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Câmara derruba CLI da Caçamba

qua, 4 de fevereiro de 2015 00:52

Maioria do Legislativo opta por não instaurar investigação; denúncia de empreiteiro contra o Executivo foi levada ao Ministério Público

Requerimento que pedia a abertura da CLI foi reprovado por falta de assinaturas. Foto: Gazeta do Triângulo

Requerimento que pedia a abertura da CLI foi reprovado por falta de assinaturas. Foto: Gazeta do Triângulo

DA REDAÇÃO – Por falta de assinaturas, a Câmara reprovou ontem o requerimento que solicitava a abertura de uma CLI – Comissão Legislativa de Inquérito, para apurar denúncias contra a prefeitura relativas a serviços prestados sem licitação e que não teriam sido pagos. O documento precisava de seis assinaturas para que a investigação fosse levada adiante.

Não houve mudanças em relação ao resultado da sessão realizada no dia 27 de janeiro: cinco foram favoráveis. Eunice Mendes (PMDB); Rafael Guedes (SD) e José Ricardo Resende (PPS) apresentaram o requerimento para instaurar a CLI e contaram com as assinaturas dos vereadores Claudio Coelho (SD) e Wesley Lucas de Mendonça (PPS).

Sobre a tentativa de apoio de outros colegas, principalmente Virgínia Alcântara (PTC), a única que se absteve, Rafael Guedes afirmou: “Estamos há duas semanas tentando. Pode ser que eles resolvam aderir, mas não vamos continuar insistindo.”

Após o término da sessão de ontem, os vereadores favoráveis à CLI levaram a documentação referente às denúncias ao Ministério Público e pediram a abertura dos procedimentos em regime de urgência.

São notas fiscais de pagamentos, depoimentos do empreiteiro Juliano Abadio dos Reis e o relatório da sindicância interna da prefeitura sobre o caso, do qual faz parte a transcrição de um depoimento de Uguney Carrijo, ex-secretário de Serviços Urbanos. As declarações dele, com data de 15 de julho de 2013, confirmam alguns pontos do que fora relatado pelo empreiteiro da Disk Caçamba à Tribuna da Câmara, como o conhecimento do prefeito Raul Belém (PP) acerca do serviço de limpeza prestado sem licitação.

No documento da sindicância interna, Uguney afirma que o Procurador do Município, Leonardo Borelli e o prefeito lhe disseram para “ficar tranquilo, pois eles iriam resolver o caso”.

Juliano dos Reis afirmou ter uma “pendência” em torno de R$ 640 mil não recebidos, em serviços de limpeza para a prefeitura de janeiro a maio de 2013. Em sua defesa, ele garante possuir um arquivo com fotos e endereços dos referidos locais para os quais recebeu ordens do então secretário de Serviços Urbanos, e da secretária direta do prefeito.  Uguney confirmou ter dado ordens de serviço, apenas verbalmente.

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