por Tatiana Oliveira

Conto natalino será divido em três atos, envolvendo aproximadamente 250 bailarinos

Para encerrar as atividades de 2017, a escola de dança Arabesque apresenta nesse final de semana o espetáculo “A menina que vendia Fósforos”. Baseado no conto do dinamarquês Hans Christian Andersen a história de uma pobre menina que precisava vender fósforos para ajudar a família será contada em três atos. “É um conto natalino muito antigo. Ela sai para vender os fósforos e não consegue, pois, as pessoas a tratam com indiferença, o que é muito próximo da realidade de hoje. Como está muito frio, a menina começa a queimar os fósforos para se aquecer, e em cada palito incendiado vem um sonho à mente dela”, relata a diretora artística do espetáculo Marília Perfeito Tozzo. “É o que a gente vai contar: são os sonhos de uma menina que não tem dinheiro, que não tem a mesma condição de outras pessoas”, continua.

Matéria sobre bastidores foi publicada ontem na Gazeta Web

Segundo a diretora artística, a escolha gerou polêmica, pelo final da história. “Porque é um conto onde a menininha morre no final, mas quando pensei nesse conto não foi para falar de morte, mas para falar da vida, principalmente nessa época de Natal que a gente fica mais sensibilizado”, comenta a diretora artística. “A intenção da escola foi voltar esse olhar para a realidade do outro. As vezes a gente está no conforto de nossas casas, com as crianças aquecidas, alimentadas, e muitas vezes outras não estão nessa situação. Então a intenção não foi falar de morte, mas de que existem essas situações e podemos fazer um final feliz”, completa.

Algumas coreografias começaram a ser ensaiadas no final do primeiro semestre. Ecila começou na escola com cinco anos, com o ballet. Hoje é professora e ajudou a ensaiar outras turmas. “Além da nossa preparação como alunas, também ensaiamos as crianças. É uma rotina um pouco pesada, pois ensaiamos constantemente, mas muito gostosa. A gente faz por amor”, relata Ecila Vieira Cunha, bailarina e professora de sapateado.

Por mais que as coreografias comecem a ser ensaiadas em junho, a preparação do espetáculo vem antes disso, é o que conta o diretor administrativo da escola e produtor da peça Agostinho Tozzo. “Os trabalhos do espetáculo começaram em maio. Além da pesquisa, isso envolve adaptação, escolha da obra, música, figurinos e também toda a logística do espetáculo”, aponta.

Segundo o produtor, a estrutura física do Cine Teatro Odette não comporta o espetáculo, então adaptações tiveram que ser feitas. “O palco é da escola, nós o projetamos para adaptar aqui: como exemplo, abrimos boca de sino para aumentar a profundidade e comportar todo o elenco da escola. Nossa técnica de iluminação não é suportada pelo Cine Teatro, então locamos geradores para manter tudo em funcionamento, inclusive o ar condicionado”, coloca.

A montagem começou na madrugada de quarta para quinta-feira, 7, e deve ser concluída na manhã de sábado. Dos 300 alunos da escola, aproximadamente 250 fazem parte do elenco. “Nem todos puderam participar devido a data, mas todas as turmas estão envolvidas na apresentação”, coloca o produtor.

Esse é o segundo espetáculo do ano que a escola apresenta. O primeiro foi na mostra de inverno em julho. “A reapresentação do ‘Era uma Vez’ encerrou as atividades do primeiro semestre. Agora estamos fazendo este para concluir as atividades do ano”, afirma.

Serviço

O espetáculo acontece no sábado e domingo às 18h e 20h30 no Cine Teatro Odette, que fica na avenida Nicolau Dorázio, 359. Os ingressos são vendidos na escola de dança e na bilheteria. O diretor administrativo da escola de dança aconselha que os interessados comprem os ingressos antecipadamente. “Nos últimos três anos tivemos lotação total nas 4 sessões, a expectativa é mantermos assim. São dois mil espectadores nos dois dias. Até hoje às 19h estamos vendendo na escola, depois disso somente na bilheteria e pode acontecer de terem esgotado”, afirma. A escola de Dança Arabesque fica na avenida Coronel Teodolino Pereira Araújo, 273. “Qualquer dúvida podem ligar no 3242-7024”, conclui Tozzo.