Quarta-feira, 20 de Novembro de 2024 Fazer o Login

Coluna: Saúde Alerta (18/05)

qua, 18 de maio de 2022 08:06

O “Maio Bordô 2022” chegou!

 

O mês de Maio foi escolhido como o Mês da Cefaleia, pois nele comemoramos o Dia Nacional do Combate à Cefaleia,  mais precisamente foi no dia 19/05. A cor que irá representar a Sociedade Brasileira de Cefaleia neste período é o bordô. Diversos eventos ocorrerão  em todo o território nacional com o intuito de capacitar profissionais da saúde da atenção primária e secundária no reconhecimento das cefaleias primárias e no tratamento das mesmas.

O Dia Nacional de Combate à Cefaleia é uma iniciativa da Sociedade Brasileira de Cefaleia (SBCe), para chamar a atenção da população a respeito das dores de cabeça. Segundo a entidade, estima-se que a enxaqueca afeta 15% da população mundial em algum momento da vida e 2% sofre com enxaqueca crônica, uma doença incapacitante e que compromete a qualidade de vida. No Brasil, pelo menos 30 milhões de pessoas enfrentam o problema, que é três vezes mais comum em mulheres do que homens.

Apesar do desconforto, muitas pessoas não procuram o especialista e se automedicam. Essa conduta pode prejudicar o diagnóstico e ainda contribuir para tornar a dor de cabeça crônica.

Sabe-se que os pacientes com cefaleias recorrentes demoram aproximadamente 05 anos para procurar um médico por dor de cabeça e 11 anos para procurar um especialista. Isso, como já foi demonstrado, contribui para a cronificação da enxaqueca. O objetivo desta campanha é fazer a(o) paciente sair da acomodação de seus modelos leigos e tomar uma atitude para melhorar a sua qualidade de vida.

A enxaqueca crônica é caracterizada por crises de dores de cabeça, que ocorrem durante 15 dias ao mês, durante três meses. Sintomas como náuseas ou vômitos, fotofobia (sensibilidade à luz) e fonofobia (desconforto provocado pelos sons) são relatados pelos pacientes, além de dor unilateral, dor intensa, pulsátil ou dor que piora com movimentação e/ou atividade física. Os episódios podem durar de 4 a 72 horas.

Ao longo do mês de maio, a SBCe está divulgando um vídeo da campanha “3 é Demais”, com uma mensagem simples e direta: Mesmo que você tenha boas explicações para as suas dores, se você sente 3 ou mais dores de cabeça por mês, há mais de 3 meses, procure um médico. Você precisa de tratamento.”

 

Fatores desencadeantes

 

Ambientais: luz forte e exposição solar; barulho e odores fortes como perfume e gasolina; alterações do sono, movimento e viagem;

 

Dieta: Pular refeições e abusar de café, vinho tinto, chocolates, alimentos embutidos, queijos curados, entre outros;

 

Psicológicos: Estresse, perdas ou mudança na rotina;

 

Hormonais: Menstruação de uso de contraceptivo que contém estrogênio.

 

Cada pessoa é sensível a certos tipos de fatores desencadeantes. Por isso, a orientação é para observar a dor de cabeça, além da frequência, intensidade e duração, para poder reportar ao neurologista. Somente assim é possível obter um diagnóstico e prescrever o tratamento adequado para essa doença, que tem forte impacto na vida pessoal e profissional dos pacientes.

O fundamental é que o paciente não banalize a dor, não se automedique e procure o neurologista, que é a especialidade indicada para tratar a doença, considerada uma das mais incapacitantes no mundo.

A cefaleia e enxaqueca nunca foram sinônimos .

Cefaleia é o termo técnico para dor de cabeça. Já a enxaqueca, que também é chamada de migrânea, é um dos tipos de cefaleia.

Enxaqueca – é uma dor de cabeça crônica, que geralmente começa com uma dor latejante em um dos lados, que aumenta aos poucos. Além da dor, você pode sentir fotofobia (aversão a luz) e fonofobia (aversão ao som). Em alguns casos, ficar com a visão turva ou enxergar pontos luminosos pode indicar uma crise, que pode provocar náuseas e vômitos. Muitas vezes a enxaqueca é causada por alterações hormonais, fazer refeições fora do horário normal, tomar muito café ou praticar atividade física. Mas para algumas pessoas, alguns tipos de alimentos, como queijos, chocolate, frutas cítricas, adoçante, alimentos gelados ou gordurosos podem causar crises de enxaqueca.

A enxaqueca pode ser tratada de maneira preventiva, e de forma não medicamentosa. Mudanças de hábitos do paciente, técnicas de relaxamento, fisioterapia e psicoterapia são positivas. Praticar atividade física, evitar picos de estresse, regular sono também ajuda a reduzir os quadros. Caso seja necessário o tratamento medicamentoso, ele pode ser feito de forma preventiva, para diminuir a frequência, ou agudo, direcionado para tirar o paciente o mais rápido possível da crise.

 

 

Nenhum comentário

Deixe seu comentário: