Ficha Técnica – Uma obra chamada Ferreira
qua, 20 de maio de 2015 07:35José Ribamar Ferreira – mais conhecido como Ferreira Gullar. Um dos maiores poetas do país. Imortalizado na Academia Brasileira de Letras, inventor da célebre produção teatral “Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come”. José Eurípedes Ferreira. Um dos principais nomes do futebol mineiro. Inapelável, fazia com a cabeça o que muitos não conseguiam com os pés. Eternizado nos gramados, foi autor de verdadeiras obras primas por onde passou.
Se há seis décadas o maranhense Ferreira Gullar deixava a cidade de São Luís para ganhar a literatura brasileira, seu homônimo embarcava de Araguari com destino a uma longa viagem na história do futebol. Dentro das quatro linhas, escrevia novas páginas a cada vez que balançava as redes. Fora delas, lia o jogo como ninguém.
Ferreira foi ídolo no Galo da Comarca e no Uberlândia Esporte Clube. Mas seu principal destino seria o decacampeão estadual América-MG. Em 1968, se tornaria o maior artilheiro do clube em uma temporada, quando assinalou 35 gols. O sucesso abriu outras portas para o atacante, que foi chamado para integrar a seleção de Minas naquela época.
“Fomos convocados para a seleção e nos reunimos na sede da Federação Mineira de Futebol. No momento da foto, eles estavam me “cornetando”. Foi uma equipe muito bem arrumada, com jogadores como Tostão, Tião, Jair Bala, Amauri, Djalma Dias, Procópio, Alaor, Dirceu Lopes, Natal, Cristóvão e Aldair. Naquele ano, o Tostão havia sido artilheiro do Campeonato Mineiro, com 20 gols, enquanto eu fiz um gol a menos pelo América-MG. Nada melhor que um craque como ele para nos deixar na frente do gol. Pelo desempenho nesse período, fui convidado a participar da Libertadores pelo Valença, da Venezuela”, lembrou o ex-jogador durante entrevista em 2014 à coluna.
No último fim de semana, a renda da Copa Araguari de Futebol foi totalmente destinada a Ferreira, que luta contra problemas de saúde relacionados à diabetes. Hoje, seu endereço remonta a sua terra natal, mas certamente residirá durante muitos anos no coração dos torcedores que o viram jogar. Ídolo da época em que estádio não era arena, ele, assim como o poeta Ferreira Gullar, sabe que “a vida vale à pena, mesmo que o pão seja caro e a liberdade pequena”.
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Ola pessoal.
Sou Deivid, filho do Ferreira. Venho agradecer a homenagem, reconhecimento para um cara que fez tanto pelo futebol e viveu pra isso.
Infelizmente estamos lutando juntos contra problemas circulatórios graves e também neurológicos moderados.
Mais um vez agradeço a toda imprenssa de Araguari e região e também a Liga Araguari pelo reconhecimento.
Hoje ele está bem e em casa.
P.s. ele não tem problemas com diabetes.
Abraços.
Tive o privilégio de ver o craque Ferreira jogar no Araguari Atlético Clube e fazer a alegria
dos torcedores com maravilhosos gols, principalmente com cabeçadas indefensáveis. Tive
o privilégio de vê-lo também jogar pela equipe de Futebol de Salão no colégio onde estu-
dei o Santo Antonio, onde nossa equipe era sempre vencedora nos jogos estudantis anuais
promovidos pela UEA. Boa lembrança daquela equipe do Araguari que ao lado do Ferreira
tinham verdadeiros craques como Teles, Jair, Luis Silva, Rogério, Sabonete, Quinzito etc.