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Corpo de Bombeiros combate aproximadamente dois incêndios em lotes vagos por dia na cidade

ter, 27 de junho de 2017 05:19

por Tatiana Oliveira

No mês de junho foram registradas 40 queimadas. Número é 10 vezes maior que as ocorrências no período chuvoso

Enquanto em janeiro foram registrados três focos de incêndio em lote vagos na cidade, em junho, diariamente, a 3ª Companhia de Corpo de Bombeiros combate em média dois incêndios em lotes vagos, é o que afirma a assessora de Imprensa da corporação cabo Sara da Silva Barbosa. No período de estiagem, a tendência é que o número aumente, bem como os riscos. “Devido à falta de chuva, é mais fácil que os focos de incêndio se alastrem, causando maiores danos ao meio ambiente e à saúde dos moradores dos arredores”, afirma.

Corpo de Bombeiros combate incêndio em lotes no bairro Jardim Botânico

Corpo de Bombeiros combate incêndio em lotes no bairro Jardim Botânico

Até ontem, 26, o número de incêndios combatidos em lotes vagos na cidade foi quatro vezes maior do que em maio e 20 vezes maior que o registrado em fevereiro, no período chuvoso. “Nesse mês, até as 15h dessa segunda-feira, o Corpo de Bombeiros combateu 40 incêndios em terrenos dentro da área urbana. Isso acontece devido à seca, pois o mato se torna combustível para que o fogo se alastre”.

A ação humana é um dos maiores responsáveis por causar incêndios em vegetação. “Jogar cigarros acesos nos terrenos, soltar balões e fogos de artifício, por exemplo, são agravantes que podem iniciar um foco de incêndio”, afirma Barbosa. Hábitos como a queima de lixo para limpar a propriedade também podem fazer com que o fogo tome proporções maiores. “A conscientização em manter os lotes limpos de forma correta é essencial para a diminuição desse índice e para a prevenção de queimadas”, reforça.

Incêndios em lotes vagos trazem grandes riscos aos vizinhos, atingem a rede elétrica, carros e casas, por exemplo. “Em qualquer foco maior de queimada, o cidadão deve entrar em contato com o Corpo de Bombeiros no 193. Quando o cidadão percebe que o incêndio tomou uma proporção maior, é necessário que alguém desligue o padrão de energia da casa, para evitar perigos maiores”, alerta Barbosa.

Provocar incêndio é crime de acordo com o artigo 250 do Código Penal, pena de reclusão, de três a seis anos, e multa. Ainda, se o sinistro for praticado em lavoura, pastagem, mata ou floresta há o aumento de um terço na pena. Caso seja considerado criminoso, a pena é de detenção, de seis meses a dois anos. “O cidadão que quiser fazer uma denúncia deve entrar em contato com a Polícia do Meio Ambiente, que é o órgão responsável pela fiscalização e sansão”, recomenda Barbosa.

A representante da unidade militar explicou à Gazeta do Triângulo que, por vezes, não é possível atender ao chamado de imediato. “Isso acontece porque nosso efetivo é pequeno e temos apenas um caminhão para atender a demanda. Contamos com a ajuda da população na prevenção desses focos”.

Minas Gerais

De acordo com dados do Corpo de Bombeiros, em Minas Gerais o número de ocorrências de incêndio em lotes vagos nos primeiros quatro meses de 2017 cresceu cerca de 40% em relação ao mesmo período do ano passado. A corporação alerta que a tendência é que os números aumentem ainda mais com a chegada do tempo seco. Conforme relatado por Barbosa, o mês de maior índice de focos de incêndio é agosto.

Os dados apontam que 2017 apresenta crescimento nos casos de incêndio em lotes vagos também na comparação entre janeiro e abril: foram 185 ocorrências no primeiro mês do ano, contra 438 em abril, o que representa um aumento de 200% no número de ocorrências atendidas no Estado.

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