Campanhas eleitorais devem ganhar novos espaços na internet e mídias sociais.
ter, 18 de agosto de 2020 01:04Da Redação
Com a pandemia instaurada em todo o país e no mundo, e em algumas regiões com alto índice de infectados, algumas mudanças já foram realizadas pelo Plenário, por meio da Emenda Constitucional nº 107/2020 em relação às eleições municipais deste ano, sendo a principal delas, a data das eleições. Outra questão importante trata-se do início da propaganda eleitoral pela internet, jornais, rádio e televisão.
Até o momento sabe-se que as eleições acontecerão, em seu primeiro turno no dia 15 de novembro, e segundo turno no dia 29 do mesmo mês e que, o Congresso poderá modificar estas datas em cidades com elevados números de casos e ocupações dos hospitais e leitos de UTI em função dos casos de Covid-19, caso seja necessário.
O início da propaganda eleitoral se dará no próximo mês, a partir do dia 26 de setembro, inclusive na internet, e em 9 de outubro se dá o início da propaganda gratuita em rádio e televisão.
Muitos candidatos e partidos em geral estão organizando a campanha deste ano de uma maneira diferente, visto que, com a necessidade de isolamento e distanciamento social, as “campanhas de rua” em que o contato entre candidatos e população é maior não serão possíveis, ao menos por enquanto. Cabe a todos uma adaptação nas formas de utilização das mídias. Muitos deverão intensificar o uso das redes sociais e aqueles que ainda não as utilizavam deverão procurar estes meios como forma de divulgação e aproximação dos eleitores.
“Falando de eleição, é muito bom, eu soube muito bem aproveitar na eleição passada o campo digital e isso já é uma realidade, todos que não migrarem para esse campo, terão dificuldade em desenvolver suas campanhas eleitorais. Sobretudo porque o campo digital oferece vastas ferramentas e opções. Vejo com muito bons olhos e acredito que o mundo já caminhava para isso e a pandemia acelerou, para que a sociedade viesse a trabalhar mais a questão do campo digital”, analisou presidente da Câmara de Araguari, Wesley Lucas.
O vereador Warley Maravilha também manifestou que o meio digital se transformou em um dos principais meios de comunicação para com a população: “Vejo que o ser humano tem uma capacidade incrível e extraordinária de adaptação. Hoje com todas as tragédias, dificuldades e transtornos que a pandemia nos oferece, o ser humano vem se adaptando de forma muito inteligente. Enxergo com bons olhos o campo digital que vem nos oferecendo inúmeras informações que em outro tempo não teríamos, além de ser um dos mecanismos de maior efeito social positivo, porque traz informações, conscientização, molda as pessoas de forma positiva também”.
Hoje, com um maior acesso à informação, a tecnologia e a internet, as mídias sociais estão presentes na vida da maioria da população. O mercado, as empresas e profissionais autônomos já se apropriaram delas em função da pandemia, como uma forma de divulgar, vender e se aproximar dos clientes.
Neste mesmo sentido, as divulgações e campanhas eleitorais deverão seguir os mesmos caminhos, visto que a dinâmica das campanhas nas redes sociais é muito alta. É possível direcionar melhor os recursos e atingir um número muito maior de pessoas. O formato das campanhas na internet se molda na medida que o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) regulamenta pontos que ainda estavam sem definição.
Dentre as regras para propaganda eleitoral na Internet para este ano, que já foram aplicadas na campanha de 2018 temos: a possibilidade de fazer impulsionamento de conteúdo nas mídias sociais e outras plataformas com o objetivo de aumentar o alcance das publicações, mas restrita a campanhas oficiais. O controle de gastos nas campanhas feitas pela Internet deve seguir o mesmo rigor utilizado nas outras modalidades de marketing, ou seja, toda campanha realizada é obrigada a declarar à Justiça Eleitoral quais foram as ferramentas que receberam recursos utilizados para o impulsionamento de campanhas eleitorais na Internet.
Um dos problemas já previstos pela Justiça Eleitoral é a possibilidade de surgirem Perfis Fake, como aconteceu nas eleições de 2018. Por isso, três importantes dispositivos para garantir a lealdade dentre as campanhas eleitorais serão utilizados, além de responsabilizar os autores do conteúdo infringente às regras da Justiça Eleitoral, e garantir o direito de resposta.
Os pontos ainda não formatados para a campanha eleitoral na internet devem em breve ser regularizados pelo TSE, visto que as redes sociais estão muito próximas da população e são fortes meios de divulgação.
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