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Caso do “Maníaco de Araguari”: jurados são sorteados para julgamento popular do dia 21

qui, 9 de maio de 2019 05:26

Da Redação

Dezenove mulheres e seis homens foram sorteados para a sessão de julgamento popular mais esperada dos últimos tempos na cidade, no próximo dia 21, no Tribunal do Júri da Primeira Vara Criminal da Comarca. Trata-se do acusado de ter matado mulheres em série entre os anos de 2004 e 2006, sendo denominado como o “Maníaco de Araguari”.

O sorteio foi acompanhado pela juíza Danielle Nunes Pozzer, presidente do Tribunal do Júri, pelo promotor de Justiça Alam Baena Bertolla dos Santos e a Defensoria Pública do Estado de Minas Gerais.

Júri popular se iniciou em 2014, mas foi suspenso ** Arquivo

Júri popular se iniciou em 2014, mas foi suspenso
** Arquivo

 

Os 25 jurados constam numa lista de dezenas de representantes da sociedade araguarina selecionados conforme a sua idoneidade, pois estará sob a sua responsabilidade o destino de pessoas que cometeram algum tipo de crime contra a vida (considerada como o bem mais precioso).

Destes 25 cidadãos comuns convocados para comparecerem ao Fórum Doutor Oswaldo Pieruccetti, sete serão escolhidos para o Conselho de Sentença, responsável por decidir se o réu é culpado ou inocente. Além do julgamento do dia 21 de maio, também deverão se apresentar para a sessão do dia 4 de junho.

Participam do corpo de jurados muitos voluntários, mas qualquer cidadão intimado para a função deve comparecer ao Tribunal, sob pena de multa. Além disso, a recusa da prestação de serviço do júri ou de serviço alternativo pode implicar a suspensão de direitos políticos. Não há nenhum desconto no salário para o jurado sorteado para integrar o Conselho de Sentença, pois se trata de serviço obrigatório.

Contudo, existem também diversas vantagens para quem atende ao chamado da Justiça. O Código de Processo Penal reconhece o trabalho como serviço público relevante e estabelece presunção de idoneidade moral. Além disso, é direito do jurado ter preferência nas licitações públicas e em concursos, em igualdade de condições, e em promoção ou remoção voluntária.  O maior ganho, porém, é poder participar de uma atividade do Poder Judiciário, exercendo a cidadania e auxiliando a criar a sociedade mais segura e justa.

O CRIME

O primeiro júri do caso do “Maníaco de Araguari” diz respeito à morte de Lara Rodrigues Caetano Pereira. Narra a denúncia do Ministério Público de Minas Gerais que no dia 23 de agosto de 2004, após as 20h, na estrada de acesso à fazenda Cachoeirinha, na região do bairro de Fátima, o denunciado, por motivo torpe, matou a adolescente de 13 anos, arrastando o cadáver para um matagal com o objetivo de ocultar sua localização.

Para o Juízo Criminal, há nos processos indícios suficientes de autoria e prova clara de materialidade para que o acusado seja remetido ao Tribunal do Júri. Contudo, a defesa sempre alegou inocência. Nos outros quatro processos, não há definição das datas para a realização das sessões de julgamento, que podem ocorrer no ano que vem.

8 Comentários

  1. Vinicius disse:

    Esse caso me faz lembrar o famoso caso dos Irmãos Naves. Ninguém consegue entender como uma pessoa com problema nas duas pernas, com dificuldades de locomoção matou tantas pessoas em um curto período de tempo.

  2. Janis Peters Grants disse:

    Prezado Redator,

    O “Chambinha”, que residia à época, e frequentava os bares na pracinha entre a Cornélia Rodrigues da Cunha e a Belo Horizonte, ( o antigo comercial CASA BRANCA era ali ), ainda está vivo ?!

    QUASE que – RESPEITANDO OS INJUSTIÇADOS – o Caso Naves, citado no comentário acima, vira um “VALE A PENA VER DE NOVO”.

    Portador de ELEFANTÍASE, e certamente com uma LÁBIA irresistível à sedução e persuasão … “O MANÍACO”, sano, confessou ?!

    – “Chambinha” foi FORTE !!!

    Atenciosamente,
    Janis Peters Grants.

  3. Anônimo disse:

    Ele foi visto dentro de um Fiat Uno Azulão no banco do carona, o qual estava bem mal afamado na época. Ouvi no rádio quando denunciaram o desaparecimento do Eurípedes. Inclusive foi esse mesmo carro que abordou algumas outras pessoas.
    Alguém disse em uma lojinha lá no Independência que não gostava de mulheres escuras e sim de louras.
    Como ele sabia o local direitinho para fazer a reconstituição e qual era a cor delas. Todas morenas de uma cor mais fechada. Foram cinco. Duas praticamente crianças.
    Não estou dizendo que ele matou, mas pode sim ter levado para outras pessoas fazerem o serviço.
    Fora essas cinco, tem mais três São apenas pequenos detalhes que um bom investigador tem que se apegar para fazer investigações.

  4. Anônimo disse:

    ERRADO, QUEM MORREU NA CACHOEIRINHA FOI A MENINA DE NOME AMANDA QUE ESTAVA NO MICKEY, TINHA REALMENTE TREZE ANOS E EU CONHEÇO OS FAMILIARES. ELES MORAM NA PARTE CENTRAL DA CIDADE E ELA MORAVA NA ZONA OESTE DA CIDADE. BRASILIA OU MARIA EUGENIA.
    A MENINA LARA TINHA 12 ANOS E ME PARECE MORAVA NO MIRANDA E FOI MORTA LÁ PELOS LADOS DA RUA PONTE TERRA, NO BAIRRO SANTIAGO.

  5. Anônimo disse:

    Janis ha pouco tempo mataram um ex presidiário nessa praça e se não me falha a memória tinha um apelido idêntico.

  6. Janis Peters Grants disse:

    Anônimo das 14h12, eu me surpreenderia se o “Chambinha” ainda estivesse vivo. À época, apenas um moço chegado em uma cannabis, diziam, e que namorava uma daquelas moças que víamos diariamente por ali também.

    Penso que, SEM DESRESPEITO ALGUM À PESSOA HUMANA, ÀS VÍTIMAS e familiares, o Eurípedes é o Cidadão Araguarino com MAIOR DOMÍNIO em PNL – Programação Neurolinguística, aplicada À PERSUASÃO e SEDUÇÃO. E sequer sabe disso…

    À pé, carroça, ou bicicleta, levar sua ELEFANTÍASE – e mulheres, mentalidades e idades diversas – para O MATO, espontaneamente, consensualmente …

    – DEUS, ABENÇOE e ILUMINE todos estes JURADOS !!!

    -x-

    Atenciosamente,
    Janis Peters Grants.

  7. Douglas Silva disse:

    Eu também não consigo entender como a Justiça de Araguari ordenada pelos seus comandantes de investigação são tão fracos na busca pela resolução dos casos condenatórias de crimes tão acentuados. Não sei se é a acomodação da profissão que se torna cada vez mais desvalorizada (não pela remuneração mas pela credibilidade e confiabilidade a sociedade) ou se é a má formação profissional notória para o cargo/função. Esta bem evidente de que se trata de mais um grotesco erro judiciário em Araguari na repetência do Caso Irmãos Naves: o Revival se assim me permitem dizer.

  8. Anônimo 4 disse:

    Por favor, é preciso ter cuidado com o uso das palavras.
    A utilização correta do vernáculo é importante para a adequada compreensão dos fatos.
    Apenas para refletir: “Justiça” investiga? Erro do judiciário sem julgamento?
    Obrigado.

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