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Com 33 mil casos do ‘golpe do WhatsApp’ registrados em 9 meses em MG, vereador em Araguari é vítima da ação

qua, 10 de novembro de 2021 09:00

Da Redação

Um levantamento preliminar da Coordenadoria Estadual de Combate aos Crimes Cibernéticos (Coeciber), órgão do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), indica que nos nove primeiros meses de 2021 foram registradas no estado de Minas 32.949 ocorrências do estelionato aplicado pelo aplicativo WhatsApp. Os golpes por meio do aplicativo seriam os crimes cibernéticos de maior incidência de demandas no órgão.

Primeiramente, o golpe se inicia quando o autor tenta se passar por alguma pessoa próxima à vítima escolhida, geralmente um familiar. Eles chamam a vítima pelo aplicativo, utilizando mesmo nome e foto do parente, trocam mensagens, ganham a confiança e, em seguida, pedem uma quantia em dinheiro, principalmente por meio de transferências online. A vítima que envia o valor requisitado muitas vezes acaba não conseguindo reaver o dinheiro perdido no golpe.

O golpe, geralmente, é feito por meio de aplicativos de mídias sociais.

 

A ação criminosa, que induz uma vítima ao erro por meio de um possível estelionato, já alcançou pessoas em Araguari, inclusive representantes do povo.

O parlamentar municipal Vinícius Duarte (Republicanos) relata ao repórter da Gazeta do Triângulo como tentaram enganar seus familiares se passando por ele. “Graças a Deus meus parentes não repassaram o valor. Eles [os autores] entraram em contato com meus familiares, mas eles não depositaram nada. Não tivemos perda. Assim que identificamos o golpe, tentaram se passar por outros vereadores também”, explica o edil. “Meu alerta é que se entrarem em contato com parentes pedindo dinheiro ou resgate, não faça depósitos. É preciso entrar em contato com a pessoa. Estive na delegacia realizando a ocorrência e fui informado de que estão havendo muitos golpes dessa natureza. Que as pessoas tenham cautela, não entrem em pânico, ligue para o familiar, verifique onde ele está e confirme se é a pessoa realmente”, finalizou.

É preciso redobrar o cuidado, especialmente em tempos de avanços tecnológicos e pagamentos rápidos, como os realizados pelo PIX. Os dados que revelam quase 33 mil golpes apenas no estado mineiro são de janeiro a setembro deste ano.

O Ministério Público de Minas Gerais informou que vai intensificar a prevenção desse tipo de crime em duas frentes. O Coeciber criou um roteiro para orientar os promotores de Minas Gerais sobre como agir nesses casos. A outra frente é um documento produzido para orientar os cidadãos a se prevenirem contra o golpe do WhatsApp. Nos próximos dias, a instituição deve divulgar publicações nas redes sociais a respeito do assunto.

Algumas orientações para evitar cair no golpe, segundo as autoridades, são: não realizar imediatamente pagamentos ou transferências quando houver solicitação por meio do Whatsapp; não fornecer dados ou confirmar dados por telefone ou aplicativos não seguros (como Whatsapp, Telegram, etc), ainda que pareçam ser de instituições legítimas; restringir as configurações de privacidade de redes sociais, especialmente a da foto de perfil do Whatsapp; ativar a verificação em duas etapas em todos os produtos/serviços que possuírem esta funcionalidade; alertar parentes e familiares, especialmente os mais idosos, sobre como esse tipo de estelionato vem ocorrendo e ensiná-los a adotar as medidas de prevenção; caso já tenha sido vítima do golpe, não apague a conversa realizada com o criminoso; faça a captura de telas (prints) dessa conversa; realize o “backup da conversa” e a “exportação da conversa” para algum e-mail; informe ao parente ou amigo cuja identidade está sendo usada pelo criminoso para que ele possa avisar terceiros e se precaver das consequências do uso de seu nome e dados; faça um boletim de ocorrência, constando o número usado pelo criminoso e quaisquer outros dados que ele tenha fornecido (e-mails, chaves PIX, contas bancárias, etc); informe seu banco e o banco para o qual os valores foram transferidos, registrando reclamações formais.

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