por Tatiana Oliveira

Apesar de decisão, SindiUTI de Araguari começa mobilização nas escolas da cidade na segunda-feira

Na próxima segunda-feira, 5, o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais – Sind-UTE/MG – de Araguari retoma os trabalhos de mobilização junto às instituições de ensino da rede estadual na cidade para dar início a greve aprovada para o dia oito de março em assembleia estadual. “Vamos conversar com os educadores e com as escolas, pois a greve é um sacrifício penoso, mas necessário”, afirma o coordenador da subsede Araguari, José Luís da Costa.

 

A paralização, conforme sindicato, é devido ao descumprimento de acordo estabelecido no ano passado com a classe. “Caso o governo não apresente propostas de pagar o retroativo, cumprir o que foi acordado no ano passado, inicia-se a greve”, disse. Segundo o coordenador, as reivindicações são, principalmente, a respeito do descumprimento do pagamento dos retroativos. “Temos ainda o aumento de 2017 que não foi pago, três meses do aumento do FUNDEB de 2016 que está atrasado e, até agora, os três meses de 2018 que estão atrasados”, disse. “Esse aumento era previsto de 6,5% em 1016, 7,4% em 2017 e 6,4% em 2018”, relata.

A princípio apenas a Escola Estadual Rainha da Paz manifestou apoio à paralização, conforme apurado anteriormente pela Gazeta do Triângulo. A reportagem tentou contato com o colégio para verificar se a decisão estava mantida, mas não conseguiu confirmação.

Nos dias 27 e 28 de fevereiro deste ano aconteceram duas reuniões com secretários do governo estadual. Não foram apresentadas propostas. O Sindicato reafirmou que não abrirá mão da luta pelo Piso Salarial, além de questionar todas as recentes decisões governamentais. Cobrou também que ele precisa apresentar propostas para a negociação das inúmeras questões que se acumularam. Os secretários afirmaram que levariam a discussão para o Governador.

Sem propostas e correndo o risco de desmobilizar enquanto aguardam algum retorno e depois de não ter nenhuma negociação, a discussão do Conselho Geral e Assembleia Estadual da categoria, no último dia 28, foi pela deflagração da greve a partir do dia oito de março, com nova assembleia estadual para avaliar alguma proposta que o governo venha a apresentar.

De acordo com a direção do Sindicato “a intensidade e a abrangência da nossa mobilização serão fundamentais para termos a negociação. ”

Ano letivo

No início do mês de janeiro, a Secretaria de Estado de Educação (SEE) republicou, no Diário Oficial Minas Gerais a Resolução SEE Nº 3.652, que estabelece o Calendário Escolar da Rede Estadual de Ensino para o ano de 2018.

O documento prevê o mínimo de 200 dias letivos e carga horária de 800 horas para os períodos iniciais dos Ensinos Fundamental e Médio noturno e 833 horas e 20 minutos para os anos finais das modalidades no período diurno.

O ano escolar teve início no dia 15 de fevereiro, após o feriado de Carnaval, com o retorno dos professores às atividades de planejamento pedagógico na escola e as aulas foram retomadas no dia 19 de fevereiro, com previsão de término do ano letivo no dia 18 de dezembro.