Da Redação

Grande número de servidores da rede estadual de ensino paralisou as atividades nesta terça-feira, 31, em Araguari. Entre as reivindicações, os profissionais pedem um piso de R$ 1.916. A última proposta do governo, segundo o sindicato, foi um aumento de R$ 160 parcelados em quatro vezes.

Segundo apurou a reportagem, as salas de aula das escolas Madre Maria Blandina e Professor Antônio Marques ficaram vazias ao longo do dia, enquanto as escolas Paes de Almeida e Isolina França Soares Torres funcionaram parcialmente.

Durante a semana, as demais instituições de ensino receberam uma lista que confirmava adesão à paralisação, entretanto, os professores optaram em ministrar suas aulas, como é o caso da escola Raul Soares. “Foi apresentada a proposta de reivindicação, entretanto, nossos professores decidiram dar continuidade com o calendário normal de aulas,” disse a diretora Tânia Mara Corrêa.

A secretaria de Estado de Educação (SEE) informou que foi criado, desde o início do ano, um grupo de trabalho que está discutindo as melhorias da remuneração e das carreiras da educação. Na tarde de ontem, profissionais e representes do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais  (Sind-UTE/MG) subsede Araguari, participaram de uma assembleia em Belo Horizonte para cobrar uma negociação com o Governo do Estado.

Entre os temas debatidos estão a campanha salarial educacional do ano letivo de 2015, bem como, o Piso Salarial Profissional Nacional, a carreira do professor de educação básica, uma vez que o governo mantém o congelamento da promoção estabelecido na Lei estadual 19.837/11. Os trabalhadores reivindicam também uma definição sobre a “Lei 100”, legislação que efetivou funcionários não concursados e foi considerada inconstitucional, levando em conta que o prazo dado pelo Supremo para a exoneração é hoje, dia 1º de abril, mas o governo estadual pediu adiamento.

Na próxima edição a reportagem trará mais informações a respeito das ações previstas a serem realizadas na cidade, além dos resultados obtidos durante a reunião promovida no pátio da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).

Greve em Universidades

Servidores técnico-administrativos da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) irão aderir à greve nacional que irá ocorrer entre os dias 7 a 9 de abril. A categoria reivindica reajustes salariais e um aprimoramento do plano de carreira além de outras demandas. Os representantes devem se reunir em assembleia na capital Brasília durante a Jornada Nacional de Lutas. Ainda não foram definidas atividades de reivindicação durante a paralisação.