Na última terça-feira, 11, circularam nas redes sociais imagens de um local próximo à passagem de trilhos ferroviários, em Araguari, que teria sido afetado por uma erosão no solo, intensificada pelas chuvas fortes registradas nos últimos dias.

A área em questão, administrada pela empresa VLI, trata-se de um entroncamento em um local, próximo ao “Zebrinha”, conhecido como Estação de Araguari e, do outro lado da Lagoa Seca, chamado de Estação do Brejo, onde os vagões carregados eram passados para outras regiões, como Santos-SP.

De acordo com o que foi apurado pela reportagem da Gazeta do Triângulo, em razão do local afetado pela problemática, os escoamentos podem ser redirecionados para outra localidade, atenuando parte do prejuízo. Caso a erosão tivesse ocorrido em outros pontos da malha ferroviária, o dano causado ao escoamento dos vagões poderia ser ainda pior.

Ainda, o local da erosão já estava interditado há alguns dias, enquanto era monitorado, porém, com as chuvas, a situação se agravou. Os trabalhos de reparo na área afetada já foram iniciados, mas a reportagem não foi informada de quanto tempo devem durar. O valor estimado dos prejuízos causados pela erosão nos trilhos pode alcançar R$30 mil reais por dia, e poderia ser ainda maior caso fosse época de safra.

Outros pontos de ferrovias também podem ter sido atingidos por deslizamentos ao longo do trajeto, dificultando ainda mais a logística do problema enfrentado.

Nesta quarta-feira, 12, a prefeitura também se pronunciou sobre a questão e afirmou que está acompanhado o quadro ambiental. Confira a nota na íntegra:

“As Secretarias de Obras, Meio Ambiente, Trânsito e a Defesa Civil, estiveram na ferrovia, próximo ao bairro Millenium, para verificar o avanço da erosão no perímetro da cidade. Na visita, foi constatado que a empresa VLI, detentora da concessão do modal ferroviário que corta a cidade, já está tomando as providências para a contenção da erosão.”

Segundo o secretário de Obras, Luiz Felipe de Miranda, a empresa já está realizando o entroncamento de pedras para conter o avanço e possibilitar a recomposição do aterro e da estrutura ferroviária. Depois, serão efetuadas as drenagens necessárias bem como os trabalhos de recuperação restantes.

A Defesa Civil, através do secretário José Camargo, informou que por ter iniciado a obra, a erosão tende a parar, mas que irá monitorar junto à empresa.

Por fim, o secretário de Meio Ambiente, Guilherme Santana, informou que serão estudadas as questões ambientais do acontecido”.