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Festa fantasia na CBF

qua, 23 de julho de 2014 00:00

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O amargo aniversário de 100 anos da seleção brasileira

O amargo aniversário de 100 anos da
seleção brasileira

Rio de Janeiro, julho de 2014. Em um edifício avaliado em R$ 100 milhões, os convidados começam a se acomodar num espaço moderno na Barra da Tijuca, região nobre da cidade. Dono da festa, José Maria Marin leva o nome do prédio de 6.642 metros quadrados. Para comemorar os 100 anos da seleção brasileira, convites restritos mais pareciam intimações em caixas de correio.

Na condição de beber e comer à vontade, os convidados deveriam queimar os neurônios para pensar numa fantasia. A melhor delas receberia um prêmio, a ser anunciado durante o evento. Pois bem, na recém inaugurada sede do Circo Brasileiro de Futebol (CBF), olhos e bocas se misturavam entre máscaras e roupas sem o mínimo de criatividade.

Em cada canto, grupos de convidados trocavam olhares e gargalhadas de cutucar o estômago. Pouco se falava em futebol. Sete a um era a piada pronta. O que interessava mesmo era a galinha dos ovos de ouro, a aniversariante do dia, a seleção brasileira.

“Chegou a hora do parabéns!” – gritou o presidente da CBF, José Maria Marin. O mandachuva não hesitou ao convidar o futuro nome para seu cargo, Marco Polo Del Nero. Juntos, começaram a entoar o canto célebre. No bolo de aniversário, um reflexo da seleção, fatiada em pedaços de acordo com a fome de cada um.

Alguns pareciam travestidos de urubus, outros não conseguiram máscaras suficientes para esconder a identidade. O amargo momento me lembrou um sanduíche de jiló consumido na infância goela abaixo. Com a palavra, um velho conhecido. Assim como Zagallo em 1998, Parreira em 2006 e Felipão em 2014, Dunga mais uma vez brindou um novo caminho. Eis que surge o improvável. No momento de entregar o prêmio para a melhor fantasia, ele permaneceu nas mãos do dono da festa. De fato, estavam fantasiados demais para eleger apenas um.

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