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Coronavírus: decreto estabelece horário de funcionamento de agências bancárias para grupo de risco

ter, 28 de abril de 2020 11:08

Da Redação

- Os bancos tem ampliado o rol de serviços disponíveis em aplicativos para acesso a informações

– Os bancos tem ampliado o rol de serviços disponíveis em aplicativos para acesso a informações

Um novo decreto do Executivo, publicado no Correio Oficial do Município na edição desta segunda-feira, 27, prevê a alteração do horário de funcionamento das agências bancárias em Araguari durante a situação de emergência na área de saúde causada pela pandemia da covid-19. A medida está em conformidade às recomendações do Ministério Público do Estado de Minas Gerais que, por meio da Curadoria de Defesa do Consumidor, promoveu uma reunião na última semana para tratar do assunto.

O documento nº. 064, ressalta o horário especial de atendimento exclusivo e preferencial aos idosos e as pessoas que compõem o grupo de risco, principalmente em razão do grande volume de benefícios a serem pagos durante a pandemia e evitar a aglomerações nestes locais. Assim, fica estabelecido que as agências deverão abrir no horário das 8 às 9h, visando o atendimento exclusivo de idosos e de pessoas que compõem o grupo de risco para covid-19.

No horário das 9 às 10h, as agências bancárias também darão atendimento preferencial ao grupo, mas serão realizados outros atendimentos. “Se alguma pessoa do grupo de risco chegar ao local neste horário, terá a preferência no atendimento,” explicou o secretário de Gabinete, Márcio Eduardo Marques.

O horário especial de atendimento exclusivo e preferencial aos idosos e as pessoas que compõem o grupo de risco será facultativo para as agências bancárias que estejam realizando o pagamento aos beneficiários do auxílio emergencial no valor de R$ 600,00. Segundo alguns levantamentos, mais de 5,5 milhões de brasileiros com renda de até meio salário mínimo, elegíveis para receber o benefício, não têm conta em banco ou acesso regular à internet, necessitando de um atendimento presencial. Além disso, as agências estão trabalhando com um efetivo extremamente reduzido, o que prejudica o atendimento ao consumidor.

Além disso, as agências também deverão disponibilizar atendentes no setor de autoatendimento para que seja realizada a orientação dos usuários que aguardam nas filas. Tais profissionais também deverão estar disponíveis nos demais horários de atendimento das agências, para informar aos clientes sobre a possibilidade de uso dos serviços oferecidos no autoatendimento e nos meios eletrônicos, internet e aplicativos para celulares, bem como, em outros canais de comunicação com o banco como o teleatendimento.

Esta também é uma orientação da Federação Brasileira de Bancos (Febraban). A Caixa Econômica Federal, por exemplo, informou que além de disponibilizar o acesso à movimentação bancária através da internet e celular, o banco reforçou ainda o atendimento em canais remotos, como a Agência Digital, Telesserviço e WhatsApp. O rol de serviços disponíveis em aplicativos também é maior para acesso a informações e transações de cartões de crédito, FGTS, benefícios sociais e habitação. Utilizando o CPF, o cliente poderá contatar a Caixa Econômica para atendimento dos serviços do pacote de medidas disponibilizadas pelo banco, como o pedido de renegociação de dívidas, renovação de contratos de Penhor, solicitação de pausa de até 60 dias nas parcelas de empréstimos comerciais e habitacionais.

 

Atendimentos

 

A alteração nos horários de atendimento tem sido adotada por vários municípios mineiros. Para fiscalizar se as recomendações estão sendo seguidas, o Procon-MG, órgão do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), realizou na última semana a fiscalização nas agências bancárias de Belo Horizonte para verificar como está sendo feito o atendimento ao consumidor. Entre os dias 22 e 23 de abril, foram fiscalizadas 26 agências bancárias: 17 da Caixa Econômica Federal, quatro do Itaú, duas do Bradesco, duas do Banco do Brasil e uma do Santander. Desse total, 19 agências foram autuadas. Os principais problemas encontrados foram a falta de higienização de equipamentos, ausência de informações sobre o risco de contaminação, descumprimento da restrição de atendimento a questões urgentes para limitar ingresso de pessoas nas agências, o desrespeito ao distanciamento mínimo de 1,5 metro entre os clientes e a não disponibilização de álcool em gel para uso dos consumidores.

Ministério Público de Minas Gerais fiscaliza atendimento das agências em Belo Horizonte.

Ministério Público de Minas Gerais fiscaliza atendimento nas agências em Belo Horizonte.

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