Em seu segundo mandato, Leo Mulata revela sonho de ser prefeito de Araguari
qua, 19 de outubro de 2016 05:50por Talita Gonçalves
Nesta edição, é a vez de a reportagem ouvir o empresário Leonardo Rodrigues Neto, o “Leo Mulata”, reeleito vereador pelo partido do então prefeito Raul Belém – PP. Além de conquistar mais votos nesta campanha, ele revelou as expectativas que possui para o próximo mandato, suas intenções em relação à escolha do presidente da Câmara, deu sua opinião sobre a atual manifestação popular que é contrária à fixação dos subsídios que garantiram aumento salarial para o prefeito e vereadores, além de compartilhar o sonho de um dia assumir o maior cargo municipal do Executivo.
Onde você estava no momento da apuração? Sempre, desde a primeira eleição, gostei de ficar sozinho porque sou um cara muito emotivo e determinado. Então não consigo passar confiança para as pessoas que me cercam se estou nesse tipo de situação. Estava na Câmara Municipal, no meu gabinete, escutando pelo rádio e acompanhando pelo computador no site do TRE, junto com meu assessor Jadilson. A família e os amigos estavam na concentração que nós fizemos no meu antigo comitê, no Jardim Interlagos.
O que você sentiu ao saber que estava reeleito? Estava confiante pelo trabalho que havia realizado. Fiz mais de 1600 atendimentos junto à população araguarina só na área da saúde. Mas é claro que a gente espera a confirmação das urnas, fico muito apreensivo, mas com bastante alegria de representar o povo araguarino da forma que eu sempre almejei.
Você esperava aumentar a votação em relação ao primeiro mandato? Sim. Na primeira eleição tive 1091 votos e agora 1252. Pelo trabalho prestado a população, acreditei nisso. Faço uma política pautada na sinceridade, sem promessas, até porque promessas são feitas pelo Executivo. Foi em cima de trabalho, conquistar aquilo que a população precisa, seja qual for a demanda.
Você adiantou que a saúde foi uma das áreas em que mais atuou. Para este segundo mandato, será mantida essa bandeira? Pretende expandir suas propostas para outras áreas? Me preocupo muito com a saúde, pois é uma área muito debilitada, independente do gestor. Sempre vai existir problemas. Quando temos saúde, conquistamos aquilo que precisamos. Mas também quero atuar muito a partir do próximo ano na área de lazer. Sou empresário do ramo do entretenimento e lazer há mais de 12 anos, com a construção de casas noturnas e bares como Armazén, o Avenida Beer, Deck 57, Loft e Le Bistrô. Então é um ramo que gosto muito.
Você buscou a isenção de pedágios para moradores de Araguari e Uberlândia. É assunto encerrado? De forma alguma. Estou marcando uma viagem para Brasília e outra para Belo Horizonte no começo do ano. Fui um vereador que brigou pela isenção, muitas pessoas não sabem, mas estive diversas vezes em Brasília, principalmente atrás do deputado federal Esperidião Amin (PP) que é proponente de uma ação baseada em processos que enviei a ele. Tivemos ganhos e perdas nessa luta e esta será uma daquelas que pretendo continuar urgentemente. Sabemos da dependência do povo araguarino com a locomoção para Uberlândia, que é de certa forma uma metrópole aqui na região.
O que te levou a entrar na política? O sonho de ser prefeito da minha cidade. Porque o vereador encontra muitos obstáculos. Sabemos que a execução é feita pelo prefeito e não pelos vereadores. Muitas pessoas por desconhecimento não fazem essa distinção, então somos muito cobrados. Todos os anos os grandes profissionais da cidade – empresários, médicos, engenheiros, enfim, os grandes representantes da cidade independente do ramo, são lembrados. E eu queria ser lembrado por ter feito algo significativo em Araguari. Tenho o sonho de ser prefeito, irei atrás enquanto eu tiver chances, enquanto tiver saúde. Principalmente em um futuro próximo. O grande problema do vereador é quando as pessoas pedem coisas que não podemos fazer, como construir um posto de saúde, asfaltar uma rua. Como prefeito, queria levar melhorias para a cidade de Araguari onde realmente se necessita. Aí sim poderia ter mais oportunidade para fazer e também de ser cobrado.
A presidência da Câmara é o assunto do momento e deve continuar assim nos próximos dias. Na condição de reeleito, você também pensa em colocar seu nome como candidato ou acredita que a não reeleição do prefeito Raul Belém complica as chances dos vereadores eleitos pela coligação que o apoiava? Não acho, porque na coligação do Raul foram eleitos dez vereadores. Só acho que os vereadores tem que ter compromisso. Sempre tive lado na Câmara. Claro que é natural para vereadores que estão no segundo mandato se colocarem à disposição. Meu nome sempre vai estar à disposição para ser presidente enquanto eu estiver aqui. Agora é preciso ver o momento de cada um. Mas que meu nome está colocado no grupo para esta disputa, está, e lutarei para que isso aconteça. Acho que nossas reais condições são boas, uma vez que precisamos de nove votos. Nosso grupo não tem só o meu nome, mas também o do presidente Giuliano (Tibá) do PTC e outros com essa intenção. Este também é um sonho pelo qual lutarei até o último minuto.
Não tem como deixar de comentar as manifestações que vem acontecendo no plenário da Câmara, onde populares pedem que seja revista a lei que reajusta os vencimentos dos vereadores e do prefeito. O que você acha disso? Aproveitando o assunto, você acha que é possível para o vereador exercer sua função por um salário mínimo? Acho que a manifestação é sempre muito bem-vinda. Pacífica, igual essa que está acontecendo aqui e nas redes sociais. Acho que isso é leal, é legal também. O povo tem o direito de reclamar, pois é o povo que elege e o povo que tira os políticos. Mas vejo de outra forma. O papel do vereador muitas vezes exige que ele tenha o dever de atender o povo, que nos faz solicitações. Como aqui é a casa do povo, é aqui que ele vem pedir apoio, e isso gera custos. Atuo muito na zona rural, então assim, isso tudo exige custos. Recebemos pedidos desde coisas absurdas a necessidades do dia-a-dia que pessoas carentes não têm. Tenho certeza que a redução não ia melhorar a gestão junto à população. É muito complexo. Assim, concordo com a manifestação, mas como o presidente da Câmara esclareceu, nós não tivemos o reajuste da inflação, mas vejo que deve haver um entendimento entre a população e Câmara em prol de um denominador comum, pois todos querem o bem da cidade.
Na eleição anterior você estava ao lado de Marcos Coelho, que foi derrotado nas urnas por Raul Belém, que desta vez não conseguiu sua reeleição. O que você espera do prefeito eleito e qual será sua posição? Não sei como será minha posição ainda, porque temos um governo ainda em vigor do qual eu sou base, e dei minha palavra ao Raul Belém que dentro das condições propostas por ele, foi um governo bom e no qual acredito. Então estarei com ele até o final de seu mandato, compromisso este que fiz e vou cumprir. Agora um eventual futuro no governo do Marcos Coelho (PMDB) um cara que eu respeito, que é amigo do meu pai, da minha família, um grande gestor, pode depender de conversas, de analisar as propostas. Se entendermos que seja algo benéfico para a população. Mas não fui procurado e não tive nenhuma conversa em relação à esse assunto.
Na primeira eleição você admitiu ter errado muito por não ouvir os conselhos do seu pai. Desta vez, foi diferente? Meu pai é um grande conhecedor da política, (Ubaldo Rodrigues do Nascimento) e errei muitas vezes na ânsia de ganhar. Desde o mandato anterior, procurei fazer algo melhor. Principalmente quando chegou o período eleitoral, notei que nós melhoramos muitas coisas porque tive a participação direta do meu pai dessa vez na campanha.
Você presidiu uma das CLIs mais comentadas e polêmicas de Araguari que ficou conhecida como Tarja Preta. Como foi essa experiência; você entende que o trabalho atingiu os objetivos? Se agradou eu não sei, mas afirmo que ela foi feita de forma coerente. Convoquei a população através de rádio, jornal, todos os vereadores acompanharam. A CLI foi mandada para o Ministério Público e foi arquivada pelo mesmo. As pessoas solicitadas por mim para serem afastadas, que foram citadas de alguma forma, de fato cumpriram o afastamento daqueles cargos. Sou formado em Direito e sei que no Brasil não se pune tentativa. Não houve a licitação de compra dos medicamentos. Então no meu parecer final, que está no meu gabinete à disposição de quem tiver interesse, eu explico isso. Tentaram plantar esse esquema aqui, como fizeram em outras cidades. Mas não houve crime porque não foi realizado processo licitatório. Foi arquivado em todas as instâncias.
Você tem algo para dizer aos seus companheiros novatos que foram eleitos? Conversei com eles, a maioria são meus amigos. Que eles façam um mandato digno, porque a população não pode esperar. Temos que trabalhar o primeiro dia como se fosse o último. O conselho que dou é que representem não só os eleitores deles, porque hoje eles são vereadores de uma cidade com 120 mil habitantes, não só daqueles votos que eles tiveram. Que a cidade possa protestar.
Que mensagem você deixa para o povo araguarino? Muita transparência, muito trabalho, como citei anteriormente. Isso é fruto de noites mal dormidas, celular tocando a noite inteira, mas gosto do que faço. A pessoa que não se sente representada pode me procurar, porque queremos atender a cidade e a zona rural como um todo. Espero que os araguarinos confiem no vereador Leo Mulata, para que dentro do possível e das condições disponíveis, as demandas sejam atendidas.
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Boa tarde, o nobre vereador terá que trabalhar muito em prol da cidade. Estou aguardando até hoje a posição da “luta pela isenção do pedágio entre as cidade de Araguari e Uberlandia”, no qual o nobre vereador esteve a frente.
Coitado… não está desenvolvendo nem como vereador!!!
Esse aí ???
Não me representa nunca! Votaram aumento salarial deles nesta crise,afffff.
Nessa crise… votaram aumento?…ainda diz que é do lado do povo?…que povo?
Imagina esse cara como prefeito? KKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
Pelo amor de Deus!
Espero que até lá já tenha concurso público de altíssimo nível para a escolha de candidatos a políticos e elimine essa corja de aproveitadores de uma vez por todas.