Em Araguari, pelo menos uma mulher é agredida dentro do lar a cada 24 horas
ter, 4 de agosto de 2015 07:00Da Redação
Nos casos de lesão corporal e agressão registrados pelas polícias Civil e Militar em Araguari, a grande maioria tem uma mulher como vítima. E o que é pior: dentro da própria casa. Nos últimos 40 dias, foram exatamente 40 denúncias de ataques de maridos, amásios, namorados, filhos e ex-companheiros envolvendo o sexo feminino. O número de agressões é ainda maior, tendo em vista que muitas vítimas insistem em não procurar as autoridades, temendo algum tipo de retaliação.
Neste domingo, 2, no bairro Novo Horizonte, uma jovem de 22 anos, grávida, contou aos militares que o namorado e pai de seu filho, sem motivos aparentes, desferiu socos em seu rosto, tendo a vítima caído contra a parede. O autor evadiu em um GM/Corsa, cor preta, e desapareceu.
Dois dias antes, uma mulher de 29 anos foi atacada pelo amásio, na rua Moreira César, bairro Miranda, sendo levada para atendimento médico com a suspeita de fratura no braço.
No dia 10 de julho, a vítima de 23 anos resolveu dar um basta após nova agressão cometida pelo esposo, no Jardim Millenium. Naquela data, havia apanhado novamente e acionou os policiais. Da mesma forma agiu uma garota de 24 anos, no bairro Santiago, por coincidência, ambas de nome Jessica.
Conforme o levantamento da Gazeta do Triângulo, os casos aconteceram na região central e nos bairros Goiás, Santa Helena, Portal de Fátima, Flamboyants, Maria Eugênia, Bella Suíça 1, Fátima e Vieno, além dos citados antes. As vítimas tinham entre 18 e 73 anos. Na maior parte das ocorrências, os agressores foram localizados e enquadrados na Lei Maria da Penha.
“Meu ex-marido não aceitou a separação, me ameaçou e me agrediu, e não foi a primeira vez”, denunciou Jeniffer, de apenas 21 anos. Vanessa, de 36, foi atacada por conta de uma discussão sobre pensão alimentícia com o ex-companheiro. “Ele veio até a minha casa dizendo que pretendia conversar e me agrediu”, relatou.
Além do inconformismo com o fim do relacionamento, os principais motivos para as agressões são: ciúme e o uso de álcool e drogas.
A polícia alerta que em qualquer caso de violência contra mulher, seja familiar, doméstica ou sexual, as vítimas devem denunciar os acusados através dos números, 180, 190 e 197. Em Araguari, a Delegacia de Proteção à Mulher se localiza na rua José do Patrocínio, Centro, no antigo prédio da biblioteca municipal.
FIQUE DE OLHO
1. Se a ameaça for grave, como por exemplo, ameaça de morte, procure imediatamente a polícia. Se você perceber que o agressor quer mesmo concretizar a ameaça antes da polícia chegar, não tenha medo do escândalo, grite por SOCORRO.
2. Se você for à delegacia leve a queixa por escrito ou solicite ao policial que a atenda e anote as suas declarações. Se houver testemunha peça que ela a acompanhe à Delegacia e lá exija que sua queixa seja anotada no Boletim de Ocorrência. Só você pode dar essa queixa.
3. Você tem direito de exigir proteção policial contra aquele que a está ameaçando.
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