Há 29 anos, ícones do mundo da bola mediam forças na Itália

Há quem diga que o futebol representa um espetáculo, onde os coadjuvantes podem se tornar protagonistas. Mas quando diversas estrelas se misturam em um mesmo certame, o resultado é uma constelação sobre os gramados.

Imagine uma competição recheada de mitos do futebol mundial, como Zico, Sócrates, Diego Maradona, Paulo Roberto Falcão, Júnior, Paolo Rossi, Baresi, Marco Tardelli, Toninho Cerezo e Michel Platini. Pois foi assim há quase três décadas.

O ano era 1985, o palco, a Itália. Após a fatídica Copa do Mundo de 1982, diversos jogadores migraram para o futebol italiano, em contínua ascensão naquele período. A busca pelo sucesso era acompanhada pelo título na Espanha. Principais algozes do Brasil na conquista, Paolo Rossi e Marco Tardelli dessa vez dividiam os mesmos campos que os brasileiros. Maradona optou por deixar o Barcelona e embarcar na missão de alavancar o até então modesto time do Napoli, no sul do país. Enquanto isso, o francês Michel Platini desembarcou em Turim, com a profecia de melhor jogador do planeta e artilheiro das temporadas seguintes.

Certo dia, Sócrates, com nostalgia dos tempos de Corinthians e inadaptado ao silêncio penetrante da cidade de Florença, onde defendia a Fiorentina, convidou todos os brasileiros para seu aniversário. Zico ganhou folga da Udinese, Falcão e Toninho Cerezo deixaram Roma e Júnior, posteriormente vice-campeão do campeonato pelo Torino, também acompanharam a festividade.

O “doutor” então guardou as chaves, impedindo os convidados de irem embora, sem êxito. O que nem ele e nem os demais puderam evitar foi a memória daquele ano, quando ao invés de jogos, os torcedores avistavam um desfile de estrelas.

NEYMAR É O QUINTO MELHOR DO MUNDO

Em dia de homenagens ao português Eusébio e a Pelé, outros compatriotas também ganharam a cena no prêmio Bola de Ouro da Fifa. Autor de 69 gols em 59 partidas, o luso Cristiano Ronaldo foi eleito pela segunda vez o melhor do mundo, findando o reinado de quatro anos consecutivos de Lionel Messi. Pela primeira vez, Neymar ficou com a quinta colocação no topo da lista. Além disso, ocupou a quarta posição entre os mais valiosos, com R$ 219 milhões. Outro destaque foi a escolha dos onze melhores. Confira as seleções da entidade máxima do futebol e deste colunista.

Seleção da Fifa: Manuel Neuer; Daniel Alves, Thiago Silva, Sergio Ramos e Philipp Lahm; Xavi, Iniesta e Ribéry; Lionel Messi, Cristiano Ronaldo e Ibrahimovic. Treinador: Jupp Heycknes

Seleção da coluna: Manuel Neuer; Philipp Lahm, Thiago Silva, Sergio Ramos e Marcelo; Yayá Touré, Schweinsteiger e Ribéry; Cristiano Ronaldo, Lionel Messi e Ibrahimovic. Treinador: Jupp Heycknes.

 

O MAIS NOVO COMANDANTE

O holandês Clarence Seedorf confirmou sua despedida dos gramados brasileiros. Depois de rumores de jornais italianos acerca de sua ida para a Itália, o Milan anunciou a escolha do jogador como o favorito para assumir o cargo de técnico da equipe. Aos 37 anos, ele se preparou para a função e detêm os votos de grandes nomes do futebol para o novo desafio. Com quatro títulos de Liga dos Campeões da Europa no currículo, o atleta retorna ao Velho Continente levando na bagagem a contradição de uma paixão nacional e a organização do seu principal esporte, com o resultado da última temporada decidido no tribunal.

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