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Coluna: Ortopedia em Foco (23/08)

ter, 23 de agosto de 2022 09:59

Você pratica futebol e já teve pubalgia?

Patologia que também pode ser chamada de SINFISITE PÚBICA ou OSTEÍTE PÚBICA.

É uma inflamação do pubis (osso da bacia que fica abaixo da cicatriz umbilical), causada por traumas repetitivos, levando à uma sobrecarga mecânica das estruturas capsuloligamentares da sínfise púbica com consequente instabilidade vertical.

Mas como ocorrem esses traumas?

Na maioria das vezes, devido a atividade física, ou seja, a patologia se dá em jovens ativos e atletas, na maioria das vezes.

Quais são os esportes que mais causam essa dor?

Esportes de corrida e mudança rápida de direção, arrancadas, chutes. No nosso meio, o futebol é o esporte causador mais comum.

Mas também pode ocorrer por outras causa, porém são bem menos frequentes:

  • Trauma;
  • Gestação;
  • Parto vaginal;
  • Alterações mecânicas (artrose, impacto femuro acetabular, formato do quadril).

O que a pessoa sente?

Dor vaga e mal definida no pubis, podendo irradiar para a virilha e abdomen.  Piora com a realização de abdominal, apoiar em uma perna só (nas atividades que exigem abdução e adução – abrir e fechar as pernas) e na palpação local.

A dor, se não tratada, pode ir se intensificando, trazendo dificuldade na prática das atividades físicas do dia-a-dia e até na sexual.

Como tratar?

É importante o paciente saber que é uma patologia auto-limitada e o tratamento é longo. Assim ao cessar a atividade causadora, a dor tende a melhorar.

São prescritos analgésicos, anti-inflamatórios e fisioterapia por no mínimo 6 semanas.

Mas então, você ficará proibido de jogar futebol?

Não!

Para que o atleta volte a praticar sua atividade, deve se realizar um trabalho específico de treinamento, com fortalecimento muscular progressivo da musculatura abdominal e adutores, melhorando o equilíbrio muscular na região, deixando a sínfise púbica mais estável.

Isso também pode ser feito, através de técnicas internvencionistas, com aplicação local de corticóide. Nos casos de gravidade ou refratariedade do tratamento, podemos indicar cirurgias, mas poucos casos chegam a esse ponto.

 

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