ETE do São Sebastião: engenheiro aponta possível contaminação em água que abastece Araguari
sex, 5 de fevereiro de 2016 08:10Da Redação
Nesta semana, começou a circular nas redes sociais uma foto tirada na Estação de Tratamento de Esgoto – ETE do São Sebastião, com uma espécie de espuma branca formada em torno de uma tubulação. O engenheiro civil José Radi, responsável pelo registro, afirma que essa espuma demonstra que produtos químicos vindos de residências podem estar contaminando a água que abastece a cidade. Na tarde de ontem, ele protocolou uma denúncia de crime ambiental no Ministério Público.
Esta não é a primeira vez que Radi alerta para o risco de contaminação após a construção da ETE. No ano passado, ele obteve um parecer técnico do Ministério Público do Estado de Minas Gerais que confirmava a necessidade de mudanças na estação. Conforme o documento, que data de julho de 2015, o lançamento de esgoto está ocorrendo em uma vereda, num ponto praticamente plano.
Conforme normas ambientais, o esgoto deve ser jogado em um curso de água corrente, e não em terreno seco. Diante disso, o MP delimitou o prazo de dois anos para que o município se adequasse. Na época, a SAE considerou como a opção mais viável e de simples execução prolongar o emissário para lançar o esgoto no próprio ribeirão das Araras.
Ele também procurou outros órgãos para informar a situação, como a Superintendência Regionais de Regularização Ambiental – Supram, em Uberlândia, acompanhado de outros profissionais. “Eles não nos atenderam direito, fizeram pouco caso da nossa cidade,” disse.
José Radi avalia a situação como uma “tragédia anunciada”. “É a água que estamos tomando, que nossos filhos estão tomando. Não podemos deixar isso acontecer. Todo mundo deveria lutar contra isso. O problema vai surgir daqui algum tempo, quando a contaminação for pior. Aí vamos dar valor,” concluiu.
Informado sobre os questionamentos do engenheiro civil, o superintendente adjunto da SAE, Edson Vieira Junior afirmou que a autarquia não foi informada oficialmente sobre o assunto. Ele também ressaltou que assim que isso acontecer, uma equipe formada por especialistas irá analisar o caso.
Questionado sobre as adequações exigidas pelo MP, Edson Vieira informou que eles estão em andamento. “Temos o prazo de dois anos e estamos fazendo,” pontuou.
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