Sábado, 06 de Dezembro de 2025 Fazer o Login

Direito e Justiça

qui, 21 de junho de 2018 05:46

Abertura-direito-e-justica

Doações para a Biblioteca Pública de Araguari:

Revistas:

História em Foco – Segredos do Vaticano;

Escravas da fé – a história de irlandesas torturadas em abrigos mantidos pela Igreja; fim do silêncio – novos detalhes sobre a renúncia de Bento XVI; Francisco x conservadores – desde que o novo Papa chegou ao Vaticano, as minorias ganharam apoio de um líder que deseja, inclusive, dar mais voz e liberdade às mulheres.

História em Foco – Segredos do Vaticano:

Santa luxúria – padres que usam o dinheiro da Igreja em benefício próprio; Papa Francisco – ele está incomodando muita gente – até quando? -; banco do Vaticano – aliado à máfia? – descubra aqui; corrupção dos Cardeais – patrimônio duvidoso, lavagem de dinheiro e ostentação tomam conta da Santa Sé.

História em Foco – Judaísmo:

Tradições, fatos e curiosidades sobre a cultura judaica; a participação dos judeus na História do Brasil; uma história de perseguições – como o antissemitismo acompanhou o povo judeu em sua trajetória e foi responsável pela morte de milhões.

Ler & Saber – Budismo:             

Os ensinamentos que norteiam a vida de 400 milhões em todo o mundo; a visão do Budismo sobre Deus, pecado, pós-morte; meditação, a prática pode levar à plenitude; como o Budismo explica as causas do nosso  sofrimento; a importância religiosa e política do Dalai Lama; a verdade  sobre Buda –  de uma vida luxuosa ao desapego pelas coisas mundanas, a trajetória do príncipe que alcançou a iluminação e a paz.

História em Foco – Hitler:

Hitler – A morte do ditador e o fim do Terceiro Reich; tensão no bunker – a resistência e os últimos momentos no esconderijo; livro polêmico – a liberação de Mein Kampf (Minha Vida) pode reacender o nazismo? -; como Hitler morreu – envenenamento, tiro na cabeça e até fuga para a América do Sul, as teorias por trás do fim  o fuhrer.

Guia de Curiosidades Históricas:

Uma viagem através dos séculos – os fatos inesquecíveis da Antiguidade, das Idades Média, Moderna e Contemporânea; a invenção da ciência; as máquinas de guerra de Arquimedes; gladiadores; a Grécia; Idade Média; Ninjas; as Cruzadas; a capela do Graal; as viagens de Zheng He; Renascimento; Leonardo da Vinci; a camaradaria; a Reforma; Idade Moderna; Vampiros; a emancipação da mulher; o Brasil de Charles Darwin; o Brasil do Século XIX; Idade Contemporânea; o efeito estufa – ameaça moderna; a invenção do avião; a ditadura militar argentina.

Inquisição – A Arma Fatal da Igreja Católica:

1)Origem e história – Como tudo começou; 2) – Ritos da Inquisição – detalhes dos procedimentos dos julgamentos; 3) – Inquisidores – os algozes dos incrédulos; 4) – Agentes da fé – a polícia da inquisição; 5) – Sectarismo religioso – o grande rival da Igreja Católica; 6) – Crenças perseguidas – tudo sobre os cátaros, beguinas, fraticellis; hussitas; e valdenses; 7) – Inquisição medieval – a origem da caça herética ; 8) – Papa Gregório IX – o fundador da Inquisição medieval; 9) – Feiticeiras – os segredos das mulheres pagãs; 10) – Manuais da Inquisição – o reconhecimento dos hereges; 11) – Inquisição espanhola – a era da limpeza do sangue; 12) – Tomás de Torquemada – a lenda da caça aos renegados; 13) – Inquisição portuguesa – o fim da paz judia; 14) – Cristãos novos – a saga da perseguição aos marranos; 15) – Inquisição brasileira – a colônia a serviço de Portugal; 16) – Inquisição romana – a caça aos protestantes; 17) – Inquisição protestante – o extermínio dos católicos; 18) – Sincretismo religioso – a riqueza das culturas miscigenadas; 19) – Livros proibidos – a censura das obras nefastas e perigosas; 20) – Poder de fogo – os mistérios das chamas; 21) – O massacre de São Bartolomeu – a noite fatídica e aterrorizante; 22) – Torturas – a prática do terror; 23) – Vítimas – os mártires da captura aos profanos; 24) – Números – estimativa da chacina dos religiosos; 25) – Ossos da Inquisição – a prova da existência do genocídio pagão.

Livros:

O Perfume da Folha de Chá:

Dinah Jeffertes – Editora Paralela.

Alice Através do Espelho:

Lewis Carroll – Editora Martin Claret Ltda.

Casa de Bonecas (Peça Teatral):

Henrik Ibsen – Editora Nova Cultural Ltda.

As Três Irmãs:

Tchekhov – Editora Nova Cultural Ltda.

                        O NOVO ROSTO DO  “CORONELISMO”

 

AO TÍTULO DE “CORONEL”, PATENTE DADA POR ATO IMPERIAL, CORRESPONDIA UM COMANDO MUNICIPAL OU REGIONAL.

 

………………..

 

 

Uma leitura do clássico de Vítor Nunes Leal — Coronelismo, Enxada e Voto – suscitou-me reflexões sobre a nova cara do “coronelismo” no Brasil. Ela guarda as cicatrizes, gastas pelo tempo, do “mandonismo” e do “afilhadismo”, cujos resquícios teimam em permanecer mesmo em regiões desenvolvidas.

 

Criada em 1.831 pelo Regente Antônio Feijó, para substituir as milícias e ordenanças do período colonial e regimentos provinciais, a famosa Guarda Nacional transformou-se rapidamente em instrumento de sustentação do poder monárquico, fortemente centralizado e inibidor de quaisquer pruridos autonomistas.

 

Ao título de “coronel”, patente dada por ato imperial, correspondia um comando municipal ou regional, com reconhecido prestígio pela posição econômica, social ou política. Raramente a monarquia carimbava sua titulação em alguém destituído dessas mínimas condições.

 

A figura do “coronel”, gerando o fenômeno que vigeu por longo tempo até a proclamação da República, guardava certas características menos perversas do que o novo “coronelismo” que se implanta no Brasil pelo uso abusivo do poder econômico nas eleições e a frouxidão no cumprimento da legislação punitiva.

 

O diploma de “coronel” era uma espécie de condecoração. Erra quem apenas observa aspectos negativos de sua presença ou de sua ação. Para assegurar sua liderança e dar a ela suportes que se refletiam nas eleições daquele tempo, o “coronel” sentia necessidade de se apresentar como insuperável na articulação junto ao governo central de melhoramentos para seu município ou região, forma habilidosa de compensar amigos e, pelo menos, silenciar os adversários.

 

Vê-se por essa característica anotada por Vítor Nunes Leal, modificada pela própria transformação social, haver o “coronelismo” “significado uma quadra da evolução de nosso povo”. A intensa industrialização do Brasil, a partir da década de 50, e a desordenada urbanização, seu corolário natural, estão produzindo o novo tipo de “coronel” na política brasileira.

 

A grande diferença reside na perversidade dos instrumentos usados por essa nova e influente figura, ocupando todos os espaços diante da fragilidade e envelhecimento das instituições, por ele próprio inibidas de acompanharem o processo de modernização do País.

 

É a figura do comprador de votos, também “coronel” pelo dinheiro, adquirindo mandatos populares pela distribuição de propinas a novo tipo de proxeneta, mudando a cada nova eleição de distrito ou de região, omitindo-se na promoção de melhoramentos nos municípios. Via de regra, sócio dos orçamentos públicos.

 

O novo rosto do “coronelismo” se apresenta em sua forma mais cruel, fazendo dos partidos mera estação de passagem pela prática daquilo que o Governador Jarbas Vasconcelos definiu como “prostituição”. Transformou eleições em balcão, votos em mercadoria, consciências em terreno baldio. O assunto merece mais.

 

……………………………………………………………………………………………………….

 

 

FONTE:         ESTADO DE MINAS, Edição de terça-feira, 7 de outubro de 2.003.

 

AUTOR:        MURILO BADARÓ, Presidente da Academia Mineira de Letras.

 

 

OBSERVAÇÕES:

 

1ª)      É bem verdade que o período imperial, vivido pelo Brasil entre os anos de 1.822 a 1.889, constituiu-se no “período áureo” da discriminação econômico-social escancarada, sem disfarces ou hipocrisia, ao contrário do que hoje costuma ocorrer.

 

2ª)      A “nobreza brasileira”, portadora e detentora do “sangue azul” separava-se do resto dos mortais através da outorga/concessão dos seus títulos nobiliárquicos de barão, conde, visconde, marquês e duque, reservando para a própria família real os de príncipe/princesa e imperador. Para os “caciques, ou “testas-de-ferro”, esbirros municipais ou regionais, reservavam-se, também a peso de ouro, as “patentes” de capitão, major e coronel.

 

3ª) –   Formalmente, a época dos títulos de nobreza encerrou-se com a proclamação da República, em 15.11.1989; todavia, o período das patentes iria perdurar, pelo menos, durante toda a chamada República Velha, que “caiu de podre” no ano de 1.930, dando início à era Vargas.

 

4ª)      Araguari, como não poderia deixar de ser, teve os seus capitães, majores e coronéis, bastando andar-se pela cidade, a pé ou de carro, dando-se uma olhadela nos nomes de algumas das nossas ruas e avenidas principais. E, por incrível que nos (me) possa parecer, há gente que se refere com saudade, orgulho e até ufanismo, àqueles tempos do “mandonismo” e do “afilhadismo” araguarino.

 

5ª)      Ah, mas talvez seja porque há de fato uma certa razão com o Doutor Murilo Badaró, quando afirmou que, mesmo naquele “coronelismo de antanho”, havia alguns pontos positivos, porque, ao menos, lutava-se, junto aos governos centrais (estadual e federal) por verdadeiros e duradouros melhoramentos para a “nossa terra”. Naqueles idos, a palavra empenhada era garantida por um fio de barba,  não havendo a necessidade da enxurrada de documentos representativos de compromissos contratuais.

 

6ª)      Hoje, todavia e como nos diz ainda o mesmo Autor, o “coronelismo” persiste, mas sob uma faceta muito mais perversa, porque se mostra disseminado por toda parte, sem exceção alguma, mas encoberto, dissimulado e sub-reptício, lastreando-se pura e simplesmente no “dinheiro”, acobertando os mesmos vícios tradicionais decorrentes do “mandonismo” e do “afilhadismo”, em uma palavra, a mesma e antiga conhecida de todos nós : A CORRUPCÃO, SEGUIDA DA  BRUTAL E ODIOSA IMPUNIDADE.

 

 

FELIZMENTE, NÓS JÁ SUPERAMOS ISSO. = ! — [1][2]

 

1  —     COLUNA DIREITO E JUSTIÇA; JORNAL BOTIJA PARDA, Edição de 10.10.2003, pág. 5.

 

2 —  Transcrição parcial de artigo de autoria do Doutor MURILO BADARÓ, Presidente da Academia  Mineira de Letras. As “OBSERVAÇÕES” são de autoria do articulista ROGÉRIO FERNAL.

 



 

 

 

Nenhum comentário

Deixe seu comentário: