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Ficha Técnica – BAILÃO DA FIFA

qua, 10 de junho de 2015 08:16

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Queriam uma festa que correspondesse a alegria do futebol. Criaram máscaras, desenharam fantasias e em prol da supremacia, ganharam votos de hipocrisia. Era dia de São João. Tinha canjica, quentão, paçoca e até quem fosse mais pretensioso que o padre do balão. Mas as comemorações sequer seriam iniciadas. O noivo, Blatter, caiu. A noiva, Marin, sumiu, e uma nova esperança se abriu.

Sem convite, um grupo de justiceiros oficiais norte-americanos invadiu a pré-festa em um luxuoso hotel na Suíça. Com a faca e o queijo (suíço) nas mãos, eles interromperam a festividade e impediram um novo casamento na terra de interesses alheios. O mundo de fantasia ganhava tons de realidade. Do futebol, sete convidados seriam conduzidos para o xadrez. Entrou na viatura, um de cada vez.

Quando o mundo de fantasia ganha tons de realidade

Quando o mundo de fantasia ganha tons de realidade

 

Em regime fechado, o “septeto” – perdão professor Pasquale – pouco acompanhou os próximos capítulos. Fora dos gramados, Blatter desencantou o mundo ao superar o príncipe. Dentro deles, o Barcelona encantou. No Brasil, torcedores da Ponte e do Sport cantaram de Galo. O Furacão soprou forte rumo à liderança, e a dança das cadeiras agitou o baile do Brasileirão.

Revivendo o período áureo de oportunismo em campo, Ronaldo pediu a renúncia de Marco Polo Del Nero. Vendida há décadas, a seleção brasileira iniciou a busca pelo resgate do seu valor. O Corinthians pagou o preço da Copa. Enquanto isso, Douglas foi campeão da Liga dos Campeões da Europa.

Um antigo baiano, Tom Zé, já dizia – “Quem perde o telhado, em troca recebe as estrelas”. No futebol mundial, a casa caiu para quem a princípio deveria cuidá-lo. Desta vez, não existe carta de “Dona Lúcia” para aliviar o vexame. Se um dia a Fifa zelou por um padrão, que esse não seja mais o da corrupção. Do contrário, passaremos anos de fantasias, como num baile de São João.

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