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Cantinho do Mário – Foto Geraldo

sáb, 25 de fevereiro de 2017 05:33

Abertura-cantinho

Geraldo Vieira nasceu em estrela do sul em 6 de abril de 1911, filho de Maria Augusta e Honorato Vieira. Foi com seu pai, um amante da fotografia, que adquiriu os primeiros conhecimentos fotográficos. Com ele também obteve as primeiras noções de música, sendo grande apreciador e instrumentalista. Em 1935 veio para Araguari onde estabeleceu seu atelier “Foto Geraldo”  à rua dr.  Afrânio, próximo a praça da matriz, no antigo estabelecimento do italiano Cariolato, dedicando-se integralmente a fotografia, auxiliado pelo seu sobrinho Napier do Nascimento (Bulute).

Foto Geraldo

Foto Geraldo

 

Seu estúdio logo ficou conhecido em Araguari e região pela qualidade do seu trabalho, profissionalismo e originalidade. Muitos vinham de longe aprender com ele o ofício da fotografia. Espírito jornalístico, registrou grandes eventos políticos, religiosos e sociais. Na década de 60 seguiu viagem ao Planalto Central e em sete expedições registrou toda a construção de Brasília-DF, onde retratou índios, a primeira missa, a inauguração da capital e todo o magnífico complexo arquitetônico, documentados em 400 negativos com imagens inéditas.

Em Araguari, durante cinco décadas, registrou a evolução política, social e urbana da cidade deixando um legado de 80 mil negativos (de celulose e vidro) que foram doados ao Arquivo Histórico e Museu Dr.Calil Porto, o maior acervo de um único fotógrafo no Brasil.

Do seu casamento com a professora Célia de Souza, Geraldo Vieira teve sete filhos e um deles, Bruno Vieira, herdou do pai os conhecimentos e o dom na arte de fotografar, dando assim continuidade ao estúdio Foto Geraldo. Bruno Vieira tonou-se conhecido em todo o Brasil pelos seus belos álbuns de casamento, sendo requisitado para fotografar em várias cidades como São Paulo, Goiânia, Belo Horizonte, Luz, Ribeirão Preto, Presidente Prudente, Uberaba, Catalão, Uberlândia, Rondonópolis, Ituiutaba e Salvador onde fotografou o governador da Bahia (João Durval e esposa) além de vários casamentos da sociedade baiana.

Sua esposa, Leila Vieira, foi sua assistente durante muitos anos e se revelou na arte da fotografia através do seu trabalho com gestantes, crianças e agora com o newborn (fotografia de recém- nascidos).

Hoje, o Foto Geraldo está na sua terceira geração de fotógrafos com Henrique Vieira, filho de Bruno e Leila Vieira que, por meio de seu talento tem vários trabalhos realizados no Brasil e Exterior. Não poderia ser diferente: filho de peixe, neto de peixe.

A família dá continuidade ao trabalho iniciado por Geraldo Vieira e o estúdio irá completar 82 anos, tornando assim uma tradição no ramo em nossa região, localizado  na avenida Coronel Theodholino, em prédio próprio, com 500 metros quadrados, capacitado para realizar todos os serviços do ramo fotográfico, sob a administração de Henrique Vieira e da irmã Camila de Lima Vieira Baliana conta ainda com uma loja estúdio, localizada no Centro, na rua Afonso Pena, onde,  além dos serviços fotográficos, são comercializados produtos do ramo.

O Foto Geraldo tem o reconhecimento do público que sempre o elege como melhor estúdio nas pesquisas de opinião realizadas na cidade.

O nome Foto Geraldo é muito forte em Araguari e região. Os  clientes buscam a empresa pela qualidade do seu  trabalho, pela credibilidade e confiança conquistadas. A fidelidade da clientela é tão grande que em algumas famílias estão sendo fotografadas a 4ª geração.

Em 2011 foi ganhador do prêmio “empresário herói” da Fiemg, na categoria projeto cultural. Em 2014 foi finalista do prêmio Carlos Dreher da Fhox, revista conceituada no mercado fotográfico. Além destes prêmios, Bruno Vieira recebeu também o título de “empresário do ano” pela Federaminas.

Tiro o meu chapéu para quem trabalha e principalmente com o coração. Não estariam na praça há 82 anos se não houvesse qualidade, competência e bom gosto no seu trabalho.

Um super abraço aquela família fantástica – exemplo para todos nós.

 

Casos e histórias pitorescas de Araguari

O Zé contou-me um causo, que me parece mais uma estória.

Ele comprou uma câmera fotográfica automática que só faltava falar (chique no úrtimo).

Foi visitar seu cunhado na roça e levou a dita. Depois do almoço, para imortalizar aquele dia resolveu tirar uma foto de toda a família reunida. Levou o pessoal para um local de muita luz e  para que saíssem todos juntos, colocou a câmera sobre o mourão; ligou o automático e correu para se juntar aos familiares.

Qual não foi sua surpresa: não ficou ninguém, pareceia o estouro da boiada. Surpreso perguntou para seu cunhado bronco:

“- o que foi isso?”. Quase caiu das pernas com a resposta:

“-uai! Cunhado, se ocê que mexe cum isso tem medo imagina nóis qui num conhece.

Quem num tem dindim……

Mário f. S. Junior

 

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