Da Redação

Entre as décadas de 1940 a 1970, o Colégio Regina Pacis era uma das instituições que contribuiu para que Araguari se tornasse um polo educacional na região. Naquela época famílias de várias cidades de Minas queriam que seus filhos recebessem um ensino de qualidade, seja em regime de externato ou internato, que ficava sob a responsabilidade de padres.

 

Na manhã do último sábado, 14, estudantes da década de 50 e 60 reavivaram as memórias ao se reencontrarem meio século depois no prédio do antigo Colégio, onde atualmente funciona o Imepac. Muita coisa mudou, mas o campo de futebol, a capela, o teatro e as salas de aula ainda são lugares familiares.

Pelas contas do engenheiro Oswaldo Alves de Souza, este é o quinto encontro da turma, que passou a ser realizado anualmente. Ele nasceu em Cascalho Rico, mas concluiu o ensino normal em Araguari e frequentou uma escola de engenharia na cidade de Itajubá, sul de Minas. Com a reunião de sua turma do ensino superior, ocorreu-lhe a possibilidade de reencontrar também os amigos do colégio.

Segundo ele, o primeiro encontro começou tímido, com apenas 13 pessoas, mas aos poucos foi crescendo. “Começamos a divulgar, pedir para um chamar e lembrar de outro e assim a propaganda foi sendo feita. Alguns eram amicíssimos e não se viam a 50 anos, choram. Brincamos que não tem convidados, e sim convocados,” disse.

Muitos vieram de outros estados e até mesmo de outro país. O médico Carlos Vanez foi aluno do externato entre os anos 1955 a 1962 e hoje mora com a família em Chicago, nos Estados Unidos. Veio para Araguari apenas para reencontrar os amigos. “Trocamos memórias, histórias. Saí do país há 55 anos, então alguns colegas eu não via há mais de 60 anos”, contou.

Esta é a primeira vez que o médico participa do encontro com os antigos colegas. Além das brincadeiras, também falou um pouco sobre a estrutura do Colégio. “As classes eram pequenas, com 15, 20 alunos no máximo, então a atenção conosco era grande,” relembra ele, que pretende trazer os filhos na próxima visita.

A confraternização incluiu um encontro em uma churrascaria na noite de sexta-feira, 13 e um almoço no dia seguinte após a visita ao Imepac.

Para o advogado Francisco Roberto Rangel, o reencontro com os amigos foi um momento especial. “Temos casos de pessoas que foram na capela e choraram ao se lembrar daquela época. Cada um segue seu caminho e o grupo se distancia, então essas reuniões são uma maneira muito boa de ver os amigos,” concluiu.