Coluna: Direito e Justiça (16/05)
qui, 16 de maio de 2024 09:49Direito e Justiça:
O “Cavalo Caramelo”, um exemplo para o Brasil:
– Eis aí um cavalo de fato resiliente; é o “Cavalo Caramelo”.
– O povo gaúcho, o povo do Brasil, tomam-no agora como exemplo.
– Como um exemplo de força, de coragem, de intrepidez e de esperança.
– Resiliência é tudo isto aí: é nunca desistir, é esperar e dar a volta por cima.
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O Resgate do “Cavalo Caramelo”:
O “Cavalo Caramelo” – apelido que o povo brasileiro carinhosamente lhe outorgou – ficou ilhado sobre o telhado de uma casa, inundada pela recente enchente na Cidade de Canoas – RS, mantendo-se de pé e impávido por cerca de 5 (cinco) dias, sem comida e sem água. Foi resgatado e salvo na manhã do dia 09 de maio, quinta-feira passada.
Tal fato, inusitado e deveras extraordinário, causou uma forte comoção nacional, com início e divulgação maciça nas redes sociais espalhando-se e viralizando-se o drama vivido pelo equino, visto que os vídeos mostravam um animal obstinado, que se recusava a sucumbir, demonstrando que não iria desistir e que se aferrava com todas as suas forças na luta renhida pela sobrevivência.
Que exemplo! Que resiliência” Quanta vontade de sobreviver!
Dizem alguns que o animal não passa de um cavalo. Sim, com certeza, trata-se mesmo de um cavalo, de um “Cavalo Caramelo”, mas que, naquelas circunstâncias trágicas e trágicas e dolorosas por que passaram e ainda passam o Estado do Rio Grande do Sul e sua brava gente, transformou-se num ícone de força, de coragem, de intrepidez e de esperança.
Transformou-se num ícone incontestável de resiliência!
O “Cavalo Caramelo” tornou-se um grande e positivo símbolo para os gaúchos e para os demais brasileiros (de bem, de boa índole e de boa-fé), um facho e um foco de luz no final deste longo túnel em que se converteu o quadro funesto decorrente da fúria da natureza, dos descompassos ambientais e climáticos, sem dúvida agravados pela incúria do ser humano, de todos nós um pouco, de governantes e de governados.
Malgrado tenha havido uma tentativa sórdida e felizmente malsucedida de politizar-se esse triste episódio, foram soldados-bombeiros do Estado de São Paulo (creio que da Cidade de Sorocaba) os que o resgataram, sedando-o, pondo-o sobre um bote de borracha e levando-o para lugar seco. Uma vez salvo, o cavalo foi levado para um centro veterinário, onde recebeu outros cuidados, acordou, alimentou-se e está a recuperar-se.
Agora, tendo ele se tornado o cavalo mais famoso do Brasil, pululam os possíveis donos ou tutores, bem como outros oportunistas de ocasião, desejosos de obterem fama e de ganharem dinheiro às custas do “Cavalo Caramelo”.
Mas, o povo de Canoas-RS já disse em alto e bom som:
– Não! o “Cavalo Caramelo” ficará aqui. Daqui não sairá.
Sem medo de errar, eu lhes digo:
– Se até mesmo um cavalo, um bravo e indômito “Cavalo Caramelo” pôde ser tão resiliente ante o infortúnio, também o povo gaúcho e todo o povo brasileiro haverão de ser resilientes. Seremos corajosos e perseverantes até o fim deste drama; iremos superá-lo com galhardia, e iremos auxiliar incansavelmente e de todas as formas possíveis na reconstrução do Rio Grande do Sul, para que nossos irmãos gaúchos voltem à normalidade e deem a volta por cima. E que Deus nos ajude!
Muito mais poderia ser dito, porque, assim como esse “Cavalo Caramelo”, milhares de pessoas (homens, mulheres, crianças, bebês) e de bichos (bovinos, ovinos, equinos, muares, asininos, aves domésticas, cães, gatos, e até mesmo um incalculável número de animais silvestres) tiveram que ser retirados das águas ou das casas em muitas operações complexas e heroicas. Outros tantos pereceram ou padeceram em longa e cruel espera por resgate e salvamento. A enchente de agora, ali no Sul do Brasil, não foi a primeira e certamente não será a última.
Na verdade e finalizando, o fenômeno é repetitivo (houve naquela região grandes inundações em 1941 e 2023), muito embora a enchente deste ano de 2024 tenha extrapolado todos os limites previsíveis. Como quer que seja, esta não é uma boa hora para tecer críticas, porquanto o tempo é de ação e de auxílio. Todavia, quando tudo isto tiver passado – se é que vai passar –, muita coisa terá que ser repensada neste país. Ou se fará isso, ou teremos mais tragédias a lamentar, e piores ainda. Quem viver verá…!
Araguari – MG, 16 de maio de 2024.
Rogério Fernal .`.
Resiliência:
Resiliência: Substantivo feminino. Física: característica ou propriedade que alguns corpos apresentam de retornar à forma original após terem sido submetidos a uma deformação elástica. Figurado: capacidade de se recobrar facilmente de uma situação adversa, problemática ou de se adaptar à má sorte e às mudanças. Palavras análogas ou sinônimas: superação, invulnerabilidade, resistência, fortaleza, firmeza, estoicismo, inatingível, inatacável. Vulgarmente: resiliência ou ser resiliente significa, em suma, “dar a volta por cima”.
– A palavra “resiliência” é muito usada para descrever o comportamento do ser humano, pois pessoa resiliente é aquela que supera seus problemas com mais tranquilidade, passando por eles com leveza e sabedoria. Para a Psicologia, uma pessoa resiliente tem maior resistência e equilíbrio frente às adversidades.
– Pessoas resilientes são flexíveis tanto mental quanto emocionalmente. Sentem-se muito confortáveis em utilizar qualidades e comportamentos aparentemente opostos. São indivíduos que têm facilidade em ser ao mesmo tempo lógicos e intuitivos, sérios e brincalhões, calmos e entusiasmados, fortes e gentis.
– Resiliência não é apenas demonstração de força física ou emocional, mas também, e principalmente, a convicção de que todas as adversidades podem ser superadas. É na resiliência que nascem as vitórias, porque todos os caminhos da vida são feitos de altos e baixos e é necessário persistir para se chegar ao fim.
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Esse cavalo foi muito resistente aguentar pacientemente por tantos dias e por ser animal de grande porte teve que esperar por mais tempo. Todos os animais sofreram muito em cima de telhados, as pessoas fizeram tudo para salvar seus animaizinhos e se salvarem também. Depois vão ter que pensar nas estratégias para amenizar o problema.