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Gazeta na Copa – Duelo de gigantes marca o segundo dia do mundial

sex, 13 de junho de 2014 01:02

Por P.J. GODOY

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Pitacos da Gazeta
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Para eles, a festa começa na sexta-feira 13
No segundo dia do mundial, destaque para um duelo de gigantes

ESPANHA X HOLANDA

De último obstáculo na África do Sul, os espanhóis se tornaram o primeiro desafio da Holanda no Brasil. Pela primeira vez na história, os dois últimos finalistas se reencontram na estréia da Copa do Mundo. Para espantar as nuvens que povoam nesta sexta-feira, 13, as seleções levam na bagagem um retrospecto semelhante.

A Espanha passou as eliminatórias sem uma derrota sequer. Na liderança de seu grupo, desbancou a França para a repescagem. Em quatro anos, a “La Roja”, como é chamada, faturou o bicampeonato europeu e foi atropelada pelo Brasil na final da Copa das Confederações. Talvez por isso, trouxe dois brasileiros para reforçar o elenco. Naturalizado, Diego Costa é a aposta para o setor ofensivo, enquanto Thiago Alcântara acabou fora do por lesão.

Quem também lida com a sombra do Departamento Médico é a Holanda. Depois de perder a promessa Strootman e o veterano Van der Vaart, os holandeses se desdobram para suprir o grupo no Brasil. Além disso, muito mudou desde o mundial na África do Sul.

Apesar da experiência de grandes peças do sistema ofensivo, mais da metade das camisas ganhou novos detentores. As principais novidades estão na defesa, responsável pela maior série de invencibilidade do futebol mundial.

Líder do seu grupo com 93% de aproveitamento nas eliminatórias, a Holanda somou 17 partidas durante dois anos sem derrota. O poderio das duas seleções se reflete na história dos encontros. Isso porque desde 1957, não ocorre uma vitória por mais de um gol de diferença. Naquele ano, os espanhóis bateram os holandeses por 5 a 1, algo à margem do impossível de ocorrer no futebol atual.

Horário: 16h

Local: Arena Fonte Nova (Salvador-BA)

Prováveis escalações:

Espanha: Casillas; Juanfran (Azpilicueta), Sergio Ramos, Piqué e Jordi Alba;
Xabi Alonso, Xavi, Busquets, David Silva (Fábregas) e Iniesta; Diego Costa (David Villa). Técnico: Vicente del Bosque

Holanda: Cilessen; Janmaat, Vlaar, Indi e Blind; Clasie, Sneijder e De Jong; Robben, Lens (Kuyt) e Van Persie. Técnico: Louis Van Gaal.

Arbitragem: Nicola Rizzoli (Itália)
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MÉXICO X CAMARÕES

Responsável por memoráveis fracassos da seleção brasileira, como na final da Copa das Confederações de 1999 (4×3), ou na decisão dos Jogos Olímpicos de Londres (2×1), o México suou a camisa para chegar até aqui. Após somarem apenas duas vitórias em dez partidas das eliminatórias, os jogadores precisaram passar pela repescagem para carimbar o passaporte rumo ao Brasil.

Para a 14ª participação em Copas, as apostas dos mais de 60 mil torcedores que desembarcam no país se concentram em trunfos como o atacante Javier Hernandéz, do Manchester United. Diante da perda de Luís Montes, que sofreu uma fratura na perna, a eterna promessa Giovani dos Santos pode corresponder à expectativa dentro de campo. Os mexicanos buscam a sexta classificação consecutiva à segunda fase do torneio. Para isso, abrem sua participação diante da conturbada seleção de Camarões.

Depois de ameaçarem entrar em greve em razão de problemas de pagamento envolvendo a federação, os “leões indomáveis” invadem o Brasil com a missão de findar um tabu recorrente de 16 anos em Copas. Em 1990, a equipe conquistou sua última classificação para a segunda fase, alcançando as quartas de final e credenciando o futebol africano ao cenário internacional.

Diante de uma classificação convincente nas eliminatórias, Camarões encontra em nomes como Samuel Eto’o a força capaz de novamente quebrar barreiras dentro dos gramados. O duelo entre mexicanos e camaroneses completa o grupo A, mesma chave do Brasil.

Horário: 13h

Local: Arena das Dunas (Natal-RN)

Prováveis escalações:
México: Corona; Aguilar, Márquez, Rodríguez e Moreno (Salcido); Vázquez, Guardado, Herrera e Giovani dos Santos; Peralta e Javier Hernandéz. Técnico: Miguel Herrera.

Camarões: Itandje; Djegoué, N’koulou, Matip e Bedimo; Song, Enoh e M’bia (Makoun); Moukandjo, Eto’o e Choupo-Moting. Técnico: Volker Finke.

Arbitragem: Wilmar Roldán (Colômbia)
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CHILE X AUSTRÁLIA

De um lado, um sintoma de dor de cabeça aos adversários. Do outro, uma candidata a presa inofensiva. Sob os olhares da população mato-grossense, Chile e Austrália fecham o segundo dia da Copa do Mundo.

Pela primeira vez, os chilenos disputarão seu segundo mundial consecutivo. Depois de ser eliminada pelo Brasil em 2010, a seleção ganhou novas perspectivas para acreditar num caminho mais longo quatro anos depois. Após oscilar nas eliminatórias, o esquadrão sul-americano contratou o técnico argentino Jorge Sampaoli, um dos responsáveis pela maior série de invencibilidade na história do país.

Ao todo, foram cinco vitórias e um empate. Em sua oitava participação, o Chile desembarca no país do futebol com a missão de derrubar gigantes como Espanha e Holanda. Antes disso, terá que passar pela Austrália, uma das incógnitas do mundial.

Com todas as fichas depositadas no experiente meia Tim Cahill, os australianos pisam em solo brasileiro a fim de resgatar o bom desempenho apresentado há oito anos, na Copa da Alemanha. Naquela ocasião, os Socceroos, como são chamados, por pouco não passaram às quartas de final, sendo eliminados após um polêmico duelo ante a futura campeã Itália. Em 90 minutos, os jogadores podem responder se vieram para fazer história ou apenas desfrutar do luxuoso complexo hoteleiro de Vitória (ES), onde estão hospedados.

Horário: 18h

Local: Arena Pantanal (Cuiabá-MT)

Prováveis escalações:
Chile: Bravo; Medel, Silva e González (Albornoz); Isla, Carmona, Díaz, Valdivia e Mena; Alexis Sanchéz e Vargas. Técnico: Jorge Sampaoli.

Austrália: Ryan; Wilkinson (Franjic), McGowan, Spiranovic e Davidson; Milligan, Holland e Oar (Bresciano); Leckie, Cahill e Halloran. Técnico: Ange Postecoglou.

Arbitragem: Noumandiez Doue
(Costa do Marfim)

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