Quinta-feira, 19 de Dezembro de 2024 Fazer o Login

Coluna: Direito e Justiça (09/06)

qui, 9 de junho de 2022 08:07

Direito e Justiça:

 

Pinga Fogo:

Bola cheia:

– Vai para a administração Renato Carvalho (prefeito) e Maria Cecília Araujo (vice-prefeita), extensiva para Wesley Lucas (secretário de Esportes. Motivo: pela coragem e discernimento para reabrir e utilizar de forma plena o Ginásio Poliesportivo General Mário Brum Negreiros, resgatando a prática esportiva especializada em Araguari e recolocando suas modalidades no circuito estadual e nacional.

 

Bola murcha:

– Vai para as administrações anteriores que fecharam e mantiveram inativo e sem utilização devida o Ginásio Poliesportivo General Mário Brum Negreiros. Motivo: incompetência, irresponsabilidade e até covardia administrativa, sacrificando, pelo menos, uma ou duas gerações de esportistas no município, causando um prejuízo inestimável ao nosso esporte especializado.

 

Posso estar enganado:

– Posso estar enganado, mas pelo meu conhecimento, aqui em Araguari o proprietário de um “imóvel tombado” não recebe qualquer benefício para manter a integridade do seu imóvel. É por isso mesmo que, antes que uma casa sem valor histórico ou um casarão com valor histórico sejam tombados, os põem ao chão; e se desabam parcialmente, deixam como está, enfeiando e envergonhando a nossa cidade. Haja vista na rua Doutor Afrânio e lá na praça Padre Nilo Tabuquini. Que lástima…!

 

O prédio do antigo Cine Rex:

– Eu defendi muito a vinda do antigo Cine Rex para a Administração Pública Municipal, esperando que o imóvel recuperasse a sua antiga vocação para apresentações teatrais e cinematográficas. O imóvel foi construído para isso. Exposições, mostras e reuniões são culturais, boas e louváveis. Todavia, não era somente isso o que eu pretendia ver. Não mesmo…!

 

 

Os quarteirões fechados serão um parto da montanha?

Também defendi com unhas e dentes a implantação de quarteirões fechados na rua Rui Barbosa, mantendo-se abertas ao tráfego as suas ruas transversais. Quase desde que aqui cheguei em 1984, ou seja, há 38 anos, luto por isso mesmo sem ter um mandato eletivo. Infelizmente, uma minoria egoísta e ignorante impediu e impede a concretização da vontade de uma cidade que quer progredir, que precisa crescer, que urge fazer como tantas outras mais sagazes já fizeram. Um parto da montanha que vai originar ratos…?

 

O povo é sempre igual ao povo:

O povo é sempre igual ao povo, aqui, ali ou acolá. Tanto é assim que, se você quiser conhecer o real caráter de uma pessoa, dê poder a ela. Então, você descobrirá o seu lado sombrio, escuso e inconfessável. Não foi sem razão que o grande escritor luso Eça de Queiroz disse ainda no Século XIX: “os políticos e as fraldas são a mesma coisa; por isso, devem ser mudados pelo mesmo motivo pelos quais trocamos as fraldas”. Para um bom entendedor um pingo é letra. Ele disse a mais cristalina verdade…!

 

Nós, brasileiros, alimentamos mesmo o mundo?

– Dizem os ufanistas do agronegócio tupiniquim que os nossos “grandes agricultores”, empresas e pessoas físicas ligadas ao campo, alimentam todo o país e também um quarto da população mundial. Dizem ainda que a nossa agricultura é a mais moderna e produtiva do mundo. Disso eu não duvido. Completam, assegurando que a produtividade aumenta sempre com o emprego de alta tecnologia, não existindo a necessidade de acrescentar mais terras às já utilizadas e muito menos de recorrer ao desmatamento. Aqui, eu me reservo o benefício da dúvida…!

 

Ainda sobre a produção nacional de alimentos:

Então, se temos uma agricultura notável, se possuímos rebanhos bovino, suíno e avícola enormes, dos maiores do mundo, por qual motivo tantos brasileiros estão na linha ou abaixo da linha da pobreza ou da miséria absoluta, literalmente passando fome? Por que vivenciamos essa desigualdade social e econômica degradante e que não diminui? Por que não se redistribui pacificamente a riqueza nacional? Qual é o motivo real de tantas décadas perdidas? Menos politicagem e menos corrupção e mais decência é o que falta para tentar dar um jeito nisso. Será querer demais essa utopia…?

 

 

Traição Castigada:

 

Certa garça que morava à beira de uma lagoa tornou-se muito preguiçosa e, como já não se sentisse com ânimo para perseguir os peixes, inventou um artifício para enganá-los sem muito esforço.

 

Disse-lhes:

 

– Triste notícia, meus amigos! Uma enorme desgraça vai cair sobre vós. Os homens, segundo ouvi dizer, vão esvaziar esta rica lagoa para apanhar os peixes, frigi-los e comê-los. Eu sei que entre as montanhas há um lago imenso de águas puras e cristalinas. Com muito gosto vos levaria para lá, mas sinto-me tão velha e fraca que dificilmente poderia fazer qualquer coisa em vosso auxílio.

 

Os peixes pediram, por favor, à garça, que os não abandonasse naquela triste dependura.

 

– Está bem – respondeu a garça. – Trabalharei por vós. Como não posso, entretanto, levar a todos juntos, vou transportar-vos carregando um de cada vez.

 

Ficaram muito contentes os peixes, e todos eles empenharam-se em partir levados pela ave salvadora.

 

Leva-me a mim! Leva-me a mim! – gritavam.

 

E a garça começou a pôr em execução o seu plano. Apanhou um peixe com o bico, levou-o para o campo vizinho e comeu-o. A mesma coisa fez, a seguir, com muitos outros que a ela se entregaram confiantes.

 

 

 

 

Mas na dita lagoa morava, também, um velho caranguejo astucioso e desconfiado. Este não acreditou nas boas intenções da pernalta e resolveu apurar a verdade.

 

– Tenho receio de morrer aqui, minha garçazinha! – lamentou com voz triste. – Queres carregar-me, também, para o grande lago das montanhas?

 

A garça apanhou o caranguejo e levou-o. Ao chegar ao campo desceu, e ia preparar-se para devorar o ladino crustáceo, quando este, ao ver as espinhas secas dos peixes que o haviam precedido, apertou entre as unhas fortíssimas o pescoço da garça e a estrangulou. Voltou depois para a lagoa e contou o caso aos peixes que aguardavam ainda a pérfida traidora.

 

Aquele que procura agir com maldade e má fé, cedo ou tarde, receberá o justo castigo de suas indignidades.

 

FONTE: Lenda do Céu e da Terra.

Malba Tahan.

Editora Record – 19ª Edição – Págs. 18 / 19.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Doação de livros para a Biblioteca Pública Municipal:

 

– O Círculo das Sete Pedras:

(Uma coletânea de histórias de Outlander)

Diana Gabaldon – Editora Arqueiro.

 

– O Terceiro Gêmeo:

(Alguns segredos jamais devem ser revelados)

Ken Follett – Editora Arqueiro.

 

– O Reino:

(Dois irmãos. Uma cidade pequena. Uma vida de segredos tenebrosos)

Jo Nesbo – Editora Record.

 

– Lava Jato:

(O Juiz Sérgio Moro e os bastidores da operação que abalou o Brasil)

Vladimir Netto – Editora Primeira Pessoa.

2 Comentários

  1. Eliane disse:

    Todos os imóveis que estão abandonados naquela região são de famílias que tem dinheiro. Tem umas famílias aqui que são muquiranas e não arrumam mesmo, alguns gostam de fazer coleções, compram, não fazem nada e não arrumam isso quando não jogam no chão e deixam os terrenões abandonados, pior, no centro da cidade. O antigo é bonito é coisa de época, basta saber conservá-lo eu tinha um vizinho que ele comprou duas casas de época e elas estão impecáveis e a família ajuda a conservar é aqui na Rua Padre Lafaiete ao lado da oficina, uma é estilo americana dos anos 60 e a outra é modelo anos 20 ou 30 toda cheia de bordados.

  2. Eliane disse:

    Calçadões são maravilhosos e modernos, em várias cidades do Estado de São Paulo têm, tem que fazer sem pedir opinião de lojistas, não são donos da rua e nem das calçadas. Aqui em Araguari tem uma meia dúzia de pessoas que gostam de atrapalhar o progresso da cidade.
    É muito dinheiro concentrado nas mãos de uma única pessoa e pessoas que não tem serventia ganhando dinheiro público. Ouvi o dono de um orfanato norte-americano dizer essa frase que políticos e fraldas têm que ser trocados sempre e não se deve conservá-los no poder por muito tempo, nem sabia que era do Eça de Queiroz. Alimentos têm para todos comprarem, só que precisa-se do dinheiro para fazer a troca.

Deixe seu comentário: