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Ficha Técnica – Não escolha esperar

qua, 13 de julho de 2016 05:22

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Desde os primórdios da humanidade, da Idade da Pedra, Idade Média até a Terceira Idade. Sejam nos 10 Mandamentos, nos 8 Odiados de Tarantino, nas Leis de Newton ou nos 7 a 1 da Alemanha. Disseram que o futuro é feito de oportunidades, negócios, obras astronômicas, trocas de favores, amor ao próximo, ação e reação, globalização, inércia. Entre tantas teorias da realidade para o cinema, aprendi que no mundo do futebol a vida é feita de escolhas.

Com a exceção do cachorro ou gato abandonado no lixo, do pobre nascido em berço de papelão ou do nosso engomado presidente da República, fomos nós que escolhemos o caminho a seguir. Daquilo que abrimos mão para correr atrás do nada. Do dedo que apontamos a alguém e do dedo na ferida que temos que engolir, ou do clube que decidimos sofrer. Mas não me venha com discursos de meritocracia. Afinal, nem sempre o time que ganha é o melhor.

São Paulo e a ‘missão impossível’ esta noite na Colômbia

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Se o cinema imita a vida, ela respira no futebol. Como explicar os fracassos da Hungria de Puskas na Copa de 1954, da temida Laranja Mecânica holandesa em 1974, da magia do Brasil de 1982 e 2006 ou da Argentina de Goycochea, Simeone, Batistuta, Caniggia e Maradona em 1994? É simples. Pergunte para o São Caetano de 2002, o Porto, Santo André e a Grécia de 2004, o Galo de 2013, o Leicester City da Inglaterra, a Islândia ou Portugal de 2016 e encontrará a resposta. Não é apenas um jogo.

Esperei dois meses para ver o primeiro jogo do São Paulo na semifinal da Libertadores da América.Um time soberano, que antes do apito inicial merecia a vitória. Tudo não passou de um vexame, em pleno Morumbi lotado, resultado de um mundo de escolhas. Afinal, foram eles que escolheram esperar pelo próximo lance, acovardar o sistema defensivo e abrir o baú da felicidade para os colombianos. Por essas e outras, acabaram castigados e obrigados a resgatar a soberania no país inimigo. Não fosse futebol, estariam fadados.

Esta noite, o tricolor volta a campo. Mais de 40 mil gritos o aguardam na ponta da língua para pressionar do lado de fora. Serão 90 minutos para lutar por aquilo que acredita e não pelo que é digno de merecimento. Para quem iniciou o torneio como renegado e até uma semana antes era favorito ao título, a superação é apenas uma questão de escolha. Que assim como vários na história, o time jogue por todos. O resultado é o de menos. Apenas não escolham esperar.

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