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Filas de caminhões ultrapassam seis quilômetros na BR-050

sex, 27 de fevereiro de 2015 00:56
Rodovia foi a única federal a registrar o protesto em Minas

Rodovia foi a única federal a registrar o protesto em Minas

P.J. GODOY – O relógio se aproximava das 7h, quando um sentimento de revolta e indignação tomou as margens da BR-050. Quem passava pelo trecho, compreendido entre Araguari e Uberlândia, testemunhava aquilo que durante quase dez dias, ganhou a voz de caminhoneiros e empresários do setor de Transporte de Cargas.

Durante esta quinta-feira, 26, a BR-050 era a única rodovia federal que ainda registrava o protesto em Minas. Insatisfeitos com problemas que perduram há mais de um ano, motoristas ocuparam aproximadamente seis quilômetros da pista, colocando pneus e ateando fogo em forma de protesto. Representante do setor em Uberlândia, Rosemaire Schiavoni Normandia ratificou o compromisso em manter a mobilização até que a categoria seja atendida.

“Não houve acordo algum, o que sabemos foi uma proposta sobre a prorrogação dos financiamentos, mas não disseram como seria, nem a questão dos juros. Nosso problema é muito maior e se não formos atendidos, a situação tende a piorar. Se até países que o Brasil é fornecedor abaixaram o preço do combustível, por que pagamos mais caro? Estamos discutindo e esperando a rodada de negociações com o governo federal. Ficaremos até quando for possível. Chegou um ponto que não há como sustentar mais”, manifestou a empresária, que reiterou acerca da possibilidade de estender a manifestação.

“O governo federal trouxe a liminar, que fez paralisar o protesto nesta quarta-feira, 25, na BR-365. Mesmo assim, após conversa com nosso advogado, percebemos que isso não nos atingia, pois tinha uma validade e havíamos começado naquele dia. Com isso, ainda podemos reabrir a manifestação em outros pontos”, completou.

Durante a mobilização, os condutores foram orientados pela concessionária da BR-050, MGO Rodovias. Após diálogos entre os manifestantes e a Polícia Rodoviária Federal, a rodovia foi totalmente liberada, o que aliviou o congestionamento que perdurou até a tarde desta quinta-feira.

O protesto conta com o apoio do Sindttrans (Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários). Em entrevista ao Jornal Gazeta do Triângulo, o presidente da entidade, Célio Moreira da Silva, também apoiou a continuidade, mas ponderou quanto aos bloqueios nas pistas.

“Começamos de manhã e ficaremos até o governo se curvar, de maneira pacífica. Entendemos que temos força capaz de mudar essa situação e estamos analisando outros pontos para estendermos a manifestação. Ainda estamos discutindo, mas a rodovia permanece liberada para os veículos de passeio, ambulâncias, ônibus e quem trafegue pela via”, ressaltou.

Reivindicações

Até a tarde de ontem, 93 estradas federais registravam manifestações pelo país. Entre as demandas levantadas pelo setor, as prioridades se remetem à revisão no preço do combustível, tributos e a prorrogação das parcelas de financiamento de veículos de cargas junto ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

Pacote de medidas

Ainda nesta quinta-feira, o governo federal apresentou um pacote de medidas, oferecendo a renegociação das dívidas do setor, além de informar ter recebido da Petrobras a garantia de que os preços do diesel não sofrerão aumento pelos próximos seis meses. Ainda assim, não foi o bastante para controlar as manifestações.

2 Comentários

  1. antonio disse:

    Aqui o combustível para o brasileiro é mais caro porque lá fora não tem trouxa.

  2. Cezar disse:

    Votaram no PT agora aguenta as consequências. Esse governo é assim, fez sua campanha e sacrificou o Brasil, agora o povo tem que pagar.
    É so aprender a votar.

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