Cooperativa de Transportadores de Passageiros reivindica atraso de repasse financeiro
qua, 9 de setembro de 2015 08:24Da Redação
Motoristas do transporte escolar realizaram paralisação nessa terça-feira
Os motoristas do transporte escolar realizaram uma paralisação do serviço nessa terça-feira, 8, devido a um atraso de repasses à Cooperativa de Transportadores de Passageiros e Carga de Uberlândia Ltda (Coopass). Os representantes da cooperativa estiveram reunidos com o procurador-geral do município, Leonardo Furtado Borelli, no mesmo dia para negociar o atraso de repasses financeiros.
O secretário de Fazenda, Érico Roberto Chiovato, conta que no dia 13 de maio, a secretaria de Educação comunicou à cooperativa que os valores de quilometragem cobrados estavam incorretos. “A equipe realizou um geomapeamento nas estradas rurais para saber qual seria o valor correto. Eles conferiram a quilometragem e agora realizaremos o pagamento de acordo com esse novo contrato”.
Em relação à notificação de paralisação do serviço, o secretário afirma que o pagamento dos motoristas foi efetuado, faltando apenas o valor da cooperativa. “Eles estão recebendo o pagamento e não podem parar com o serviço. A cooperativa ainda não recebeu o repasse, mas esses valores serão ajustados e, caso estejam cobrando a mais, será descontado no que falta para receber”.
De acordo com o representante da Coopass em Araguari, Rones Reis Santos, a prefeitura acumula uma dívida de valores retroativos que somam R$ 1,2 milhão. “Precisamos receber devido aos custeios administrativos que a cooperativa tem, incluindo a parte operacional, de abastecimento com óleo diesel, os vales de alimentação e manutenção dos veículos, tributos, gastos com funcionários e demais despesas”. O valor deveria ter sido pago em dezembro do ano passado. “O normal seria recebermos R$ 780 mil mensais. Utilizamos um fundo que possuíamos na cooperativa para manter o serviço, mas nem o diesel dessa semana nós temos condições de pagar”.
Nessa terça-feira, houve uma paralisação de 70% dos veículos do transporte escolar. O motorista do transporte escolar Pedro Pavani, trabalha na área há mais de 18 anos. “Nossa situação está difícil. Todos os convênios foram cortados devido à falta de pagamento para a cooperativa. A prefeitura não tem dado valor ao nosso trabalho. Cada um tem seu próprio veículo e as despesas saem do nosso bolso. Recebi o meu salário e não consegui pagar nem a oficina e o supermercado. Alguns motoristas têm outros empregos para auxiliar a renda, mas eu não tenho e dependo dessa profissão”.
O procurador-geral do município Leonardo Borelli afirma que houve um acordo com os representantes da cooperativa. “A prefeitura irá priorizar a folha de pagamento e até terça-feira, 15, irá quitar o que é devido à cooperativa. O serviço dos motoristas do transporte escolar será normalizado nessa quarta-feira”. Após a reunião, houve uma assembleia com os 107 cooperados.
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