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Folha de pagamentos do município é licitada e 13º deve ser regularizado nos próximos dias

sáb, 14 de dezembro de 2019 05:12

Da Redação

O atraso no pagamento dos valores referentes ao 13º salário dos servidores municipais voltou a ser o principal assunto discutido pela administração nesta semana. Na tentativa de regularizar a situação, foi realizada na última quinta-feira, 12, a licitação da folha de pagamento do município. Por meio de pregão, três grandes instituições financeiras apresentaram suas propostas e disputaram a gestão pelo prazo de cinco anos.

13º tanto de servidores municipais quanto de estaduais está em atraso

13º tanto de servidores municipais quanto de estaduais está em atraso

 

Ao final do processo, o vencedor do certame foi o Banco Bradesco que repassará ao município valor próximo à R$ 7 milhões.

Em entrevista, o secretário de Administração, Carlos de Lima Barbosa, afirmou que a quantia será depositada nos cofres municipais em uma única parcela, no prazo de 10 dias. “A intenção do prefeito Marcos Coelho é utilizar essa receita para fazer o pagamento do 13º aos servidores municipais. Agora, estão sendo levantadas informações sobre o valor total da folha de pagamento e o que será efetivamente pago, mas a prioridade são os servidores, uma vez que o prefeito sempre primou pelo pagamento em dia e valorização da classe.”

Segundo ressaltou, além do recurso proveniente da venda da gestão da folha de pagamento, o governo municipal também está pleiteando verbas federais e estaduais. Assim, a previsão de pagamento que antes era dia 30 de dezembro, será antecipada, pois, o recurso está programado para ser recebido pelo município no dia 23. Sobre o atraso, o secretário ressaltou que a população não deve esquecer que foi motivado pela dificuldade financeira que o município vem enfrentando. “Estamos nos organizando para cumprir com os compromissos, mas também precisamos considerar a dívida que o Estado tem com a cidade de Araguari que está em mais de R$ 27 milhões. Nenhum município conseguiu fazer a antecipação do crédito pela falta de credibilidade do próprio estado de Minas.”

Nas últimas semanas, o assunto também foi levado ao plenário da Câmara Municipal, durante as sessões legislativas. Conforme ressaltou o vereador Sebastião Vieira (PSL) em entrevista anterior, os servidores o procuraram para solicitar apoio quanto à resolução da demanda e estão inconformados. Situação parecida vem acontecendo em todo o Estado. Em meio às incertezas sobre o pagamento do 13º salário do funcionalismo público ainda em 2019, o governo de Minas possui um saldo positivo de R$ 7,2 bilhões em caixa, conforme verificou o Tribunal de Contas do Estado (TCE-MG), entretanto, a decisão de utilizar esses recursos para quitar ou não o compromisso com o funcionalismo compete exclusivamente ao governador Romeu Zema (Novo), que deverá, entre outros pontos, levar em consideração o cenário fiscal do Estado e as obrigações existentes no Orçamento.

O governo, no entanto, afirma que esse dinheiro não pode ser usado para pagar a gratificação natalina, pois é recurso reservado para a folha de novembro, repasses constitucionais a prefeituras e aos poderes Legislativo e Judiciário. Em nota, a secretaria de Estado de Fazenda esclareceu que é equivocada a interpretação de que os recursos atualmente disponíveis no caixa único do Tesouro Estadual seriam suficientes para pagar o 13º dos servidores. Do total em caixa, R$ 3 bilhões serão destinados para o pagamento da folha de novembro e também para os repasses dos duodécimos dos Poderes. O restante está vinculado aos repasses constitucionais de ICMS, IPVA e Fundeb a que os municípios têm direito e a convênios.

A SEF ressaltou ainda a necessidade real da operação financeira, que consiste em antecipar recebíveis da Codemig por meio de um leilão na Bolsa de Valores, não só para garantir o pagamento do 13º como também para garantir aos servidores o retorno da normalidade do pagamento dos salários, pois, “quem trabalha deve sempre receber integralmente e não de forma parcelada como vem acontecendo há três anos e dez meses”.

 

1 Comentário

  1. Eduardo disse:

    Talvez, se não houvesse tanta gente ganhando mais do que trabalha, a folha fecharia!

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