Terça-feira, 10 de Setembro de 2024 Fazer o Login

Consumo de antidepressivos aumenta em Araguari

sáb, 7 de fevereiro de 2015 01:15
Vendidos restritamente sob prescrição médica, antidepressivos estão entre os medicamentos mais procurados na rede pública. Foto: Divulgação

Vendidos restritamente sob prescrição médica, antidepressivos estão entre os medicamentos mais procurados na rede pública. Foto: Divulgação

TALITA GONÇALVES – Um mercado que não para de crescer. A Organização Mundial de Saúde (OMS) previa no século passado que a depressão seria responsável por 9,8% do total de anos de vida saudável perdidos por doenças. O índice foi atingido em 2010, e com ele o aumento no consumo de antidepressivos.

Considerado o mal do século, a depressão atinge hoje 7% da população mundial, e Araguari não foge desta tendência. Remédios para controle da doença estão entre os mais procurados na rede pública de saúde.

Segundo informações da Farmácia Municipal, o mais receitado pelos médicos é a Sertralina, que não é oferecido pelo governo estadual e, portanto, adquirido pelo município. Em 2013, foram distribuídos 189 mil comprimidos deste antidepressivo. No ano passado, esse número saltou para 298 mil, o que significa um aumento de 58% na oferta. E para 2015, a expectativa é que a Farmácia Municipal distribua 400 mil compridos de Sertralina.

Os chamados medicamentos de “tarja preta”, que precisam estritamente de receita médica, ajudam a anular ou minimizar tristeza, insônia e desânimo. No entanto, o paciente precisa seguir corretamente o tratamento, com o acompanhamento de profissionais especializados na área.

Não há idade para a depressão. “Hoje em dia tudo é muito rápido, as mudanças são muito velozes. Há décadas atrás, geralmente era mais frequente entre adultos. Vivemos numa época tecnológica, com aumento de stress, enfim precisam ser cuidados desde a infância até a terceira idade,” explica a psicóloga Teresa Cristina Lourenzo Cunha e Carvalho.

Apesar disso, é possível reconhecer uma incidência maior desse mal entre pessoas com mais de 40 anos de idade e do sexo feminino.

Para a psicóloga, o aumento no uso de antidepressivos pode ser explicado com a expansão do tratamento, mas a prescrição indiscriminada também contribui. “Conflitos e tristeza são diferente de um quadro depressivo, que é uma patologia. Percebemos que muitos médicos, não digo psiquiatras, estão prescrevendo remédios ao invés de incentivar melhorias na qualidade vida, profissionais que não são especialistas da saúde mental,” expôs.

Profissionais de saúde devem ser capazes de diagnosticar a gravidade da depressão e se o uso do antidepressivo realmente é necessário. “O ser humano vive uma inabilidade com as dores, uma intolerância aos desconfortos da vida. Algumas pessoas passam por alguma situação de tristeza, de angústia, a perda de um ente querido, desemprego, algo momentâneo. Então é aquela história de ‘tomou doril, a dor sumiu’,” alertou a especialista.

1 Comentário

  1. antonio disse:

    Como não ficar depressivo?
    Aumento do combustível, corrupção na Petrobrás pelo partido eleito pelo povo, fortes indicios de racionamento de agua e energia, saúde pública é um caos, segurança nem dentro da nossa propria casa, roubos a luz do dia, educação estagnada uma das ultimas colocadas nos ranking sobre educação, o povo de Araguari pensando em carnaval ao invés de cobrar do prefeito melhoria nas escolas e transporte publico, e por ai vai…………………Me avisa quando não existir possibilidade de depressão diante de tanta “maravilha” acontecendo!

Deixe seu comentário: