Acredito em Deus, mas não naquele Deus ciumento, mau e vingativo, acredito no Deus de João que é amor, que perdoa, dá nova oportunidade a seus filhos. Naquele que é a eterna justiça, que colocou em cada um de nós a consciência que é a responsável pelo julgamento de nossos atos. “A cada um segundo suas obras. ”

Não acredito em fim do mundo e julgamento final, porque Deus é Onisciente, tinha consciência de nossa trajetória na vida antes de sermos criados. Por que nos criar se sabia que iríamos para o inferno? Nem um pai humano faz isso.

Estou dizendo isso porque reservei este espaço para meu protesto diante de tudo o que vem acontecendo em nosso país. Corrupção, desonestidade, falta de patriotismo, interesse à frente de todas as decisões. A saúde, a educação e a segurança em crise devido à mão leve de nossos representantes. Falam em crise institucional diante da guerra de interesses, mas acredito em falência do estado.

Porém nós somos mortais, ninguém leva para o túmulo o que materialmente amealhou. O como diz o poeta: “Por cima uma laje, por baixo a escuridão.” E o que é  pior, aí vem o despertar da consciência e a colheita obrigatória, nosso o inferno particular. Por isso faço minhas as palavras do Paulo Bonfim que mais que um poeta é um profeta:

Advertência: ai daqueles que brincam com a esperança de um povo! Ai daqueles que se banqueteiam junto a fome de seus irmãos! Ai daqueles que são fúteis numa hora grave, indiferentes num momento definitivo! Ai daqueles que corrompem para tirar proveito da corrupção, que envenenam o mundo pela volúpia de caminhar impunemente entre ruínas! Ai daqueles que fazem da mentira a verdade de suas vidas! Ai daqueles que usam os simples como degraus de sua vaidade e instrumentos de sua ambição! Ai daqueles que fabricam com a violência a trama do medo! Ai daqueles que roubam ao próximo à alegria de existir! Ai daqueles que usam dinheiro e o poder para prostituir, humilhar e deformar! Ai daqueles que se atordoam para fugir das próprias responsabilidades! Ai daqueles que traficam a terra de seus mortos, enxovalham tradições e traem compromissos com o presente e com o futuro! Ai daqueles que se fazem de fracos no instante da tempestade! Ai daqueles que se acomodam a tudo, que se resignam a tudo, que se entregam sem lutar! Ai daqueles que loteiam seus corações, alugam suas consciências, transacionam com a honra, especulam com o bem, açambarcam a felicidade alheia e erguem virtudes falsas sobre pântanos! Ai daqueles que concordam em morrer vivos. Paulo Bonfim.

CASOS E HISTÓRIAS PITORESCAS DE ARAGUARI

Encontrei  com o Zé ali em frente o Banco do Brasil e ele veio com essa:

“-Meu amigo pra você pensar:

“A sede do governo era no Rio de Janeiro, olha a herança que deixaram para os cariocas. Agora é em Brasília, veja o que fizeram.”

Quem não tem dinheiro….

MÁRIO F. S. JÚNIOR