por Tatiana Oliveira

Dado vai à contramão do país, que criou 110,4 mil vagas com carteira assinada em agosto

Enquanto os jornais de todo o país estampam suas capas com um saldo positivo de geração de empregos, o mês de agosto trouxe consigo más notícias para Araguari: pelo primeiro mês do ano a cidade apresenta retração em geração de emprego com fechamento de -193 vagas de carteira assinada.  Os dados foram publicados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) por meio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) na última sexta-feira, 21.

Fonte: MTE

Os desligamentos totalizaram 835 no mês passado, contra 642 contratações. Na microrregião de Uberlândia, a taxa de desemprego acompanha o apresentado na cidade, com saldo de -138 vagas. No país, o cenário é diferente, com a criação de 110,4 mil vagas de emprego.

Na cidade, o setor com o maior número de demissões foi o de “Agropecuária, Extração Vegetal e Caça e Pesca”, resultando em um saldo de 215 negativo. A maior parte (162) foi por término de contrato com prazo determinado. A ocupação com maior quantidade de desligamentos (-144) foi a de operador de colheitadeira, onde apenas duas não foram por fim de contrato.

Outros dois setores tiveram saldo negativo de emprego, o de “Extrativa Mineral” (-2) e “Comércio” (-1). O setor de “Serviços” teve um crescimento de 22 vagas e o de “Construção Civil” de três.

O número de contratações em relação a desligamentos foi nulo para a “Indústria de transformação”, “Serviços Industriais de utilidade pública” e “Administração pública”.

Em julho, conforme apurado pela Gazeta do Triângulo, houve um aumento no número de contratações formais em comparação com o de demissões, em âmbitos nacional, estadual e municipal. Em julho, as admissões (713) superaram os desligamentos (575), o que resulta em 138 novas vagas, cerca de 10% a mais.

Cenário do país

O Brasil criou 110.431 vagas com carteira assinada em agosto. O resultado é o melhor apresentado para o mês desde 2013. De janeiro até o mês passado, o país totalizou 568.551 vagas com carteira assinada. Caso a tendência seja mantida até o final do ano, o Brasil terá interrompido uma sequência de três anos de queda, quando foram perdidos mais de 2,88 milhões de empregos formais, entre 2015 e 2017.

Mesmo com o resultado positivo, o número é menor do que o antecipado pelo presidente Michel Temer (MDB) durante evento no Palácio do Planalto na manhã de sexta-feira, 21. Segundo ele, haviam sido abertas 117 mil vagas.