Cantinho do Mário – Sebastião Batista dos Santos (*1928 +2017)
sáb, 6 de maio de 2017 05:27Conhecido como Sebastião dos colchões, é sem dúvida uma das pessoas bem conhecidas de Araguari, nascido em Uberlândia em 29.02.1928.
Veio muito jovem para Araguari acompanhado de seus pais: Canuto Batista dos Santos e dona Inocência Rodrigues de Almeida. Faz parte de uma prole de 6 irmãos: Lucia, Helena, Laudercilia, Lourdes, Celso e Sebastião.
Trabalhou alguns anos com seu pai na fabrica de colchões Águia que se localizava onde é hoje o Clube Recreativo na praça Manoel Bonito. Casou-se com a Senhora Silvia Galante dos Santos. Seu pai passou-lhe o comando da indústria.
Em 1981 com o advento dos colchões de espuma o Sebastião mudou sua profissão para tapeceiro, ofício em que trabalhou até ontem.
Formou-se em Contabilidade pela 2ª turma da Escola de Comércio Machado de Assis. Evangélico da velha guarda, ecumênico por convicção; amava as pessoas e não sua filosofia ou escolha religiosa.
Foi membro da Loja Maçônica União Araguarina desde 10.08.1963. Recebeu diversas medalhas e troféus ao longo desses anos pelos seus serviços no comércio local. Na Loja Maçônica Araguarina foi agraciado com a medalha Dom Pedro, a mais alta honraria oferecida aos maçons do GOB.
Foi um esplêndido tapeceiro, fazia tudo com amor, qualidade e muita paciência. Foi um ser humano fora de nosso tempo, uma pessoa de conversa agradável, humilde, um grande amigo, honesto, de um espírito fraterno e por incrível que pareça, o único pescador de quem jamais escutei uma mentira.
Conhecemos-nos há muitos anos; foi uma das pessoas que considero um exemplo de vida. Muitos acham difícil viver, não sabem conviver com as diferenças. Ele tirava isso de letra, sempre com um sorriso e um abraço para todos.
De bem com a vida… Valia à pena estar ao seu lado. È tradição maçônica cobrir o corpo do falecido com folhas de acácia e durante o ato fúnebre, fiquei sensibilizado, ele amava e respeitava a natureza, senti que, como ele não podia ir até ela, ela veio até ele em forma de folhas de acácia para lhe prestar sua última homenagem.
Um super abraço ao meu amigo e irmão que fez sua parte e a diferença. Junto a esse abraço saudoso o de todos os meus irmãos da Loja Maçônica União Araguarina.
CASOS E HISTORIAS PITORESCAS DE ARAGUARI
Há muitos anos o Zé confidenciou-me um causo que aconteceu com ele.
Um amigo do alheio estava rondando as casas próximas a sua, inclusive praticando furtos e dando prejuízo aos seus vizinhos.
Muito esquentado, comprou um “Chimite 38”, e ficou de plantão. Certa noite ouviu um barulho no quintal que dava fundos para o falecido Córrego Brejo Alegre.
Não teve dúvidas. Pegou a máquina mortífera e desceu as escadas pé por pé. Estava um breu só, de repente passou um vulto em sua frente, não teve dúvidas. (Bang) e escutou o baque.
Voltou lá dentro buscou uma vela e viu a vítima do disparo. Era uma égua do vizinho que tinha invadido seu quintal para comer o lixo. Estava mortinha com um tiro no meio da testa.
(Obs.: naquele tempo se você matasse um ladrão invadindo sua casa não tinha nem de prestar depoimento. Hoje você vai preso e se brincar tem que indenizar a família da “vitima”.)
É…, os tempos mudam, está ficando difícil ser honesto.
Quem não tem dinheiro…
Mário F. S. Junior
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Mário, antes de tudo gostaria de agradecer em nome da família o texto escrito. Sou sobrinho do Sebastião mas como todos os sobrinhos o chamavam carinhosamente de “Tio Bastião”, filho da Helena.. Com a leitura do texto vieram muitas lembranças de minha infância subindo no monte de capim na fábrica, chupando jabuticaba, entres outras coisas. Foi muito bom saber que apesar de eu morar muito distante de Araquari ele sempre teve o apoio de seus irmãos Maçons.
Um grande abraço e obrigado pelas palavras em homenagem a meu tio.