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Enfim, acusado de homicídio ocorrido há 13 anos irá a júri popular

qua, 2 de julho de 2014 00:37
Comerciante e cliente se desentenderam ao acertarem a conta em bar

DA REDAÇÃO – Um simples troco motivou um homicídio no bairro Amorim, em setembro de 2001, vitimando o comerciante Milton Ferreira da Silva, o Miltinho. Tantos anos se passaram e até hoje o acusado pelo crime não foi submetido a júri popular.

O julgamento de A.L. inicialmente foi marcado para março de 2012, passando em seguida para abril de 2013, redesignado para julho daquele ano. Depois, novamente programado para o dia 24 de outubro. Quando os familiares da vítima pensavam que o acusado seria julgado, outra vez a Justiça adiou a sessão.

Ontem, 2, foi publicado no Diário do Judiciário do TJMG que o julgamento está programado para o dia 22 de agosto, a partir de 9h, no Fórum Osvaldo Pieruccetti. No dia 8 do mesmo mês, na sala de audiência da Vara Criminal desta Comarca, serão sorteados os 25 jurados que deverão comparecer ao Tribunal do Júri. Sete deles irão compor o Conselho de Sentença.

De acordo com a denúncia do Ministério Público Estadual,  Miltinho, foi morto a tiros em seu estabelecimento, na rua Joaquim Barbosa, bairro Amorim, no dia 7 de setembro de 2001, por A.L.

O réu – que se apresentou na Delegacia da Comarca quatro dias após o crime, disse que pagou sua conta no bar com uma nota de 10 reais e recebeu como troco três notas de 1 real. Contou ter brincado com o comerciante dizendo que as notas eram tão novas que pareciam falsas. Miltinho se apoderou de um facão e foi em direção ao cliente, atingindo-o no abdômen e no tórax.

Conforme denunciou o MP, A.L. não pode alegar legítima defesa, uma vez que aquele que vai à procura do desafeto para brigar, se apresenta no caso concreto como agente provocador.

A defesa recorreu da sentença de pronúncia em Belo Horizonte e os desembargadores concordaram com a acusação. Miltinho tinha 38 anos e era um comerciante muito conhecido na região do bairro Amorim.

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