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Para Epidemiologia, campanha de multivacinação foi “dispersa”

qui, 6 de outubro de 2016 05:18

Da Redação

Em todo o país, terminou no dia 30 de setembro a Campanha de Multivacinação. Desde o dia 9 de setembro, houve uma chamamento para que crianças e adolescentes atualizassem o cartão de vacinação. O Dia D da Campanha ocorreu em 24 de setembro. Foram oferecidas vacinas como tuberculose, rotavírus, sarampo, rubéola, coqueluche, caxumba, HPV, entre outras.

Campanha tinha como objetivo vacinar crianças e adolescentes contra diversos tipos de doenças

Campanha tinha como objetivo vacinar crianças e adolescentes contra diversos tipos de doenças

O governo não exigiu meta, uma vez que o objetivo da campanha era atualizar os cartões de vacinação. O departamento de Epidemiologia não havia conseguido, até a tarde de ontem, obter os dados referentes à campanha no município por dificuldades de ordem técnica e problemas na rede de internet da própria secretaria. “Lançamos os números por salas da vacina e os dados são somados diretamente no programa do Ministério da Saúde. Estamos tendo dificuldades,” expôs a titular do departamento, Lucia Hirono.

Segundo ela, existem os dados das crianças e adolescentes que compareceram e não precisaram ser vacinados e daqueles que realmente estavam com alguma vacina atrasada.

Na opinião da coordenadora, a campanha teve um objetivo semelhante ao que acontece na rotina dos postos de saúde, que é receber crianças a qualquer momento para a atualização do cartão. “Não sei se fugiu um pouco a logística devido à questão eleitoral, Olimpíadas, impeachment, acho que isso deixou os ministérios em uma situação complicada. Acredito que o direcionamento da campanha tenha ficado um pouco perdido e que no ano que vem teremos uma campanha melhor,” concluiu.

Mudanças no calendário de vacinação

Os pais devem ficar atentos às mudanças no calendário de vacinação. As alterações rotineiras e periódicas no Calendário Nacional de Vacinação ocorrem devido às mudanças na situação epidemiológica, nas indicações das vacinas ou na incorporação de novas vacinas.

Em janeiro desse ano, o Ministério da Saúde promoveu a alteração no esquema vacinal da poliomielite, HPV, meningocócica C (conjugada) e pneumocócica 10 valente. O esquema vacinal contra a poliomielite passou a ser de três doses da vacina injetável – VIP (2, 4 e 6 meses) e mais duas doses de reforço com a vacina oral – VOP (gotinha). Até 2015, o esquema era de duas injetáveis (VIP) e três orais (VOP). Vale ressaltar que essa substituição não prejudica a proteção das crianças, que ficam imunizadas com as três doses injetáveis.

O esquema vacinal do HPV passou de três para duas doses, com intervalo de seis meses entre elas. Os estudos recentes mostram que o esquema com duas doses apresenta uma resposta de anticorpos em meninas saudáveis de 9 a 14 anos não inferior quando comparada com a resposta imune de mulheres de 15 a 25 anos que receberam três doses.

O reforço da meningocócica, que anteriormente era administrado aos 15 meses, passou a ser administrado aos 12 meses, preferencialmente, podendo ser feito até os 4 anos. As primeiras doses da meningocócica continuam sendo realizadas aos 3 e 5 meses.

Em relação à pneumocócica, houve a redução de uma dose na vacina, que passou a ser administrada em duas doses, aos 2 e 4 meses, com um reforço preferencialmente aos 12 meses, que pode ser recebido até os 4 anos. Essa recomendação foi tomada em virtude dos estudos mostrarem que o esquema de duas doses mais um reforço tem a mesma efetividade do esquema três doses mais um reforço.

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