Quatro sul-americanos medem forças por uma vaga na próxima fase

P.J. GODOY – “O Mito de 22 anos”. Essa foi a capa de um dos principais diários espanhóis sobre a atuação de Neymar na primeira fase. Jogador mais jovem da história a assinalar 35 gols pela seleção, superando Ronaldo e Pelé, o camisa 10 conduziu a equipe que mais cruzou e finalizou no torneio.

Diante do Chile, o Brasil contará com o volante Fernandinho para corrigir as saídas de bola, que comprometeram em diversas ocasiões, sobretudo, pelos flancos. Considerada a melhor safra da seleção nos últimos anos, os chilenos mostraram que sabem jogar, mesmo que seja sem a pelota. Com uma disciplina tática de dar inveja a qualquer treinador, a equipe chegou a somar 62% de posse de bola frente à Holanda.

O destaque da primeira fase ficou para o volante Aranguíz, do Internacional. Consistente na defesa, ele foi peça fundamental para proteger os zagueiros e liberar os laterais, principalmente no embate ante a Espanha. Vidal e Alexis Sánchez também detêm boas credenciais para causar dor de cabeça nos soldados do comandante Felipão.

RETROSPECTO
Esta será a quarta vez em que Brasil e Chile se encontram numa Copa do Mundo. Há quem diga que o ponto fraco da turma do técnico Jorge Sampaoli é a baixa estatura dos jogadores. Ainda assim, isso não foi problema em 1962.

Naquele ano, brasileiros e chilenos disputavam a semifinal da Copa do Mundo, sediada no Chile. O Brasil venceu por 4 a 2, com dois gols de Garrincha, um deles de cabeça, mesmo não passando dos 1,69m. Uma goleada por 4 a 1 em 1998 marcou mais um embate entre as seleções, que se reencontraram pelas oitavas de final há quatro anos, na África do Sul. Na ocasião, melhor para o time canarinho, que venceu por 3 a 0.

Horário: 13h
Local: Estádio Mineirão (Belo Horizonte)
Arbitragem: Howard Webb (Inglaterra)

Prováveis escalações:

Brasil: Julio Cesar; Daniel Alves (Maicon), Thiago Silva, David Luiz e Marcelo; Luiz Gustavo, Fernandinho e Oscar; Neymar, Hulk e Fred. Técnico: Luiz Felipe Scolari

Chile: Bravo; Jara, Medel e Silva; Isla, Diaz, Vidal, Aranguíz e Mena; Alexis Sánchez e Vargas. Técnico: Jorge Sampaoli
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COLÔMBIA X URUGUAI

Para quem pensou que eles estariam abalados com a perda do terceiro maior artilheiro de sua história, a surpresa não poderia ser melhor. Das arquibancadas, Falcão Garcia viu uma equipe valente retribuir os milhares de torcedores que acompanharam de perto a seleção. Com 100% de aproveitamento, a Colômbia dos surpreendentes Cuadrado e James Rodríguez retribuiu a “febre amarela” que coloriu os estádios brasileiros.

Se os colombianos buscaram a força na ausência de seu principal nome, os uruguaios detêm a mesma missão. Após a sanção de 9 jogos e 4 meses de suspensão para Luis Suárez, a celeste entrou em fúria contra a entidade máxima do futebol. O craque da seleção ainda teve a credencial retirada e sequer poderá acompanhar a delegação.
Para o confronto deste sábado, 28, a pressão certamente ficará para o árbitro holandês, Bjorn Kuipers. Diante de acusações de uruguaios quanto ao favorecimento da Fifa à seleção brasileira nas primeiras rodadas, qualquer gota d’água pode se tornar uma tempestade.

RETROSPECTO
Assim como hoje, no último embate entre as seleções, pelas eliminatórias, Luis Suárez também não jogou, e viu da televisão os colombianos golearem seus companheiros por 4 a 0. Após 64 anos, a celeste retorna ao palco onde faturou o bicampeonato mundial.

Horário: 17h
Local: Maracanã (Rio de Janeiro)
Arbitragem: Bjorn Kuipers (Holanda)

Prováveis escalações:

Colômbia: Ospina; Sánchez, Zapata, Yepes e Armero; Zuñiga, Aguilar, Cuadrado e James Rodríguez; Ibarbo (Martínez) e Teo Gutiérrez. Técnico: José Pekerman.

Uruguai: Muslera; Maxi Pereira, Gímenez (Lugano), Godín e Cáceres; Arévalo Rios, Gargano, Álvaro Pereira e Lodeiro; Forlán e Cavani. Técnico: Óscar Tabarez.