Da Redação

“Desde muito cedo eu faço fotos. Com sete anos eu tinha máquina.” A paixão pela fotografia sempre esteve presente na vida de Flávio Vinícius Carrijo Silva, que além de trabalhar profissionalmente na área, também é proprietário de uma loja de materiais de escritório conhecida na cidade. No mês passado, as fotografias que ele tirou se tornaram febre entre os araguarinos usuários de redes sociais, e por uma boa razão: quem poderia imaginar que uma simples caminhada pela avenida Coronel Theodolino ou por outras ruas conhecidas da cidade revelaria tanta beleza?

 

Não foi preciso usar equipamentos sofisticados, lentes profissionais. Bastou uma máquina digital, dessas que todo mundo tem. O olhar atento é que faz a diferença. “Nas minhas caminhadas sempre analisava a paisagem. Um dia coloquei a máquina no bolso e pensei em registrar o que via,” contou o fotógrafo.

A maioria dos registros surgiu ao longo do trajeto que ele costuma fazer no dia-a-dia, principalmente de casa para o trabalho, a pé, para controlar o diabetes. O ritmo desacelerado revelou uma Araguari desconhecida.

“A visão que eu tenho, os ângulos que escolhi, despertam a curiosidade das pessoas. Pelos enquadramentos serem diferentes, a pessoa até conhece o lugar, mas não percebe bem. Por onde ando vejo coisas bonitas,” contou.

Bastou um mês para que o hábito de tirar as fotos de cenas urbanas chamasse a atenção. Flávio Vinícius começou a publicá-las em uma rede social, e em pouco tempo, recebeu centenas de curtidas e compartilhamentos, até de pessoas de outras nacionalidades. Isso sem contar aqueles que divulgam as fotos sem mencionar o nome do fotógrafo.

 

Muitas pessoas começaram a compartilhar as imagens com familiares que moram em outras cidades, paisagens que trazem de volta lembranças e saudade da terra onde nasceram.

Os registros de Flávio Vinícius resgatam, sobretudo, o orgulho da população araguarina. Por onde passa, recebe elogios e pedidos para continuar com o trabalho, desta vez, nos bairros. Também ouviu de muita gente que deveria reunir o material em um livro, com incentivo da prefeitura. No entanto, ele afirmou à reportagem que não tem essa intenção. Quer apenas continuar registrando belas cenas dos lugares aonde vai.