Feira Nacional de Irrigação em Cafeicultura encerra com balanço positivo
sex, 24 de março de 2017 05:48por Tatiana Oliveira
Durante os três dias de evento, 20 mil pessoas passaram pela feira
A Feira Nacional de Irrigação em Cafeicultura – Fenicafé encerrou ontem, 23, com a palestra “Nutrição Humana para alta performance” com a nutricionista Alessandra Luglio. “Uma empresa patrocinou sua vinda para a feira. Eles fizeram um trabalho de nutrição dentro da corporação e o feedback foi positivo, aí resolveram trazer o tema para a Fenicafé. A intenção é mostrar que o produtor também precisa se cuidar e não só do café”, conta Maria Cecília de Araújo, coordenadora do evento.
A Fenicafé coloca em discussão os aspectos relevantes da cafeicultura irrigada e tem contribuído para o crescente cultivo dessa modalidade no Brasil. Promovida pela Associação dos Cafeicultores de Araguari – ACA, é dividida em três partes: o Encontro Nacional de Irrigação da Cafeicultura do Cerrado, a Feira Nacional de Irrigação em Cafeicultura e o Simpósio de Pesquisa em Cafeicultura Irrigada.
A coordenadora do evento estima que houve um aumento de público de aproximadamente 15% em relação ao ano passado, com a média de 20 mil participantes na feira e 700 ouvintes por dia nas palestras. Para o presidente da ACA, Cláudio Morales Garcia, a Fenicafé atingiu as expectativas. “As palestras e estandes receberam um bom público. Expositores contaram do sucesso em vendas de maquinário, de produtos da feira. Ficamos muito felizes com isso, foi mais um ano de sucesso”, conta.
Maria Cecília afirma que diversas pessoas passaram pelo evento, ligadas ou não à cafeicultura. “Tivemos desde técnicos, estudantes e produtores ligados a essa parte da cafeicultura, quanto agricultores interessados em irrigação”, diz.
Oportunidade de negócios
A feira de máquinas e implementos todos os anos apresenta equipamentos para a agricultura e cafeicultura irrigada na Fenicafé. Cerca de 70 empresas expositoras de todo o país ocuparam os 90 estandes montados. Segundo a organização do evento “todos os anos vem aumentando a presença de grandes empresas na feira e elas são de extrema importância para a realização do maior evento da cafeicultura irrigada do Brasil”. O volume de negócios realizados durante o evento superou a expectativa dos organizadores, atingindo R$ 35 milhões.
O expositor Sandro Rodrigues viu na feira uma oportunidade de networking. “Entre cafeicultores e irrigantes passaram 30 ou 40 empresas por nosso estande. A feira auxilia no sentido de estar em contato com possíveis clientes. É uma oportunidade de mostrar o que fazemos e como podemos ajudá-los no dia-a-dia”, afirma.
Segundo informações da organização do evento, o gerente regional de vendas da Jacto, Armando Carlos Maran, disse que a empresa registra este ano o maior volume de negócios de todos os tempos. “Devemos ressaltar a importância da feira, pois aqui mantemos o contato direto com muitos produtores em um só lugar”, explica.
Valorização do produtor
Durante o evento, uma cafeteria especializada forneceu gratuitamente diversas bebidas feitas com grãos de produtores de café da região. “Fizemos cappuccino, cappuccino soporizado, café expresso, filtrado, frozen de cappuccino, e servimos cappuccino na casquinha também”, conta o vendedor Ricardo Duarte.
Duarte comenta que essa é uma forma de valorizar o produtor. “O cafeicultor produz mil sacas de café, entrega na cooperativa e quem se beneficia disso é quem torra, mói e comercializa. Acho que a feira é uma oportunidade de mostrar o que o produtor está fazendo, porque ele busca melhorar a produtividade da planta, a terra dele, se aprimorar para melhorar a qualidade do café”. O vendedor conta que foram servidos na cafeteria cerca de seis mil copos dos mais variados tipos de café.
Preço mínimo do café
Uma das preocupações apontadas durante a feira foi o baixo preço do café. O presidente do Conselho Nacional do Café (CNC), deputado federal Silas Brasileiro (PMDB), demonstrou durante o evento apreensão com a correção dos preços mínimos do café, cujo índice não alcançou 1%. Para o arábica, os preços mínimos passaram de R$ 330,00 para R$ 333,00 a saca de 60 quilos, alta de 0,84%. “Ainda estamos trabalhando e tentando uma correção de 10%, conforme nossa proposta inicial, mas infelizmente ainda não conseguimos”, revela.
Segundo Brasileiro, a política de preços mínimos é o que dá suporte e estimula efetivamente o cultivo de café. “Nos preocupa a muito a garantia de renda para o produtor, sobretudo com essa correção muito baixa para os preços mínimos. Sabemos que nenhuma atividade consegue ir adiante sem renda”, salientou.
O superintendente da Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé – Cooxupé, Lúcio Dias, acredita que o produtor está se reeducando e se adaptando à situação. “Discordo de quem diz que o preço de venda está abaixo do custo de produção. O cafeicultor está aprendendo a antecipar os bons momentos do mercado e vem ganhando dinheiro com o café”, salienta.
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