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Casos de microcefalia e zika vírus preocupam gestantes e profissionais da saúde

qua, 16 de dezembro de 2015 08:30

Da Redação

Casos de microcefalia relacionados ao zika vírus tem aumentado no país

Os casos de microcefalia relacionados ao zika vírus tem aumentado em todo o Brasil. Em Araguari, apesar de não haverem casos da doença, os médicos orientam que as gestantes utilizem métodos preventivos.

Médicos recomendam utilização de repelentes, roupas longas e evitar foco de mosquitos

Médicos recomendam utilização de repelentes, roupas longas e evitar foco de mosquitos

 

De acordo com o médico José Alberto Azevedo de Souza, especialista em ginecologista e obstetrícia, a microcefalia consiste na má-formação cerebral, prejudicando o desenvolvimento das crianças. “A doença gera o retardo mental e pode afetar tudo o que o cérebro comanda, como a visão, fala, audição e outros”.

Em novembro desse ano, o Ministério da Saúde confirmou os primeiros casos de microcefalia relacionados ao zika vírus no Nordeste. “Em Minas Gerais, apenas um caso foi confirmado. Também foi identificado em Goiás, perto de Goiânia, mas ainda não chegou ao Triângulo Mineiro”.

No Brasil, foram registrados mais de 1.750 casos de microcefalia até o início desse mês, sendo que, em Minas Gerais, estão sendo investigados 28 casos, que podem ter sido causados pelo vírus. “Por enquanto, temos uma preocupação genérica, como temos com a dengue. Esse vírus específico ainda não chegou a Araguari, porém, o vetor é o mesmo”.

Segundo o médico, a contaminação tardia diminui a gravidade das sequelas. “Entre o primeiro e terceiro mês, a contaminação é mais crítica. Entre o terceiro e sexto mês, a gravidade é média e entre o sexto e o nono, é menos crítica, porém, até mesmo adultos podem ser afetados por esse vírus. A Síndrome de Guillain-Barré pode ser desenvolvida e paralisar os músculos da pessoa”.

O médico ressalta que, apesar da ausência dos casos, é importante fazer a prevenção. “É necessário usar o repelente de três em três horas e evitar a exposição da pele, para que não sejam picadas pelo mosquito. Também é importante evitar locais de foco do Aedes aegypti”.

Médicos orientam gestantes em relação aos cuidados com o Aedes aegypti

Médicos orientam gestantes em relação aos cuidados com o Aedes aegypti

 

A gestante Ananda Carneiro Vieira está grávida há três meses e afirma sua preocupação com o mosquito. “Mesmo não tendo casos no município, a apreensão quanto ao bebê é grande e ficamos bastante assustados. Estou utilizando um repelente específico para gestantes e o cortinado para a proteção noturna”.

Ananda Carneiro comenta que também está fazendo a limpeza diária da residência para evitar os ambientes propícios para a reprodução do mosquito. “Precisamos nos prevenir evitando o acúmulo de sujeira no quintal. É importante cuidar na nossa casa e também do vizinho, pois é uma situação preocupante. Às vezes, pensamos que a doença está longe e não acontecerá conosco, mas temos que tomar cuidado. Em casos de sintomas ou dores, também é importante procurar o médico, pois a gravidez é um momento muito delicado”.

Nayara da Silva Costa Chiovato está no sexto mês de gravidez e também se previne. “Tenho usado roupas mais compridas e colocado o repelente nos horários em que não estou em casa. Apesar de não haver tanto perigo após o terceiro mês de gravidez, ainda existe preocupação”.

A gestante comenta que, devido à toxicidade dos repelentes, decidiu utilizar uma receita caseira. “Esse repelente é utilizado por bombeiros. Para fazê-lo, é preciso deixar o cravo da índia mergulhado no álcool por quatro dias e misturar uma vez ao dia. Após esse período, é necessário coar o álcool e misturá-lo com algum óleo corporal, para fixar na pele. É recomendado usar o protetor solar, passar o perfume e o repelente por último. Essa receita está sendo recomendada nos Postos de Saúde por conter menos química”.

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