados pela crítica esportiva, o zagueiro Henrique deixou para trás concorrentes como Dedé e Miranda, assumindo a última vaga para o setor defensivo. Ainda assim, como contestar um técnico que foi campeão do mundo levando o nada carismático Anderson Polga em 2002?

No Brasil, independente da campanha dos comandados de Felipão, o céu e o inferno povoarão juntos até a final. Em menos de dois meses, saberemos se o fim de uma geração irá consagrar novos nomes ao topo do futebol mundial.
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BOLETIM DOS FAVORITOS

BANDEIRA ITALIA

  • País: Itália.
  • Continente: Europa.
  • Retrospecto: quatro títulos (1934, 1938, 1982 e 2006) e dois vice-campeonatos (1970 e 1994) – segunda seleção com maior número de vitórias nas Copas,  atrás apenas do Brasil.
  • Grupo: D (Inglaterra, Uruguai e Costa Rica).
  • Base: Mangaratiba, Rio de Janeiro.
  • Provável escalação: Buffon; Abate, Bonucci, Chiellini e De Sciglio; Thiago Motta (Montolivo), De Rossi, Marchisio e Pirlo; Rossi e Balotelli. Técnico: Cesare Prandelli.
  • Referência: Pirlo.

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FIGURINHAS DA COPA

Figurinhas das Copas
Guardiola – Espanha, 1994

Foto: Divulgação
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BAÚ DA COPA

Taffarel
Há 16 anos, Taffarel era segurança incontestável à frente do gol brasileiro

Foto: Divulgação
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ESPAÇO DO TORCEDOR

“Meu momento inesquecível foi na Copa de 1982. Aquela seleção “jogava como uma música”. Nas quartas de final contra a Itália foi complicado. Empatávamos em 1 a 1, mas os outros dois gols de Paolo Rossi acabaram com as nossas esperanças. Tínhamos a melhor seleção de todos os tempos. Depois desse jogo nunca mais me emocionei com o futebol a ponto de derramar lágrimas”. Walter da Silva, 52 anos.  

Quer contar a sua história? Mande para: pjgodoy@gazetadotriangulo.com.br
vinheta pj

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